Capítulo 11

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Alfonso

Não acredito que isso está acontecendo. Beijá-la literalmente é como estar no céu e muito melhor do que eu poderia imaginar. Seus lábios são macios, doces, convidativos e viciantes. Tenho certeza absoluta que nunca provei um beijo tão gostoso assim que conseguiu mexer com todos os meus sentidos ao mesmo tempo e me deixar de coração disparado.

Não costumo fazer isso, mas Any é diferente então meio que peço permissão à ela, antes de invadir seus lábios com a minha língua. E quando ela deixa, nossa! O gosto dela explode na minha língua, me fazendo gemer e mini Poncho se contrai todo.

Não resisto e mordo o lábio inferior dela, desço uma mão sobre sua cintura e cubro o corpo dela com metade do meu. O beijo ganha mais movimento, Anahí explora minha boca com a sua língua também. Timidamente seus dedos sobem pelo meu pescoço, até chegar aos meus cabelos. Fico surpreso quando ela agarra os fios e traz minha boca de encontro à dela. É possível um homem gozar só com um beijo? Porque mini Poncho está pulando de alegria achando que vai sair pra brincar e meu corpo todo está pegando fogo. Nunca um beijo provocou isso em mim. Normalmente eu precisaria de todo um estímulo visual pra chegar a esse ponto.

Resistindo a vontade de literalmente devorá-la, me afasto um pouco. Anos de prática me ensinaram que nunca se deve ir com sede demais ao pote e depois de dias querendo beijá-la, definitivamente eu tenho que ir com calma.

Quando seus olhos se abrem, parecem mais escuros e sei que ela gostou tanto quanto eu.

- Nossa! - ela pisca, tentando voltar ao seu estado normal. Ótimo, porque estou igualzinho à ela. - Isso foi...

- Demais! - completo ofegante e a beijo de novo.

Anahí não me rejeita, pelo contrário, envolve os braços em torno do meu pescoço e me puxa pra perto. Meu peito pressiona o dela e acho que ela pode sentir o quanto estou excitado. Só eu sei a força que estou fazendo pra não passar dos limites. Agora que finalmente provei sua boca, só estou com mais vontade ainda de provar todo o resto. Tenho que reunir toda minha força de vontade e concentração pra não descer a boca até seu pescoço e sugar aquele pele macia. Mordo o lábio inferior dela, passando a língua por aqueles lábios quentes e macios e é uma vitória quando ela solta um gemido satisfeito.

Quando nos afastamos, Any me empurra pelos ombros e se senta. Fico sentado ao seu lado, a encarando com medo do que vai acontecer agora. A última coisa que eu quero é que ela se levante e saia correndo ou me diga que isso foi um erro e nunca mais devo chegar perto dela.

- Oh meu Deus, eu beijei Poncho Herrera! - ela diz contrariando todas as minhas expectativas. - E duas vezes ainda por cima! - me olha de olhos arregalados e me sinto uma estrela de Hollywood.

- De nada? - sorrio, dando de ombros e me controlando pra não rir.

- Você é muito convencido né? - ela pega fiapos da grama e joga em mim.

- É você quem ta fazendo disso um grande acontecimento. - sorrio, mesmo que no fundo também ache um grande acontecimento. - Somos só duas pessoas que se sentem atraídas e se beijaram.

- Você não é qualquer pessoa, ao contrário das outras garotas, nunca passou pela minha cabeça te beijar.

- As pessoas mudam de ideia. - sorrio. - Somos eternas metamorfoses.

- Me responde uma coisa com sinceridade? Se você falar a verdade, juro que vou perdoar você.

- Que verdade? - não a entendo.

De Repente Amor ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora