~°Capítulo 31°~

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Laura

Ele foi embora e mais uma vez me senti dividida, será que estou mesmo fazendo a coisa certa?  Porque me sinto assim quando ele fala essas coisas? É tão visível assim o que sinto por ele?

Estou completamente confusa,  não sei em quem mais acredito.
Agora nao imaginava que minha própria amiga fosse a responsável por eu ter passado por tudo aquilo. Foi lá também que eu vivi momentos divertidos, não sei como mais confesso que gostava do jeito que ele me tratava, sempre tirando brincadeira pra me irritar e, bom, não posso negar que agora isso serviu para alguma coisa,  mas também está me complicando,  e sério não queri nem pensar no que isso vai dar.

Respiro fundo e entro de novo na delegacia, tenho coisas pendentes para resolver.
Olho para as celas e me lembro do horror que passei aqui no primeiro dia, afasto meus pensamentos quando encontro Bernardo.

-Laura.

-Oi, nem nos falamos. -digo tímida lembrando do motivo. Ele sorri.

-Sem problemas, vocês precisavam-assinto. Por um momento penso nele e no que ele está fazendo agora

-Bom, você sabe onde posso encontrar a Caren?

-Claro, vem comigo.

Sigo com ele  e logo chegamos em uma cela  que estava afastada, das outras.

-Se quiser posso te esperar aqui,-opina.

-Não,  obrigado,  mas tenho que fazer isso sozinha-ele assente mas antes de ir pergunta.

-Você e o Dexter, se acertaram?-pigarreia-só curiosidade.

Ouvir o seu nome me causa um arrepio.

-Ele não entendeu o meu lado muito bem, você sabe é complicada a situação que estou.-limito-me a continuar.

-Sei, mas quer um conselho? -assinto-Não deixa a felicidade bater em outra porta não,  porque é isso que acontece quando fazemos escolhas erradas. Até mais Laura.

Porque todo mundo resolve me deixar ainda mais confusa!! Droga, agora não sei nem o que vim fazer aqui.  Tento acalmar meu coração angustiado e me viro na direção da cela.

-Caren.

Ela estava sentada,  com um uniforme cinza. Seus olhos vermelhos e cheio de olheiras profundas, essa não é a minha amiga. Ela me olha triste e isso me deixa arrasada, mas não tira o fato que ela foi culpada por eu ter passado por tudo aquilo.

-Pensei que nunca viria-disse cabisbaixa.

Respiro fundo e me sento ao redor da cela.

-Não era mesmo pra  ter  vindo. -ela baixa a cabeça. -Mas sabe, a única coisa que eu quero saber é,  porque Caren, porque você fez isso?

-Não é de agora,  faz um tempo na verdade,  um bom tempo. -ela suspira. -Vou contar do começo pra você entender que não tinha intenção de te fazer passar por isso.

-Vamos então,  porque eu quero saber, quero saber mesmo até onde você foi justa comigo.
-digo com raiva.

-Eu sempre fui justa com você!  Não esqueça disso.  No começo eu me sentia sozinha e pensava que viveria de o resto da minha vida assim. -começa.

-Eu sempre estive com você porque diz isso!?

-Estou falando do começo,  vou chegar nessa parte. -assinto- Então teve uma vez que eu conheci uma menina,  e ela me fez muito bem, sempre alegre e gostava de ficar comigo e eu ficava me perguntando: será que poderíamos ser amiga, como todas as outras? 

Ciladas do DestinoOnde histórias criam vida. Descubra agora