Anahí
Paro em frente à mesa de bilhar e apoio o taco no chão. Derrick e Kuno me olham com sorrisos debochados e juro a mim mesma que vou arrancar esse sorrisinho da cara deles nem que seja na marra.
- Boa sorte Any. - Mai sorri pra mim toda empolgada.
- Obrigada! - pisco pra ela.
Como estamos num verdadeiro desafio de bilhar todo o bar parou e está rodeando a mesa. Derrick pega o triângulo e ajeita as bolas lá dentro.
- Antes da gente começar. - Kuno diz. - Acho que devemos deixar as coisas aqui mais emocionantes. O que acha de fazermos uma aposta? Se vocês não quiserem tudo bem, a gente vai entender se ficarem com medo.
- E quem é que ta com medo aqui seu babaca? - olho de cara feia pra ele e vejo Poncho sorrir ao meu lado.
- Huuu, agora quem ficou com medo fui eu. - Kuno debocha.
- Pois se eu fosse você ficaria, esqueceram que fui eu quem ensinou bilhar à vocês dois? - Poncho pergunta.
- É, mas ficamos melhores que o professor e com essa daí, você vai dançar. - Derrick me aponta.
- Vamos parar de falar e jogar. Se querem aposta, vamos fazer uma aposta. - Poncho diz. - A dupla ganhadora pode pedir o que quiser para a dupla perdedora.
- Fechado. - Kuno sorri. - Vamos decidir no impar ou par quem começa.
Poncho e ele colocaram as mãos pra trás e Kuno acabou ganhando no ímpar ou par. Eles começaram e Derrick foi o primeiro a acertar a bola branca. Com o impacto, elas se espalharam pela mesa, mas nenhuma foi encaçapada. Poncho foi o próximo a se aproximar da mesa, quando se inclinou seus olhos estudavam as posições da bola, até que ele escolheu uma. Inconscientemente, apertei o taco com força, torcendo pra que Poncho encaçapasse alguma bola. Dito e feito, ele mira a bola branca em uma vermelha de número oito e a manda direto pra caçapa.
- Isso! - sorri.
Poncho me encara e pisca pra mim, antes de dar a volta na mesa e tentar acertar mais uma de número par, essa não entra por pouco.
Kuno é o próximo e também consegue acertar uma bola ímpar de primeira, mas não acerta a segunda. Quando chega minha vez, Poncho cochicha no meu ouvido.
- Vai na de número dois.
- Pensei nisso. - assenti.
Poncho sorri com malícia e me posiciono. Me concentro em acertar não querendo fazer feio. Mas fico confusa, não quero fazer feio para Poncho ou para o bar inteiro e aqueles idiotas que desafiaram a gente? Balanço a cabeça, afastando aqueles pensamentos pra longe e com toda a força bate o taco na bola branca. Prendo a respiração quando ela desliza sobre a mesa e acerta o alvo, mas não consigo mandar a bola dois pra caçapa.
- Merda!
- Tudo bem foi por pouco, foi o atrito que te atrapalhou. - Poncho sorri pra mim.
Derrick é o próximo e tem a mesma má sorte do que eu, não acerta nenhuma bola. Quando volta para Poncho, ele acerta uma bola e quase acerta a segunda, Kuno é o próximo e faz o mesmo feito. Quando a vez volta pra mim, sinto a pressão, estamos empatados. Encaro a mesa, bolando uma estratégia.
- Posso dar uma sugestão? - Poncho sussurra no meu ouvido.
Ignoro o arrepio que sua voz provoca em mim, o encaro e aceno com a cabeça.
- Tenta acertar a número seis na doze, assim talvez você consiga encaçapar as duas.
- Hei não vale fica dando dica, joga logo. - Derrick exige.
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De Repente Amor ✔
FanfictionPoncho Herrera. Capitão do time de hóquei, leva uma vida perfeita, regrada à festas, sexo, mordomia, sexo, reconhecimento, mulheres e mais sexo. Ao ser acusado de roubar o próprio time, Poncho é expulso não só do hóquei, mas da república onde vive c...