Capítulo 17

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Alfonso

Na manhã seguinte quando me levanto preciso caprichar na maquiagem para esconder o hematoma na boca e o corte na sobrancelha. Tiro o curativo que Anahí fez e na mesma hora sorrio, lembrando de como ela se assustou e se preocupou comigo. Como ela pode ter tantas qualidades diferentes e porque demorei tanto para notá-la?

Agradeço as dicas de maquiagem que Christian me deu. Quem diria que um dia eu usaria pó, corretivo e faria truques para disfarçar o nariz, afinar o rosto, aumentar os lábios. Pequenos detalhes que faziam toda a diferença, era por essas e outras que Alfonsina e Poncho se transformavam em duas pessoas diferentes.

Saio do quarto e escuto as meninas rindo e conversando, aproveito que estão todas distraídas e vou até o quarto de Anahí. Olho a porta e quando escuto a voz dela misturada a das meninas, abro os cadernos dela.

Como eu já imaginava na contra capa de um deles, Anahí fez uma tabela no computador com todos seus horários e as salas onde vai estar. Pego meu celular, tiro uma foto da tabela e fecho o caderno.

Quando saio do quarto e chego na sala, Anahí sai da cozinha e sorri pra mim. Ela não faz ideia, mas cada vez que sorri pra mim, meu coração erra uma batida e dispara.

- Bom dia Alfonsina!

- Bom dia Any! - sorrio.

As meninas saem da cozinha me dando bom dia.

- Angelique você ta melhor? - pergunto e vejo que hoje ela está usando calça jeans, ankle boot preto, blusa rosa, jaqueta preta e um cachecol vermelho. Não estava usando saia, meia-calça e blusa decotada.

Ela se vira, seu material amontoado na mesa e sorri pra mim, não sinto nada de diferente.

- Sim, obrigada por perguntar. Até mais tarde. - ela sorri e abre a porta.

- De nada!

- Tchau Alfonsina, até mais tarde. - Dulce se despede e sai.

- Até mais moça. - Marjorie diz e também vai embora.

Any fecha a porta do quarto e xinga quando a bolsa enrosca na porta e ela acaba derrubando os livros. Não resisto e acabo rindo.

- Ai, eu sei que eu sou um desastre. - ela faz uma careta.

Vou até ela e a ajudo a recolher os livros. Quando nossas mãos se tocam, sinto vontade de puxá-la pra mim e beijá-la. Meu coração dá aquela disparada, quando ela sorri e se levanta.

- Obrigada Fonfon!

- De nada AnAn! - provoco.

- AnAn? Sério? Você abreviou meu apelido? - ela ri.

- Só pra poder combinar com o meu. Ou prefere que eu te chame de Nyny ou Nana?

- Acho que Any está ótimo. Eu preciso ir agora, até mais tarde. - ela sorri e sai às pressas.

- Até daqui a pouco. - sorrio, falando comigo mesmo quando ela sai e bate à porta.

Vou até o quarto, me troco e desfaço toda aquela maquiagem.




Anahí

Quando chego na sala de aula, Dylan acena pra mim. Forço um sorriso e me sento ao lado dele.

- Any, posso te perguntar uma coisa?

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