Epílogo

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Anos Depois...


Anahí

Meu marido se aproximou de mim com um sorriso nos lábios e cochichou no meu ouvido.

- Ela acabou de chegar!

- Onde está? - sorri com os olhos brilhando.

Poncho segurou minha mão e descemos as escadas do colégio, na contramão dos alunos de 11 anos que haviam acabado de chegar e eram a euforia pura. Pensar que pelos próximos anos seriam nossos alunos me deixava eufórica junto eles.

Vi Marie subir as escadas, conversando com um garotinho, ainda não tinha visto a gente. Ela só tinha 11 anos e já era uma moça, de longos cabelos ruivos que eu sabia que arremataria muitos corações, acredito até que tinha acabado de arrematar o primeiro.

Assim que ela ergueu o rosto e me viu, seu rosto se iluminou e o meu também.

- Marie!

- Tia Any! - ela subiu a escada correndo e me abraçou.

Marie havia se apegado tanto aos bruxos que a criaram depois da morte de seus pais, que achei melhor deixar que eles ficassem com ela, quando atinge os 21 anos.

Nos feriados ela visitava a casa onde eu e Poncho morávamos e dormia lá e agora como aluna passaria ainda mais tempo com a gente. Eu não poderia estar mais feliz por isso.

- Como você está linda. - sorri a encarando.

- Você também tia Any e você também tio Poncho. - ela sorriu pra ele e o abraçou.

- Oi sou Pierre, amigo da Marie. - o garotinho que acompanhava Marie se aproximou.

- Esses sãos os meus tios que eu te falei. - Marie sorriu quando Poncho a colocou no chão. - Também vão ser nossos professores. - avisou empolgada.

- E pra onde a gente vai agora.

- É só subirem as escadas e esperarem na fila. - Poncho respondeu.

- Vão indo já encontro vocês lá. - sorri pros dois.

Eles passaram pela gente e sumiram de vista, quando encarei meu marido ele me olhou de volta e estreitou as sobrancelhas.

- Por que você ta com essa cara?

- Tenho que te contar uma coisa. - sorri.

- Que coisa? - Poncho me olhou ainda mais desconfiado.

- Não é nada demais, é só pra te avisar que daqui 11 anos essa cena vai se repetir de novo, mas ao invés de ouvirmos tio e tia Any, vamos ouvir.... Papai e mamãe. - sorri e repousei as mãos sobre minha barriga.

- Any! - Poncho piscou e ficou me encarando e encarando minha barriga. - Você ta grávida?

- Uhum! - assenti, sentindo um nó se formar na minha garganta.

- Eu vou ser pai, amor?

- Vai! - assenti, começando a chorar. - Daqui oito meses, vamos conhecer a carinha dele ou dela.

Alfonso sorriu e seus olhos marejaram sem acreditar no que ele estava ouvindo. Seus braços envolveram minha cintura e ele rodou comigo gritando que ia ser pai.

- Assim a escola inteira vai te ouvir. - sorri quando ele me colocou no chão.

- Não me importo, eu vou ser pai amor, você não faz ideia de como ta me fazendo feliz, como eu amo você.

- Eu também te amo. Muito. Muito, muito! - sorri.

Poncho segurou meu rosto entre as mãos e me beijou. Ouvi uma salva de palmas e quando olhei pra cima todos os alunos, inclusive minha sobrinha estavam aplaudindo a gente.

- Você é o amor da minha vida. Vocês dois. - ele sorriu, acariciando minha barriga.

- E vocês são o amor da minha. - sorri e o beijei.

Alfonso me abraçou com força, tirando meus pés do chão. Eu estava tão feliz que achei que fosse capaz de sair flutuando. Todas as certezas que eu tinha se resumiam a esse homem, que um dia foi um garoto, meu melhor amigo e depois se transformou no amor da minha vida.



FIM!

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