Capítulo 31

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Quando acordei já estava amanhecendo. Chacoalhei Thony e quando ele abriu os olhos e sorriu pra mim, eu disse.

- Precisamos ir!

Thony sentou na cama e com a minha varinha, levei apenas alguns segundos para fazer as malas dele.

- Caramba!

- Minhas malas estão atrás da sua casa, vamos.

Sai na frente ajudando Thony com as malas. Parei na porta do quarto de seus pais e apontei a varinha pra eles.

- O que vai fazer? - Thony perguntou, segurando meu braço.

- É apenas um feitiço simples pra eles acreditarem que você está viajando e vai passar um tempo fora. Se eu não fizer o feitiço Thony podem chamar a polícia pra atrás da gente. - respondi.

- Tudo bem, pode fazer então. - ele sorriu e me deu um beijo.

Apontei a varinha pra ele e murmurei as palavras em latim. Thony ficou mais tranquilo, ao ver que seus pais continuaram dormindo. Descemos até a garagem e pegamos espeto, em seguida partimos.

Tomamos um ônibus até o aeroporto da cidade, assim que descemos puxei Thony até o banheiro.

- O que você está fazendo?

- A gente precisa se disfarçar. - abri minha mala e tirei dali roupas e perucas. - Fiz identidades falsas pra gente, com nomes falsos e comprei passagem de avião. Acredita que nunca andei de avião?

- Não? - Thony me olha espantado.

- Não, só de trem e carro. Nós bruxos também podemos usar portais para se deslocar de um lugar para outro, mas só podemos fazer isso, quando completamos 21 anos. - respondi.

Thony me encara surpreso e começa a se vestir. Quando saímos do banheiro, estou usando salto altos, uma peruca e maquiagem pra ficar com a aparência de 25 anos. Thony está de óculos, barba e terno e também aparenta ser mais velho.

Fazemos o check-in e embarcamos no avião, rumo a Paris, uma cidade que eu e Thony sempre quisemos conhecer. Minhas mãos começam a suar frio e Thony me encara.

- Nervosa?

- Muito e você? - sorri.

- Também, mas vai dar tudo certo amor. Quando chegarmos em Paris, eu vou me casar com você e vamos viver juntos pra sempre.

- Sim! - aceno com a cabeça, meus olhos brilhando.

O avião toma impulso pra decolar e agarro a mão de Thony. Ele sorri, entrelaça seus dedos nos meus e me beija. Já voei de vassoura e me desloquei de um ponto a outro, mas andar de avião, algo construído por humanos me dá um estranho frio na barriga.

Quando o avião está prestes a decolar, ele dá um solavanco e para.

- O que ta acontecendo? - ouço as pessoas perguntar.

A aeromoça se levanta para ver o que houve e quando volta está com uma expressão preocupada.

- Há pessoa lá fora empunhando.... Varinhas!

"LIH EVAN, SEI QUE ESTÁ AI DENTRO. SENÃO SAIR POR MIM, SAÍRA A FORÇA", meu nome sai dos auto falantes do avião.

- É minha mãe Thony, ela rastreou a gente até aqui.

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