Clara
-- Dia lindo. – grito quando entro na cozinha, encontrando meu irmão terminando de fritar nossos ovos. – Bom dia, bom dia, booom dia.
O abraço por trás, meu rosto chega esta com câimbra, acho que devo ter ido dormir sorrindo.
-- Bom dia. – ele se vira e beija minha testa. -- Pelo visto está feliz hein.
-- Muito. - me sento na pia. -- Quer dizer, normal.
-- Muito fora do normal eu diria. - da risada
-- Vou sair com ele hoje de novo. - paro por um momento, esperando seu ataque... só que não vem. -- Ok ?
-- Ok.-- Sem conselhos ou algo ?
-- Só posso lhe desejar sorte baixinha.
-- Obrigada, aprecio isso.-- Continuo achando ele um idiota. - da risada. -- Vamos comer.
-- Melhor. – rio.
-- Qual a programação para hoje.
-- Não sei.
-- Estou me referindo a nos dois, e não a sua programação com o Kaique.
-- Também não sei, esperava ficar em casa com você. Conversar, ver House, mas se quiser sair.
-- É impressão minha ou alguém está querendo colo? - da risada
-- Não é impressão, quero mesmo. - dou os ombros. -- Sinto falta disso.
-- Sou todo seu - me abraça -- Também sinto falta.... Sabe que te amo neh.
-- Sei não, ama?
-- Sim muito. E por isso vou dar a honra a você de arrumar a sala para assistirmos.
-- Isso não é amor. - faço bico.
-- Prefere lavar a louça e fazer pipoca? Troco na boa.
-- Já to indo arrumar. - saio correndo para sala.
Tomamos café juntos, o conto de como foi ontem, andamos no calçadão como tinha falado que faria, ele me comprou sorvete de morango.
Conversamos um pouco e descobri que ele me observava antes mesmo de eu o olhar... achei isso irado, claro.
Ri horrores com as historias dele de quando era pequeno, acho que nunca ri tanto conversando com alguém.
O passeio saiu melhor do que eu esperava, tudo aconteceu naturalmente, porém mesmo assim me sinto ansiosa de novo para ve-lo hoje.
Peço ao Nick para ficarmos em casa hoje e vermos maratona de House na televisão... gosto da companhia do meu irmão. Me sinto segura e mais confiante e assim posso saber mais sobre a Gaby.Nicollas
Clara acordou mais feliz do que eu podia imaginar, não falei nada sobre a minha conversa com Kaique, e nem critiquei o fato deles saírem novamente para não acabar com sua alegria.
Nos deitamos no sofá para ver maratona da série House. Estou deitado com a cabeça no seu colo quando meu celular toca, olho e vejo uma mensagem da Gaby
"Bom dia ogro, volta logo se não vou pirar, brincadeira está tudo sob controle. Bjos Gaby"
Clara me olha, eu a olho, ela.olha o celular e eu fico esperando pelo interrogatório que virá por conta da mensagem.
-- Vai pode começar... - olho pra ela.
-- Ogro ?
-- Sim. Shrek.
-- Volta logo... mano, ela quer teu corpo. Só esta se fazendo de difícil.
-- Não é assim que funciona Clara.
-- Aff, para de complicar o que já esta. Quando voltarmos, a chame para sair, desenrola.
-- Não quero só sexo Clara. Nem quero parecer um tarado.
-- Nicollas, acorda, quando falo quer teu corpo, é modo de dizer. - ela rola os olhos. -- Lerdo, ela gosta de você também, do mesmo jeito que tu gosta dela. Só que esta se fazendo de amiga e tal. Invista sem medo, que terá o que quer.
-- Falou a exper, como pode ter tanta certeza?
-- Primeiro que ela te chama por um apelido ridículo, tenho certeza que você a chama por algo do tipo também.
-- Acertou .. - ela me lança um olhar curioso -- A chamo de dona onça. - dou risada
-- E eu achando que só nossos pais eram patéticos com essa de tigre. - gargalha. -- Esse mundo esta perdido.
-- Ah não fala assim, gosto da história do tigre.
-- A história em si é legal, porém chamar um o outro assim em público... é meio que demais. Falando nisso, estava pensando nisso ontem quando caminhava com o Kaique.
-- Pensando no que exatamente? Em chama - lo de tigre?
-- Não. - ri. -- Não sei, tudo começou aqui com a mamãe e o papai, queria que fosse isso também comigo. Só que sei lá, acho que estou sonhando alto demais.
-- Não acho que seja alto demais. - me viro pra ela -- Mas se puder não tirar os pés do chão é bom.
-- Esta sendo difícil.
-- Hum a algo que eu possa fazer.?
-- Nada, é algo que tenho que fazer sozinha, só não sei como exatamente ainda.
-- Tenta ir com calma. E deixa acontecer naturalmente. Acha que ela aceitaria ir ao cinema?
-- Cinema é uma coisa tradicional na paquera. A chame pro teatro, tem a peça terapia do riso no teatro dentro do shopping perto da academia.
-- De onde você tira essas idéias? - faço cócegas nela -- Quer ir junto?
-- Eu não, olha pra sua cara de bocó, vai me dá crise de riso antes de entrar no Teatro. - ri. - E eu tenho planos já.
-- Chama seu amigo pra ir também
-- Quem disse que é com meu amigo. Eu e Lori estamos planejando de fazer um acampamento dentro do orfanato com as crianças... então não estou me comprometendo com nada.
-- E por que não fui incluso nesses planos?
-- Por que eu e ela queremos fazer isso sem a sombra do irmão mais velho.
-- Estou profundamente magoado
-- Para de drama, queremos fazer isso sozinhas poxa.
-- Não é drama, eu curto essas coisas e vocês sabem.
-- Sim sabemos, só que dessa vez ficará para a próxima... nos deixe fazer isso uma vez apenas sozinhas, depois você pode nos ajudar. Ok?
-- Tá - dou os ombros e volto a me deitar no seu colo.
-- Não fica chateado com a gente Nick, só queremos fazer algo por nós, não por você. - me beija na cabeça.
-- Ok. Agora vamos assistir
Ficamos ali conversando e nem prestamos atenção na TV, sei que parece estranho eu um cara de 20 anos falando da vida amorosa com a irmã de 15. Mas entre eu e Clara não tem essa, nossa ligação deve vir de outras vidas, a coisas que sei dela e ela de mim, que nem minha mãe ou meu pai imaginam. Fiquei chateado por elas terem me excluído da idéia de acampamento, mas gostei da idéia do teatro. Não sou dramático só que não gosto de ser excluído das coisas.
Depois do almoço fui dormir, e pedi a ela que me chama - se quando estivesse de saída..... confio nela, e não confio nele não ainda.... bem vou me contentar a mandar uma mensagem pra Gaby e saber se ela topa ir aí teatro comigo.
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Prazer Nicollas - Família Lorenzo Livro 3 (Completo)
RomanceFaz diferença será filho biológico ou adotado? E quando você descobre sem querer que o passado está presente na sua vida desde sempre? Isso muda alguma coisa? Um jovem de 20 anos que cresceu cercado de amor, vai se ver tentado a saber mais sobre seu...