CAPÍTULO VINTE E DOIS - POR JOSH

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No dia seguinte, recebi uns 20 torpedos e vários e-mails de meus amigos, querendo urgentemente conversar comigo. Convenci a todos virem para a minha casa no final da tarde para conversar, já que o assunto era de Steven. E nada de informações sobre Olivia. Já faz quatro dias.

                Quando Magda terminou de limpar toda a casa, já eram quase 19h da noite e daqui a pouco o pessoal iria chegar. Quando terminei de me arrumar, recebi outro torpedo de que Lauren havia chego e logo que disse á Elle, ela pegou sua mochila e partiu até sua casa. Eu não gostava de estar longe de Elle, mas ela não teria muito que fazer por aqui e eu não poderia ficar com ela enquanto trabalhava.

                A campainha tocou, abri a porta e eram Bryan, Serena e Christinne. Nos cumprimentamos e eles entraram. Bryan, como sempre, trouxe uma garrafa de vinho tinto.  Minutos depois Jenks e Big Bang chegaram. Serena e Christinne sentaram no sofá de frente para nós perto da lareira, Jenks era um pouco gordo e sentou no braço do sofá. Já Bryan encostou na parede perto da porta e Big Bang sentou no sofá pequeno, que estava de costas para a escada. Apoiou as mãos nos joelhos e suspirou parecendo nervoso. Fiquei em pé a todo momento em que observei todos se acomodando. Bryan soltava piadas, mas todos estavam tensos.

— O que está acontecendo, pessoal? — Perguntei, mas ninguém respondeu.

                Os olhares foram corridos um para o outro, encorajando a quem seria o primeiro a falar. Bryan coçou a garganta.

— Recebemos informações de que Steven desconfia. — Ele diz. — Ouvimos a rádio transferência deles e ele disse a um dos seus parceiros de que provavelmente iria voltar mais cedo.

— O quê? Mas já pacificaram por lá? Enviamos milhares de homens...

— Não foi o suficiente. — Agora foi Serena que falou. — Ele sabe que a filha está segura em casa, bem... Olivia nos ajudou nisso. Já que você a soltou. O que é bastante confuso...

— Do que está falando? Faz quatro dias... Como ela ajudaria?

— Exatamente. — Ela diz. — Bryan ouviu a conversa telefônica de Olivia com Steven ontem á noite, ás 19h35min. Ela disse que estava tudo bem, disse até que sentia falta dele. Foi então que ele disse...

— “Estarei voltando em breve, assim que terminar o serviço.” — Diz Bryan.

— O que quer dizer?

— A briga será feia, Josh. — Jenks pronuncia. — Olivia está preocupada, sozinha... Ela não entregou nada sobre as semanas que esteve aqui. Mas porque ela faria isso?

— Por Elle, é claro. — Digo de imediato.

— Josh, você e Olivia tem uma química que eu nunca vi. — Bang se pronuncia. — Enquanto estive aqui, você tentou ser frio com ela. Ela é uma garota totalmente diferente. Se ela soubesse que você sente... Algo, tenho certeza que ela ficaria contra os pais e lutaria contra eles.

— E porque acham isso? São os pais dela. Ela não faria isso.

— Faria sim. — Christinne diz. — Ela ficou todo esse tempo nas sombras dos pais, Josh. A própria mãe a culpa pela doença da irmã, o pai não liga pros sentimentos... Ela teria coragem de procurar a felicidade, com quem quer que seja ou o que deva lutar.

— Então... Onde ela estava esse tempo todo?

— Josh, ela virá atrás de você. Uma hora ou outra... — Serena diz. — Só der espaço, pelo menos por uns dias...

— Onde ela está, Serena? — Pergunto. — Preciso saber se ela está bem! Eu juro que se...

— Ela está bem, Josh! — Bryan diz. — Andei vigiando seus passos, ela está ótima.

— Vocês sabiam esse tempo todo que ela estava bem? Esse tempo todo e não me disseram nada?

— Você foi na casa dela, se tivesse subido o andar veria que ela sempre esteve lá. — Bryan diz.

— Como se tudo estava no perfeito estado? — Perguntei.

— O pai dela é Steven Blake, Josh. Ele a ensinou como limpar os vestígios. Como se safar. Olivia é esperta demais para fazer os outros pensar que ela está bem ou até mesmo perdida. — Serena diz.

                Dou algumas voltas em círculo e suspiro.

— E qual é o plano? — Pergunto. Bryan olha pra Serena, ela abaixa o olhar. — O que foi? Tem algo que não estejam me contando?

— Descobrimos... Uma coisa. — Bryan diz.

— Que tipo de coisa?

— O tipo de coisa que... Nem mesmo eu imaginava ser possível, cara. — Bryan diz atônito.

— Que tipo de coisa? — Repito.

— Descobrimos que... Rony está vivo... — Serena sussurra.

— O quê... Como aquele desgraçado esta vivo? — Grito. — Todas aquelas bebidas não mataram ele? Não foi o suficiente?

— Josh... Não diga isso... Ele é o seu pai.

— Não, Serena! — Grito ao chutar a parede. — Ele nunca foi meu pai, ele nunca será o meu pai! Cresci cuidando de Elle sozinho, ele nem procurou a filha!

— Josh, Mariah ainda estava viva. Ele a amava, você sabe que a dor dele foi maior que a de vocês ao perde-la. — Bryan diz.

— Como pode defender aquele cachorro vira-lata? Você viu o que ele fez, Bryan! Você estava lá quando tudo aconteceu!

— Eu sei cara...

— Quando? Onde? Onde esse desgraçado está? — Pergunto com a voz trêmula.

— Têm uns dois dias que o vimos no norte da Califórnia. Ele trabalha em um bar...

— Claro, sua vocação favorita. Ele é ótimo com bebidas, melhor ainda quando as digere. — Digo entre dentes.

— Eu falei com ele. — Diz Bryan.

                Eu paro. Viro de frente para ele, o silêncio é perturbador até eu dizer:

— Você o quê? — Sussurro.

— Ele disse que se puder ajudar, ele ajudava. Ele poderia até chamar os comparsas dele e...

— Não. — Digo. — Não precisamos dele. Nunca precisei dele.

— Josh, quando a luta começar será um milhão contra meio milhão. Será um massacre! — Serena diz.

— Quanto tempo temos até ele chegar? — Pergunto.

— Ele deve voltar daqui a três meses ou mais. — Jenks diz. — Temos pelo menos mil dos nossos por lá. Mais dois mil estão indo no próximo mês.

— Ótimo, então temos uns... 5 meses?

— Eu diria de 4 á 6 meses, Josh. — Bang diz. — Mas isso não sabe.

— Tudo bem, ótimo. — Digo. Aproximo de Bryan. — Preciso de um favor seu...

— Claro, cara.

— Pare de vigiar a Olivia. Se ela voltar, é porque sei que quer ficar. Vai atrás de mais homens para ir para a África. Temos que deixa-lo por menos 3 meses lá. Até conseguirmos os restos das armas e quem sabe, tanques.

— Tudo bem. — Ele concorda com a cabeça.

                Algumas horas se passaram e todos se foram. Estava cansado de tantas merdas que escutei. Rony voltou, aquele merda. Suspiro ao fechar a porta, cambaleio até o sofá e pego no sono.

SWEET ♦ KILLEROnde histórias criam vida. Descubra agora