Capítulo 33

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Capítulo de hoje dedicado à aniversariante do dia. scarleth18thays que Deus te abençoe, te ilumine, te guarde e que todos os seus sonhos e metas se realizem. 🙏🙏 Obrigada por todos esses anos de amizade, por todas as histórias que eu escrevi e você acompanhou. 😊😊😊
Acho que de todas as minhas leitoras você é a mais antiga de todas. Obrigada pelo carinho e parabéns pelo seu dia! 👏🎶🎶🎉🎉🎁🎁🎂🎂😘






Anahí

Ao sairmos da república, tento convencer Poncho a ir pra minha casa que está mais perto, mas ele prefere ir pra casa dele.

Fazemos o caminho a pé, em silêncio. Christian e eu nos encaramos em alguns momentos. Poncho mantém sua mão segurando a minha com firmeza, então sou obrigada a quase correr pra alcançar suas passadas longas. Não foi à toa que ele chegou na república bem antes de mim e Chris. Teve tempo suficiente pra fazer um estrago. Ainda estou em choque pelo jeito que encontrei a sala e o corredor que levava a cozinha, eles foram quebrando tudo e se socando pelo caminho.

Poncho solta minha mão, arranca a camisa e a usa pra limpar o sangue que está escorrendo da sua boca e do nariz. Meus olhos se arregalaram ao ver suas costas cheias de hematomas. Um vergão enorme e vermelho vivo atravessa em diagonal o centro das suas costas. Provavelmente está doendo pra caramba e com certeza vai ficar roxo.

- Traidor desgraçado! - ele xinga e chuta uma lata de lixo que está no seu caminho.

Chris corre para colocá-la de volta em pé e Poncho agarra minha mão de novo. Fico aliviada quando avisto a casa deles, mais um pouco e minhas pernas não iam aguentar esse ritmo. Preciso voltar a me exercitar.

Poncho quase chuta a porta ao entrar, ainda bem que ela está destrancada. Ele solta minha mão, atravessa o corredor e vai pra sala.

- Você tem kits de primeiro socorros? - encaro Christian, preocupada.

- Vou pegar! - ele acena com a cabeça e vai na direção dos quartos.

Vou até a sala e encontro Poncho andando de um lado pro outro, os punhos cerrados.

- Por favor não quebra mais nada. - faço uma careta.

Ele dá uma risada e balança a cabeça. Talvez seja uma péssima coisa a dizer, mas não sei o que falar pra ele. Nunca desconfiei de Dylan, assim como Poncho nunca desconfiou do Ucker.

- Só me dá um minuto! - ele olha pro teto, fecha os olhos e respira fundo pela boca.

- Me desculpa ter te contado isso, Poncho.

- A culpa não é sua, Any. - ele me olha e parece estar se acalmando. - Eu só não esperava que o traidor fosse justamente o cara que eu sempre achei que fosse meu melhor amigo. O idiota aqui acreditou que quando a verdade aparecesse, poderíamos voltar a ser amigos. Eu desconfiava de todo mundo, menos dele. Como eu posso ter sido tão cego?

- Você não sabia. Assim como eu não sabia que o Dylan ia fazer uma coisa dessas. Confiamos nas pessoas erradas. - dou de ombros.

Poncho leva a camisa de encontro ao rosto, pressionando no nariz. Quando me encara, parece arrependido.

- Me desculpe, não queria que você me visse assim.

- Tudo bem, você ficou fora de si quando soube de tudo, eu te entendo. - forço um sorriso e encaro seu peito e o abdômen, também cheios de hematomas.

De Repente Amor ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora