Capítulo 75

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Anahí

Paro em frente a porta da república e encaro Kuno.

- Muito obrigada por ter me trazido. - enxugo o rosto.

- Você está bem?

- Eu vou ficar. - forço um sorriso.

- Quer que eu entre e fique um pouco com você? - ele acaricia meu rosto.

- Acho que eu prefiro ficar sozinha. Eu sabia que não era uma boa ideia ir praquela festa. - suspiro.

- Olha Any, vou ser bem sincero com você. Poncho foi muito idiota criando aquela lei, a gente até brigou por causa disso. Como ele pode dizer que gosta de você e fazer algo assim?

- Kuno...

- É tão imaturo e infantil da parte dele, se ele realmente se importasse com você ele não faria isso.

- Kuno não quero falar disso tá? Só quero ficar na minha e fingir que não aconteceu nada.

- Tudo bem, me desculpe. Eu vou deixar você em paz. Qualquer coisa tô aqui, tá?

- Obrigada. - forço um sorriso.

- Manda lembranças pros seus irmãos. Até logo. - ele se aproxima e me dá um beijo no rosto, muito perto da minha boca.

Abaixo a cabeça constrangida e abro a porta de casa. Assim que Kuno entra em seu carro, entro na república e me jogo no sofá.

Fecho os olhos e tento relaxar, mas meu celular começa a tocar. Suspiro ao ver que Christian está me ligando. Penso em não atender, mas acabo aceitando a ligação.

- Oi!

- Any onde você está? - ele pergunta aflito.

- Na república, por quê?

- É que... Cara não sei como te falar isso, na verdade nem sei se eu deveria estar te ligando.

- Chris o que aconteceu, você tá me assustando. - me sento no sofá em estado de alerta.

- É o Poncho... Ele sofreu um acidente.

- Como assim um acidente? Foi ai na festa?

- Não Any. Pelo que entendi, Poncho surtou depois que você saiu da festa com o Kuno e foi atrás de vocês. Ele pegou uma moto de um rapaz aqui e saiu igual um maluco. Ainda não entendi o que aconteceu, mas parece que ele furou um cruzamento e um carro pegou ele.

Fecho os olhos com força e tento afastar o pânico pra longe.

- Me diz que ele está bem.

- Ainda não sei qual é o estado dele. Eu liguei pra ele várias vezes, então a pessoa que o socorreu ligou de volta pra mim. Acabei de avisar os pais dele e tô indo pro hospital central, achei que você precisava saber.

- É o mesmo hospital onde o Connor tá internado. Eu tô indo pra lá.

- Tá, até daqui a pouco então.

Desligo o celular, me levanto e saio às pressas, quase esquecendo de trancar a república.


Quando chego no hospital, pergunto desesperada na recepção por Alfonso Herrera. Assim que a moça me avisa em que andar ele está, eu corro pro elevador.

Minhas pernas fraquejam um pouco quando, segundos depois, as portas se abrem. Me obrigo a me manter firme até saber direito o que está acontecendo.

De Repente Amor ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora