Ciladas do Destino

~°Capítulo 16°~

O horário do vôo não demorou muito e logo eu estava embarcando para Nova York.
A todo instante ficava pensando em tudo o que aconteceu e em.como deixei que as coisas chegassem a esse ponto.

Eu sabia que parte disso tudo aconteceu por minha causa, mas o erro não foi cometido apenas por mim, ele também errou. Errou em ter aceitado minhas insinuações.

Insinuações.

Que horror. Que tipo de pessoa eu cheguei a ser.  Eu que sempre fui tão certa e  a coisa que mais sempre prezei foi a fidelidade, agora posso ver que não tinha mesmo segurança em mim mesma.  Deixei que ele me visse como uma mulher fácil,  e fiz com que ele se sentisse imponente a mim, deixei que ele me deseja-se, coisa que eu vi e ouvi da própria boca dele que ele jamais se envolveria comigo e que tudo o que aconteceu era pra ser esquecido.

Eu errei mais que ele. Ele em parte não teve culpa,  mas se pelo menos tivesse evitado de me ajudar,  era melhor que ele tivessr me deixado sozinha do que me ajudar.

Estou sendo egoísta eu sei. Mas era o que eu desejava, não teria acontecido.

Mas se fosse um estranho,  se ele me fizesse mal, me sequestrasse. Meu Deus, pelo menos nao foi isso que aconteceu.  Até agradeço por ele ter me ajudado, mas o que eu não consigo aceitar é que eu fiz com que ele se entregasse pra mim, eu praticamente me joguei nos braços deles e o ordenei que ele me fizesse dele. E agora estou pagando minhas próprias consequências.

É eu mereço tudo o que o Alex vier a fazer daqui a algumas horas quando eu estiver no apartamento dele e disser tudo o que fiz. Eu mereço.  Talvez até coisa pior, mas não vou fugir,  eu que fiz isso, devo sofrer por isso.

Não sei por quantas horas dormi,  mas quando abri os olhos,  já era noite e estávamos perto de pousar em Nova York.  As luzes do avião estavam apagadas e me senti sozinha.  A solidão e a culpa já estava começando a dar os primeiros sinais.

Porque fiz isso meu Deus.

Choro em silêncio até que a aeronave que faz as interligações e avisa os comandos, diz que estamos entrando em turbulência e que devemos apertar os cintos.

Sinto aquele frio na barriga como sempre, mas dessa vez é algo bem pior, é como se algo a mais do que penso fosse acontecer.  Mas afasto esses pensamentos e quando é liberada a saida do avião,  desço junto as minhas malas.

Olhei em meu relógio e aqui ja se passava das nove da noite. A essa hora ele deve está no apartamento.  Penso em avisa-lo mais é melhor não correr o risco dele dizer que não está o que está em algum jantar ou reunião.

Pego um taxi e indico o apartamento principal.  O taxista deixa onde indiquei e logo desço junto as minhas malas.
O porteiro me da boa noite e ele pergunta se quero ajuda com as malas mais neguei.    Perguntei a recepção se ele estava em no quarto ela disse e ainda tentou dizer algo mais porém não dei atenção e entrei no elevador com as malas.

Demorou alguns instantes pois havia algumas pessoas que estavam entrando junto comigo pois também queria ir para o andar que eu estava.
Depois da quinta pessoa descer no andar indicado,  eu apertei o botão onde indicava o de Alex, e logo foi aberto .

Segui pelos corredores e avistei de longe o número 301 na porta,  e fui em direção.   Respirei um pouco antes de abrir a porta.
Eu sei é um pouco tenso minha situação.

Mas vamos lá Laura,  você quem fez isso, agora precisa arcar com as consequências.
Peguei na alça da mala e segurei firme, antes que eu pudesse bater, meu celular vibra e só então percebo que mudei sem.ver o modo avião.

Muitas mensagens da Caren e dos meus pais chegaram de uma vez só,  mas veria isso depois.   Desliguei o mesmo e guardei dentro da minha bolsa.

Foi quando peguei na maçaneta da porta e a girei que percebi que Alex não estava no cômodo da sala. Deve estar no banho.
Percebi que o chuveiro não estava ligado e nem mesmo a banheira.

Deixo a mala encostada a entrada da porta e jogo minha bolsa na poltrona. Retiro meus sapatos e sinto que estou exausta. Foram muitas coisas que aconteceram ao mesmo tempo e realmente estou acabada.
Preciso relaxar um pouco.

Mas como? Sabendo que  vem.uma onda gigante pela frente.

Tento não me preocupar muito com o que há por vir e segui para o quarto.   Murmúrios dentro podia ser ouvidos. Porém não entendi.  Sera que o Alex agora anda cantando? 

Sorri com meus pensamentos.

Mas as vozes ficaram mais visíveis .

-Isso...

Era o Alex?  Mas com quem ele estava.

Sem saber que a  porta estava aberta,  acabo empurrando ela e quando olhei para frente,  não podia imaginar que era mesmo o que eu estava vendo.

-Laura.
-Ele diz assim que nota a minha presença.

Mas não consegui ficar um segundo no quarto e sai correndo.  Não era possível que isso estava acontecendo.   Eu não posso acreditar que isso era real.

***

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