Capítulo 13

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Alfonso

Já fiquei ansioso por um jogo, mas juro que nunca fiquei ansioso pra um encontro com uma garota. Confiro o relógio de novo e vejo que são duas em ponto. Começo a andar de um lado pro outro, esperando Anahí chegar e me perguntando se ela realmente vem. Acho que ela não me daria um bolo, daria?

Quando da duas e cinco, tenho quase certeza que levei um bolo e suspiro derrotado.

- Herrera?!

Meu coração dispara ao ouvir aquela voz e o sorriso é completamente involuntário.

- Achei que ia me dar um bolo, mocinha. - cruzo os braços de bom humor.

- Se eu prometi que iria com você... - ela dá de ombros.

Dou um passo à sua frente e ela me encara em dúvida, como se não soubesse se me dá um beijo, um abraço ou se ficamos como estamos. Resolvo o dilema, segurando sua cintura como estava afim de fazer, e a puxo pra mim. Quando seus lábios macios e doces tocam os meus, sinto como se tivesse uma britadeira dentro do meu peito e aquela sensação de fogos de artificio.

Any suspira entreabrindo os lábios, não perco tempo e desenho todo o contorno de sua boca com a minha língua, antes de encontrar a dela. Ela tem um perfume tão doce e envolvente, que meus braços se fecham em torno da cintura dela, trazendo-a pra mais perto. Any envolve os braços em torno do meu pescoço e percebo quando ela fica na ponta dos pés.

Me encosto na parede e afasto as pernas pra ficar mais baixo. Nossas línguas se buscam e se acariciariam e quanto mais provo dos lábios de Anahí, mais viciado eu fico. Definitivamente ela tem o melhor beijo de todos os tempos e quero todos eles só pra mim.

Quando a gente se afasta, ela abaixa a cabeça envergonhada. Já deixei meninas envergonhadas, mas nunca elas agiram assim após conseguir ficar comigo. Normalmente elas partem pro ataque e terminamos no meu quarto, completamente nus.

Mas gosto das coisas com Anahí serem diferentes, do contrário eu nunca descobriria o quão encantadora ela é. E pensar que pouco mais de uma semana atrás eu nem olhava pra ela.

- Por que meu tapete teve que ser puxado pra eu enxergar você? - pergunto, me afastando dela.

- Eu também não te conhecia direito. - ela sorri ao responder.

- Você sabia exatamente quem eu era, o negócio é que eu mudei e graças a isso nos tornamos amigos e agora algo mais. - sorrio, afastando o cabelo dela dos ombros.

- Não é melhor a gente ir pro jogo?

- Claro, vamos sim, mas antes... - envolvo a nuca dela em busca da sua boca e dos seus beijos que mexem comigo de um jeito que nenhum outro beijo mexeu.




Anahí

Poncho pode ter sido expulso do time, mas ainda tem prestígio no mundo do hóquei, tanto que ele consegue lugares Vips para a gente. Fico constrangida quando ele segura minha mão esquerda entre as suas e beija meu rosto, mas acho muito fofo e romântico.

O jogo começa e Poncho se empertiga todo no banco quando seu time entra. Não entendo nada de hóquei, então não consigo prestar muita atenção ao jogo, tudo que consigo fazer é ficar olhando as feições dele.

E caramba, é nítido o quanto ele ama esse esporte e o quanto queria estar ali no gelo jogando. Fico me perguntando se o verdadeiro ladrão está ali, vestindo uma das blusas brancas e azuis da UW e seja quem for já me deixa com raiva e fico torcendo pra ele torcer o pé e sair do jogo.

De Repente Amor ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora