Capítulo 41

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Alfonso

Anahí e eu passamos a tarde toda atolados com as coisas da faculdade e desconto nos estudos, a frustração com meu pai e seu convite irrecusável.

Quando dá seis da tarde, minha pressa é tanta que fico esperando Anahí aparecer na esquina de casa pra irmos juntos pro bar. E quando ela finalmente desponta na esquina e sorri ao me ver, parece que todos os meus problemas desapareceram, ou fui eu que me esqueci completamente deles?

Nos encontramos no meio do caminho, não resisto e acabo abraçando minha namorada com força, levantando-a do chão. Quando a solto Anahí me olha confusa e então a beijo, antes que ela pergunte algo.

É um alívio quando ela suspira e apoia as mãos nos meus braços. Não sei por que eu estou assim, talvez porque sei que meu pai vai estragar alguma coisa amanhã ou pelo menos tentar arduamente.

Quando a gente se separa, sinto o cheiro dela pra todos os lados e não tem nada melhor que isso.

- Ok. Agora você vai me dizer o que aconteceu? - Any sorri ao perguntar.

- Tenho que te contar uma coisa, mas você tem que prometer que vai reagir bem. - começo.

- Ai meu Deus o que você fez?

- Eu nada, quem fez foi meu pai. - sorrio. - Ele quer te conhecer e nos convocou pra um almoço amanhã lá na minha casa. Ele não nos deixou escolha a não ser aceitar. - dou de ombros.

Anahí fica séria e morde o lábio inferior, começa a olhar pros lados, evitando me encarar. Essa sensação de não saber o que ela está pensando é horrível.

- Almoço? Por quê? - ela finalmente me encara e vejo que está confusa.

- Não sei, ele veio com essa hoje, depois do treino.

- Então vou almoçar na sua casa amanhã? Na casa de Richard Herrera, o mito do hóquei, seu pai e treinador?

- Uhum!

- Você já levou alguém pra sua casa antes?

- Tirando os caras do time? - faço uma careta.

- Ok, eu estou calma. - ela respira fundo e solta o ar devagar.

- Que bom, porque eu to estranhando esse almoço.

- Você acabou de estragar tudo. - Any me fuzila. - Por sua culpa, agora estou entrando em pânico.

- Amor, é só o meu pai. Ele não vai almoçar nós dois amanhã. - tento descontrair o clima.

- Não é só o seu pai, é Richard Herrera e você é o filho prodígio dele. Na certa ele quer me conhecer pra me investigar e ter certeza de que não quero me aproveitar de você.

- Pode se aproveitar do meu corpo, mini Poncho e eu não nos importamos. - sorrio com malícia.

- Eu to falando sério. - ela me dá um murro no braço.

- E eu só to tentando fazer a gente relaxar. Meu pai deve estar curioso, porque é a primeira vez que namoro sério uma garota. A gente só tem que ir e ficar de boa. - respondo tentando tranquilizar nós dois.

- Tudo bem, agora a gente pode ir pra OTD? Sério, preciso ocupar minha cabeça e tentar esquecer que vou almoçar na sua casa amanhã.

- Amor relaxa, você conquistou a dona Olívia em minutos, vai acontecer o mesmo com meu pai.

- Acontece que sua mãe é como uma gatinha inofensiva e seu pai é um dragão que solta fogos pelas ventas.

- Dragão? Essa é boa. - dou risada. - Ele vai adorar saber disso. Vem, vamos nessa. - a abraço.

De Repente Amor ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora