No dia seguinte, acordei deitada no sofá com um cobertor cobrindo minha cintura até os pés. Olhei em volta e a casa parecia vazia. O silêncio reinava e não deu tempo de pensar duas vezes a não ser correr. Mas eu precisava verificar, verificar se estava tudo dando certo para mim fugir desta maldita casa.
Verifiquei todos os cômodos. Até mesmo a passagem secreta. Nada. Absolutamente, ninguém. Somente o ar frio do ar-condicionado. Corri até a porta e por algum milagre: estava aberta. Abri a porta com ferocidade, corri escada abaixo e tentei localizar onde estava. Perdida, talvez. Ainda estávamos perto de casa, a casa era grande e de frente pra praia. Uma bela vista, na verdade. Corri até alguém próximo. Virando em algumas esquinas e outras ruas. Dava algumas paradas para um ar puro.
Corria como em uma maratona. Encostei-me à parede de pedra logo quando avistei de surpresa, armário e Ellezbeth na esquina. Dei algumas espiadas para ver se Josh estava por lá, não estava, sorte a minha.
Eu daria a volta na outra rua, pensei. Mas assim que virei para o outro lado, dei de cara com alguém reconhecido. Só o reconheci depois de ouvir sua voz.
— Indo a algum lugar doçura? — Ele diz com um sorriso nos lábios.
Ele pega nos meus braços e me puxa até o caminho de volta.
— Me solte antes que eu faça um escanda-lo. — Sussurro.
— Você não vai fazer um escândalo. — Ele diz. — Se não vier, você vai ter uma surpresa desagradável.
Eu me aquieto até ver um casal rindo. Eu começo a gritar.
— Moça, por favor! Ele está me sequestrando! — Grito. Ela me olha com desdém. — Me ajude, por favor!
— Por favor, não dê moral a ela. — Ele diz calmamente. A mulher abre a boca e o esposo a puxa de volta aos abraços. — Ela usa drogas.
— Isso é mentira! — Grito ao tentar me soltar de seus braços.
— Eu estou tentando te ajudar, amor. — Ele diz cinicamente.
— Eu não preciso da sua ajuda!
— Vocês são algo? Ela precisa de ajuda? — A moça diz. — Adoramos ajudar os próximos, temos dinheiro se precisar dos tratamentos dela.
— Senhora, ele é um assassino! Eu nunca usei drogas! Ele me sequestrou!
— Querida, como pode dizer isso de mim? — Ele diz. — Eu tenho estado todos os dias aqui com você, ajudando a sobreviver a esse vício e é assim que me repreende?
— Você é um monstro.
— Querida, deixe ele te ajudar. Ele ama você, então, deixa ele te ajudar. — Ela diz.
— Não, senhora! — As lágrimas escorrem quando sinto que mais uma vez, Josh venceu e eu terei de aguentar as consequências. — Ele... Ele é um assassino.
— Tudo bem, querida. Ele vai te ajudar no que precisa. — O moço diz ao pegar a mão da esposa e sair andando.
— L.A. não se preocupa com os outros. — Ele sussurra no meu ouvido. — Você quase estraga tudo, mas até que sabe ser uma boa atriz, viciada. — Ele sorri.
Estou chorando enquanto ele me arrasta até de volta a casa. Ele me empurra pra dentro como um cachorro, assim que eu viro pra encará-lo... Ele me dá um tapa na cara. O rosto foi implantado uma marca vermelha de seus dedos e uma ardência muito forte de fogo sobre minha pele.
Ele está com raiva, tanta raiva que ele tenta controlar sua raiva com mexidas no cabelo. Ele anda pra lá e pra cá.
— Eu avisei, Olivia. Eu te avisei que teria uma maldita surpresa. — Ele grita. — Eu juro, eu não queria isso, mas você está me obrigando. Depois desta noite, você pensará duas vezes antes de fugir de mim.
Ele dá um soco no braço do sofá, eu dou um pulo de susto.
— Você irá me odiar, mais do que me odeia. Você acabou de assinar o óbito.
Ele respira fundo e sai porta a fora. Mas desta vez ele tranca a porta. Eu caio no chão aos prantos. Choro até não ter mais lágrimas, deito no chão e grito por desespero.
Ele matará alguém hoje. Estou ciente que será bem na minha frente. Senhor. Estou perdida. Estou morta. Ou... eu morrerei hoje a noite?
Eu sonharia com o paraíso. Sonharia com Ele. Sonharia com Emma, minha irmã desaparecida. Esta noite, eu estaria disposta a morrer. Estarei cuidando de lá de cima, de todos de quem amo.