COMENTÁRIO. FOCA NELE.
(cuidado com a burra, tem dois dias que publiquei o capítulo, ele foi pra rascunho e não vi, alguém avisa.)HARRY
Morar sozinho não é tão bom quanto eu imaginei. Talvez seja pior porque o cenário na minha cabeça era completamente diferente. Eu não imaginei que passaria a maior parte do tempo com meus fones de ouvido no máximo e que me afundaria em todas essas leis intermináveis dos meus livros de Direito. As conversar com Gemma pelo skype, as ligações da minha mãe, as visitas de Louis. Tem sido apenas isso. Universidade, trabalho e casa.
Era isso que eu queria antes de tudo desandar.
Jogo o livro em cima da cama e passo a mão pelo cabelo, é a décima vez só hoje. Estou entediado e ansioso. Digitei o nome de Liz quatro vezes na tela de mensagem e não consigo enviar nada, é uma das poucas vezes onde meu orgulho acaba ganhando de mim.
Ainda martela na minha cabeça o quanto fui estúpido em relação à ela mas sempre que a vejo eu ainda me sinto no direito da dúvida. Não é possível que ela seja tão falsa assim. Em um momento estava comigo no tapete do meu apartamento e no outro estava pendurada no pescoço de um engomadinho qualquer. Eu deveria ter me dado conta de que seus amigos estavam certos.
Suspiro e olho para o lado, é pouco de mais de 8 da noite mas estou pegando a chave de casa e calçando minhas botas. Moro do outro lado de Santa Monica mas sei exatamente para onde estou indo. O caderno e a caneta enfiada no bolso vão servir de desculpa assim que eu chegar lá. Estou soando feito um porco quando chego na frente da casa e as luzes da sala estão acesas como sempre. Bato uma vez e a sombra que vejo pelo vidro é de seu pai. Ele abre depois de uma fração de segundos e sorri largamente.
-Harry! Quanto tempo, garoto, entre - abre mais a porta e acena para mim - Liz provavelmente está voltando da corrida.
Afirmo e me sento no sofá enquanto ele volta para o seu iPad e sua poltrona.
-Me desculpe chegar agora Sr. Roth-
-Denny, é Denny, garoto - diz e eu afirmo novamente - E quanto ao horário, ainda é cedo. Posso ajudar com algo?
Tudo bem, eu só espero que a desculpinha esfarrapada que inventei funcione agora. Preciso que ela funcione agora.
-Sim, na verdade, preciso de alguém do ramo de empreendedorismo para me ajudar em uma pesquisa, se não for incômodo, pensei no senhor. Quero dizer, em você.
-Claro - ele ajeita o óculos e sorri, erguendo as sobrancelhas logo depois - O que precisa?
Limpo a garganta e tiro a caneta do bolso, abrindo o caderno. Vou fingir que isso parece ser muito importante até Liz chegar. Vou vê-la por alguns minutos e então posso ir embora.
Isso é tão patético, puta que pariu.
-Qual a importância de um advogado para a sua empresa? - pergunto e elefranze o cenho de modo brincalhão.
Eu encho Denny de perguntas idiotas e tenho certeza, pelo sorriso em seu rosto, que ou me acha muito ingênuo ou sabe que não estou aqui por isso. Aposto na segunda opção, é esperto demais para imaginar que isso é realmente uma pesquisa.
Ela chega uns 10 minutos depois. Soada, a calça preta colada no corpo, o top da Calvin Klein e o cabelo em um coque desgrenhado. Vejo como recua quando me vê e tira os fones de ouvido. Estou prestando tanta atenção na garota parada na minha frente que sou capaz de ouvir os ruídos de seus fones. Engulo seco e nossos olhares se encontram. Não há sequer um sorriso de canto em seu rosto, tudo o que eu encontro são olhos tensos.
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For Her | H.S.
FanfictionEu precisava dela. E ela sabia disso. Ela soube desde o dia em que me fez dirigir pela Califórnia enquanto acariciava meu cabelo e sorria para mim, o som alto no carro sendo entrecortado pelo vento. Ela sabia porque disse que gostava de mim. E e...