Capítulo Onze

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Apesar da insistência de Magnólia, César recusou o jantar, decidido a tirar o namorado de casa mais cedo. Pelo pouco que Toni falou deduziu que a convivência com o visitante que dormia no seu quarto era o que estava perturbando o rapaz a ponto de tirá-lo do eixo. Há muito tempo Toni não tinha uma crise de raiva como aquela.

Toni apenas tomou banho na esperança de desanuviar a mente e se preparar para a noite. Assim que apareceu já trouxe uma mochila num dos ombros. No carro conseguiu relaxar um pouco, mas não conversaram muito. César tentou respeitar o espaço do outro, imaginou que perder aquela amizade por puro preconceito devia ter sido muito complicado. Afinal Toni nunca falou desse músico, era no mínimo intrigante ver Magnólia se referir ao tal Samuel como se fosse um filho.

Já era noite, então pararam para comer num restaurante modesto que servia comida caseira. Nenhum dos dois era soberbo ou tinha o habito de ostentar dinheiro. Era um pensamento que tinham em comum, os dois era muito simples.

Toni ainda se sentia afetado desde a cena que fez no meio da tarde. Se sentia mal por aquilo, mas não se arrependia completamente, porque se sua mãe escutasse uma asneira como aquela ficaria chorando por dias. Ela foi muito apaixonada por seu falecido pai e vê-lo morrer tão lentamente a machucou muito, deixou cicatrizes profundas.

Depois de comer, foram para o motel onde sempre ficavam. Eram clientes até conhecidos de tanto que frequentava o lugar, até ganhavam descontos exclusivos, porque quando vinham era para passar a noite inteira, as vezes passava dois ou três dias.

César fechou a porta do quarto e foi esvaziando os bolsos, colocando tudo na mesa de cabeceira. Se adiantou até Toni e o abraçou por trás, afundando a cabeça na curva do pescoço e inspirando seu cheiro.

— Hum... adoro esse teu perfume.

Toni riu levemente, se ocupando em tirar o cinto.

— Como hoje é teu aniversário pode fazer o que quiser — falou muito simplista.

César gemeu com as ideias que teve, foi beijando o pescoço do namorado, descendo as mãos pelo corpo a sua frente. Isso facilitava muito seus planos.

— Tem certeza?

Toni desabotoou a calça jeans e foi abrindo o zíper, tudo da forma mais corriqueira possível. Como se as mãos enormes de César não estivessem levantando sua camiseta e alisando seu abdômen.

— Se não tivesse não tinha falado isso — falou como se fosse óbvio.

Apenas derrubou a calça e tirou a cueca junto. Imediatamente César segurou seus quadris, se encostou na bunda musculosa e esfregou a protuberância nas suas calças ali enquanto Toni tirava a camiseta, ficando sem nenhuma peça de roupa.

— Você tá uma delícia.

As mãos ávidas de César já encontraram o membro semirrígido do namorado, começou a massageá-lo, a outras apalpava a bunda farta e durinha.

Toni sentiu um calor bom se espalhando pelo corpo. Até fechou os olhos por alguns instantes, apreciando o contato, mas logo despertou do seu torpor momentâneo. Se livrou das mãos enormes que o dominavam e deitou na cama, se apoiando nos cotovelos e abrindo as penas, exibindo seu corpo definido e o membro rígido pulsando.

César engoliu a saliva da boca, comendo Toni com os olhos, adorava aquelas tatuagens e até o jeito meio bruto de falar era excitante.

— Então...? Eu disse que hoje podia fazer o que quiser... vai ficar aí só olhando com essa cara de cachorro faminto?

César focou sua atenção no rosto do mais novo. Em seguida foi tirando as roupas apressadamente, empolgado demais com a proposta. Quando finalmente estava nu, avançou até a cama e foi se encaixando entre as pernas do mais novo, se apoiando nos cotovelos, colando seu peito ao dele, fazendo as suas ereções se tocarem, causando uma ansiedade boa nos dois e estudou o rosto de Toni com atenção e expectativa.

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