Capítulo 32

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Anahí

Fazia uma semana que Poncho e eu tínhamos tido nossa primeira vez e que eu conhecera sua mãe. Depois da nossa primeira vez, ele me infernizou para eu voltar a dormir com ele na casa que compartilha com o Chris, relutei bastante, mas acabei sendo dobrada duas vezes. Minhas amigas acabaram descobrindo onde andei passando as noites fora e me deram um pequeno sermão. Tão típico delas que nem liguei.

Fazia uma semana também que eu estava de olho em Christopher. Poncho me garantiu que ele não havia armado o roubo, mas ele podia sim ser um dos culpados, infelizmente eu não tinha achado nada que o incriminasse. Talvez, então Poncho tivesse razão.

É uma quarta-feira e me arrasto pra fora da sala de aula, meu desânimo é porque sei que vou me ferrar na próxima prova de Morfologia e Sintaxe, a não ser que algum milagre aconteça e eu consiga tirar nove. E pra isso acontecer só se alguém muito CDF nessa matéria fazer a prova pra mim.

- Eu não vou parar de mandar mensagens e vou começar a ligar se você não fizer o que eu to pedindo. - a voz irritada no telefone chama minha atenção. Está vindo do corredor ao lado e mesmo sabendo que é errado, eu paro e fico escutando. - Eu já obtive minha vingança e você também se deu bem às custas do Herrera, agora ta na hora de assumir o que fez. - arregalo os olhos, a sorte não pode estar tão assim a meu favor, não deve ser o que estou pensando. - Não interessa, você devia ter pensado nisso, quando topou. Já passou da hora de você assumir tudo e o Herrera voltar a ser quem era. Você ta avisado, até mais. - a pessoa responde irritada e percebo que a ligação se encerra.

Viro o corredor pronta para atacar o cara, mas paraliso no lugar quando o vejo guardar o celular.

- Dylan? - eu pisco sem acreditar.

- Any... - ele se assusta ao me ver.

- Foi você? Você armou o roubo?

- Any, não é o que você ta pensando.

- É claro que é, acabei de ouvir você dizer que alguém se deu bem às custas do Herrera, se não for do roubo do que você estava falando e com quem?

- Não é da sua conta. - Dylan me encara furioso.

- É sim e você vai comigo agora falar com o Poncho e esclarecer essa história, e vai dizer com quem estava conversando.

- Me obrigue a fazer isso então. - ele cruza os braços e pela primeira vez não o reconheço.

- Você queria que a pessoa abrisse o jogo, faça isso você. Dylan se não vier comigo agora, eu nunca vou te perdoar pelo que fez. Vai ser como se você tivesse morrido pra mim. - vejo em seus olhos que minhas palavras o machucaram.

- Você realmente gosta dele, né?

- Gosto! - assumo.

- Run. Você ta fazendo a mesma besteira da outra vez, mas tudo bem, eu vou ajudar você a enxergar onde está se metendo. Cadê o Herrera?

- Já foi pra casa dele e do Chris.

- Então vamos até lá. - ele responde indiferente e sai na frente.




Alfonso

Quando a campainha toca, Christian está fazendo nosso almoço, então sobra pra mim atender. Sinto que meu rosto se ilumina e o sorriso é involuntário quando abro a porta e dou de cara com Anahí.

De Repente Amor ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora