Caren
Antes dos meus pais morrerem, eu sempre soube que teria que me virar algum dia, sozinha.
Mas então eu estava na escola, e no primeiro dia de aula, eu conheci uma menina, a Laura. Ela era simpática comigo e tirei a conclusão que seriamos grandes amigas, e foi isso que aconteceu.
Passamos a sentar juntas todos os dias, e também a contar nossos segredos uma para a outra, até mesmo o primeiro amor.Laura sempre foi a mais quieta, a mais na dela, e quando um menino novato entrou, eu vi como os olhos dela brilhavam, mas eu já o conhecia, e também sempre fui na dele, foi então que descobri que ela estava gostando dele também. Não sei explicar ao certo quando tudo virou do avesso, mas quando o Alex entrou na nossa sala eu vi como ele olhava pra mim, sentia que ele gostava de mim, e um dja eu fui perguntar pra ele.
Flashback on
Estava na arquibancada olhando o jogo dos vickens, eles eram os melhores. Laura não estava hoje, havia ido ao dentista, então me sentei sozinha. O jogo havia começado e bem na metade eu cheguei, foi quando ele acenou pra mim.
Corei. Será que devo ir falar com ele? Não a Laura não ia gostar.
Mas eu preciso saber, e se não for o que estou pensando, deixarei para trás todo esse sentimento.Logo o jogo acabou e então vi ele se sentar no gramado. Os cabelos estavam baguncados pela grande jogada acirrada, e respingos de suor percorria o seu rosto. Ele tirou a camisa e confesso nunca vi nada igual, ele é a visão do paraíso.
Caren se concentra. Respirei fundo e me aproximei.
-Oi.-ele sorriu. Seus olhos brilhavam com a luz do sol.
-Oi Caren.-sorri.
Então ele se levantou e pegou a camisa dos Vickens e jogou sobre o ombro.-Você vai embora agora?
-Não porque? Ainda teremos outra partida em-olhou o relógio-meia hora.
-A, é porque eu gostaria de conversar com você, pode?-ele assente.
-Vem vamos pra arquibancada.
Segui com ele e alguns olhares foram direcionados pra gente. Será que eu não combino com ele? Ai meu Deus que não seja isso.
-Então o que você quer conversar? -ele se senta.
-Bem, é sobre a Laura.-ele abriu um sorriso quando falei.
Me incomodei? Sim, muito.
-Onde ela está? Aconteceu alguma coisa? -neguei.
-Você gosta mesmo dela?
Diz que não ! Diz que não. -torcia mentalmente.
-Sim, eu gosto muito dela- quando penso que é somente isso, ele dispara-Pra falar a verdade, eu tô apaixonado por ela, hoje vou pedi-la em namoro, sabe se ela vai vir no segundo horário? -
Flashback off
Naquele momento eu não consegui responde-lo, sai correndo e ainda ouvi ele me chamar mas entrei rápido no vestiário feminino e chorei.
Queria ter ouvido o contrário mas como sempre a Laura sempre teve mais sorte do que eu, com notas, par nos bailes, ser representante da turma e ter o cara mais popular do colégio como namorado.Passei a evitar o Alex, e ele percebeu e me perguntou o que estava acontecendo e porque eu sai daquele jeito, e eu dei a desculpa de que não estava bem e então ele disse que qualquer coisa era só falar com ele, porque amigos ajudam os outros amigos.
Amigos.
Era somente assim que ele me via e veria.
Depois daquele dia, ele fez uma declaração pra Laura na escola, e a pediu em namoro, apenas desejei felicidades e sai, era demais pra mim. Foi então que um tempo depois eu estava me vendo sozinha de novo, como sempre foi, a Laura só ficava com o Alex e ela até ne contava o que acontecia entre eles, até mesmo da primeira vez deles. Me senti mal, mas então pra completar meus pais morreram, e me senti completamente sozinha. Os pais da Laura ficaram do meu lado e eu me sentia como filha de deles, e amo eles e vejo eles dessa forma, mas um dia eu estava andando pelas ruas chorando me sentindo abandonada e encontrei um grupo de pessoas que estavam em um beco, e eles me viram chorando e acenaram.
Eu fiquei com medo mas aí um deles disseram que eles não eram do mal, mas que estavam se sentindo do mesmo jeito que eles. Sozinhos. Limpei minhas lágrimas e fui até eles, e um deles me olhou e balançou a cabeça com pesar.
-Você é bastante nova pra sofrer assim.-ele disse.
-Eu tô passando por um momento difícil. -falei cabisbaixa.
-Eu sei de uma coisa que vai te deixar na auto estima rapidinho.
Então ele entrou numa casa velha, que creio que seja a casa deles, e minutos depois ele saiu com um pacote em mãos, bem pequeno, parecendo aqueles pacotes de polvilho do Café da esquina. E foi isso que eu pensei que era. Polvilho. Mas quando ele abriu o pacote eu soube que o não era nada disso, era "Crack", muitas pedras de Crack.
Olhei assustada quando ele estendeu pra mim um pouco das pedras e me afastei.
-Obrigada mas posso ficar bem sem isso-aponto ofegante.
-Errada. Quem se sente sozinho, nunca ficará bem, nem mesmo com a companhia de alguém. A solidão te acompanha em cada momento da sua vida até você não aguentar mais e...-ele para.
-E...?
-Chegar a tirar a própria vida.-arregalei os olhos quando ele disse isso e sai correndo.
Não ! Não era isso que iria fazer comigo, eu não me mataria.
Jamais!Cheguei em casa e abri a porta rápido, e a fechei. Acendi as luzes e percebi que estava sozinha, muito sozinha.
-Calma Caren, é uma fase, você não vai estragar sua vida com isso. -respirei fundo e fui fazer algo pra comer. Logo estava tarde e tranquei firme as portas e fui para o meu quarto.
Vesti uma roupa pra dormi e .e aconcheguei na cama e adormeci.
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-Obrigada mas posso ficar bem sem isso-aponto ofegante.
-Errada. Quem se sente sozinho, nunca ficará bem, nem mesmo com a companhia de alguém. A solidão te acompanha em cada momento da sua vida até você não aguentar mais e...-ele para.
-E...?
-Chegar a tirar a própria vida.
Não!
Acordo assustada.
Começo a chorar. Ele tem razão, eu não vou me sentir bem nunca.
Chorei a noite toda e foi quando eu tomei uma decisão. Fui em direção a mesma rua, e vi as mesmas pessoas. Eles me olharam e o que me ofereceu se aproximou.-Tomou coragem? -assenti.
-Eu quero, por favor. -ele olha para os outros e depois me fita de novo. Pega algo no bolso e me estende a mão.
-Fez a coisa certa. -Os outros concordaram. Assenti junto com eles.
Dali até agora eu não parei mais, e foi então que me juntei a eles, e passei a trabalhar para eles como agradecimento pelo que fizeram por mim. Só que agora eu vi o.que estava acontecendo comigo e precisei tomar outra direção.
Parar.
Mas eles não aceitaram e disse que se eu parasse, eles me matariam. Fiquei sem saber o que fazer e então decidi sair da cidade. Aproveitei que a Laura não estava e fugi, mas descobri que eles estavam me procurando e que não só a eles mais a polícia também e agora estou prestes a desembarcar para outro país.
Entrego o passaporte e meus documentos e entro na fila de embarque, mas ouço meu nome ecoa pelo aeroporto.
-Caren Vilela você está proibida de passar pela porta de embarque.
Corro o mais rápido possível ora consegui passar mais dois guardas de investigação me alcançam.
-Você vem conosco. Esta presa por omitir o caso de tráfico em domicílio e culpar Laura Winston.
Acabou. Não existe mais saida, eles descobriram tudo.
Sou levada pela polícia civil e fico pensando como será quando a Laura souber que eu fui a culpada por ela ser presa no dia da formatura.***
Bom ai está um bônus da Caren.
Espero que gostem, votem e comenten!♥♥
Vem coisas por ai!
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Ciladas do Destino
RomantizmLaura, uma mulher recém formada em arquitetura, não imaginava que em pleno dia de formatura, fosse acusada de tráfico de drogas e presa publicamente. Ela tem um relacionamento sério de muito tempo, quase um ano com Alex, um homem fútil, ext...