De Repente Amor ✔

Capítulo 08

Alfonso

Como era sexta à noite, o expediente na OTD, foi até as duas horas da manhã. Eu estava praticamente acabado e fiquei me perguntando porque o pessoal do time não tinha vindo, provavelmente por conta de algum treino de última hora. Íamos jogar contra o Bruins semana que vem e fico me perguntando, quem está de capitão no meu lugar.

A risada de Maite e Anahí chama minha atenção e me aproximo pra saber o que está acontecendo. Quando eu vejo, as duas estão ouvindo Elastic Heart da Sia. Meus olhos se perdem nos quadris de Anahí quando ela começar a rebolar e imitar os passos de Maite. Quando elas abaixam e tocam as mãos no chão, sinto uma fisgada lá embaixo. É uma péssima ideia ficar aqui olhando pra ela, sendo que tem dias que não transo com ninguém, será que as meninas vão acordar se Alfonsina bater uma?

- Admirando o show?

Dou um pulo e vejo minha chefe se aproximar.

- Isso é o que eu chamo de desperdício de talento. - Teresa para ao meu lado.

- O que? - olho confuso pra ela.

- A Anahí! - ela aponta onde Any e Mai estão dançando, na verdade seria melhor dizer, inventando passinhos. - Você sabia que antes de escolher Literatura, ela queria fazer artes cênicas e ser atriz de musicais ou produtora de cinema? - Teresa sorri.

- É sério? Não sabia disso. - já percebi que Anahí canta bem e que é encantadora em qualquer coisa que queira fazer, mas nunca poderia desconfiar que ela queria ser atriz. - E porque ela não fez faculdade disso?

- Tínhamos um karaokê aqui e Any simplesmente travou uma vez quando pedimos pra ela subir e cantar uma música. Aconteceu alguma coisa com ela no colegial e ela pegou trauma de palco, foi isso que fez ela desistir do teatro e partir pra literatura. É uma pena. - Teresa dá de ombros.

- É uma pena mesmo. - suspiro, admirando-a.

- Maite já a convidou inúmeras vezes pra entrar no teatro da faculdade, Any sempre se recusa. É uma pena, porque as duas juntas iriam arrebentar em qualquer apresentação que fizessem.

- Com certeza iriam. - aceno, sem dúvida alguma.

- Você gosta dela né? - Teresa me olha com malícia.

- O que?

- Da Anahí, dá pra ver que você gosta dela. - sorri. - Juntos, vocês formam um belo par, sabia?

- Não, a gente é só amigo. - desdenho com um gesto de mão.

- Amigos não se olham como você olha pra ela. - Teresa pisca pra mim. - Você ta dispensado por hoje, pode ir pra casa se quiser, eu e Javier vamos levar as meninas pra casa.

- Ta! - aceno e quando Teresa sai, me aproximo das duas que estão conversando. - Meninas, boa noite pra você, eu vou nessa.

- Boa noite, Poncho. - Maite sorri.

- Até amanhã. - Anahí acena.

- Até. - forço um sorriso e sem querer deixar Anahí ali, dou as costas e vou embora.

Anahí e eu somos amigos e gosto da companhia dela, Teresa não pode estar com razão.

Anahí

Acordo no sábado de manhã e assim que abro a porta do quarto, percebo que tem algum jogo passando na tv, chego na sala e percebo que Alfonsina está assistindo um jogo de hóquei.