Decidida a dar um basta naquilo, Bruna saiu do quarto e encontrou Neymar e Fabíola sentados na sala conversando. Estavam bem próximos um do outro, rindo e ela o tocava no peito. Bruna respirou fundo e contou até dez mentalmente. Aquilo tinha de acabar e aquela perua sair dali o quanto antes.Bruna: Diga-me Neymar, não era você que queria privacidade? – ergueu o queixo o encarando.
Neymar: Eu não vou discutir contigo sobre isso Bru! – cerrou as mãos em punho.
Bruna o estava tirando do sério. Ela era teimosa, ele seria mais. Não decidiria nada por ele, não havia nada de mais que Fabíola passasse uns dias no apartamento até que a mesma se instalasse na cidade. Bruna estava com ciúmes, logo isso passaria. E ele sabia muito bem como domar a fera: na cama dando-lhe muito prazer.
Bruna: Pois decida, ou ela, ou eu. – cruzou os braços.
Estava com muita raiva. Segurava as lágrimas. Não permitiria que aquela mulher ficasse ali no apartamento deles. Estava com ciúmes devido a intimidade dos dois, mas quando Bruna pediu para Felipe ficar ali por uns dias, Neymar havia deixado bem claro que queria privacidade com ela, e agora ele estava fazendo o contrario.
Neymar: Quem decide quem entra ou não sou eu! Afinal, o apartamento é meu! – gritou.
Bruna: Ok, pois fique com o seu apartamento Neymar! Seja muito feliz com ele! – disparou mais irritada, segurando as lágrimas.
Pegou a bolsa e saiu dali ignorando Neymar a chamar. Ele que ficasse com a prima. Chamou o elevador e a porta se fechou antes de Neymar chegar perto. Assim que chegou ao térreo, caminhou a passos largos até o carro. Destravou-o, entrou e bateu a porta, trancando o carro novamente. Escorou a testa no volante e deixou as lágrimas caírem.
Seu coração doía muito, sentia-se apunhalada, traída. Neymar havia a machucado muito. Podia parecer algo banal, ridículo pelos olhos dos outros. Mas Bruna sentia que ali tinha muita coisa por trás dessa vinda repentina da prima. Ela poderia ter ido procurar João e não Neymar. Era nítido no olhar malicioso e sorriso nos lábios da loira oxigenada que as intenções dela eram outras.