Would You Love Me? [SG BTS]

22

- Vão ver o florescer das Sakuras? - Ino perguntou, entregando um cesto a Sora.

- Sim, amanhã já vamos embora e eu não quero ir sem ver as Sakuras. - pegando no cesto e colocando na mala do seu descapotável assim como uma toalha, fechando-a por fim.

Segui a minha irmã, entrando para trás do seu carro enquanto ela se colocava no lugar do condutor e Kookie no lugar do pendura.

Levantei o meu olhar, encarado a janela do quarto onde Suga se encontrava, vendo a sua figura, que desapareceu de vista assim que os seus olhos encontraram os meus.

- Ficas bem? - Kookie perguntou baixando o seu olhar da janela onde Suga tinha estado, para mim.

Acenti fazendo-o lançar-me um sorriso afável antes de se virar para a frente.

Há pessoas que se acalmam com o mar, outras com a natureza, eu e Sora acalmamo-nos ao observar as Sakuras.

Lembro-me de ser miúda e ser arrastada por Sora para as ver, sentadas na relva, em silêncio, só observando as flores dançando ao sabor do vento e ouvindo o barulho das folhas.

[...]

Levantei-me da toalha, aproximando-me das arvores, procurando uma sombra debaixo destas, deixando Sora e Kookie sozinhos.

Olhei para trás, vendo a cabeça da minha irma deitada no colo do rapaz, enquanto este acariciava o seu rosto e a olhava apaixonado.

Sentei-me debaixo de uma das imensas arvores daquele local, enconstando-me ao seu tronco, fechando os meus olhos e absorvendo tudo à minha volta.

O barulho relaxante do vento naquelas folhas, o cheiro das flores, mas a preocupação não me deixava. Senti alguem sentar-se ao meu lado.

Não precisei abrir os olhos para reconhecer o perfume que dava lugar ao das flores.

- Pensei que vinhas com Kanji. - a sua voz fria fez-me abrir os olhos e encara o seu rosto que olhava o céu.

- Porque haveria?

- Ino falou que os casais adoram ver as Sakuras juntos, que é um lugar romântico. - deu de ombros.

Segui o seu olhar, encarando o céu, desviando de seguida o meu olhar para as flores que dançavam com o vento, na árvore em que me encontrava encostada.

- Não estou com o Kanji, por isso não fazia sentido vir com ele.

- Não pareceu. - respondeu-me frio.

A situação estava a mexer comigo, deixando-me furiosa pelas suas acusações sem antes me pedir justificações.

- Entre mim e Kanji não aconteceu nada. - falei ajeitando-me, ficando virada para ele, cerrando os punhos. - Ele declarou-se a mim, mas nunca vá acontecer nada.

- Não sabes. - encarou-me, chateado, semicerrando os olhos.

- Sei sim, porque eu não sinto nada por ele. - o seu olhar desviou-se novamente do meu, encarando o nada a sua frente. - E tudo porque só tu me preenches os pensamentos. - berrei a ultima parte levantando-me, recebendo um olhar confuso de Suga. - Porque quando ele me ia beijar a única pessoa em quem pensei foste tu.

Suga encarou-me surpreso e eu tapei a minha boca, arrependendo-me do que tinha dito.

Olhei para o chão, lagrimas ameaçando cair. Nunca pensei chorar tanto, muito menos por um rapaz.

Suga não se mexeu do seu lugar enquanto que eu dirigia-me para longe dele. Eu basicamente tinha acabado de me declarar a ele, sem pensar que consequências isso teria no futuro, na nossa amizade, na nossa convivência.

"Suga não lida bem com as emoções" não parava de me assombrar o pensamento, deixando-me cada vez mais arrependida das minhas palavras.

- Eu não aguentei. - murmurei para mim mesma, limpando as lagrimas que caiam, sentindo-me estupida pelos meus atos.

As desconfianças, a frieza para comigo magoavam-me e eu não aguentava estar a passar por tal situação.

Sentei-me no carro de Sora, que ela tinha deixado sem a capota, esperando que ela viesse, para que pudéssemos ir para casa, para me fechar no meu quarto e não ouvir ninguém questionar-me pelo meu estado.

Deitei-me no banco de trás e Fechei os olhos com força, esperando que tudo acabasse rápido ou que pelo menos esta dor e raiva desaparecesse.