Cansada de ficar em casa, Bruna pegou o carro e foi dar uma volta na cidade vizinha que ficava a alguns minutos da casa de campo dos pais. Precisava de algumas roupas e coisas para si, aproveitou então o dia livre para se distrair um pouco com compras. Quando voltou, ao chegar próximo a casa dos pais, viu um carro conhecido estacionado ali. Freou bruscamente e olhou estática para aquele carro preto em frente a casa. Seu coração apertou e acelerou. Ele estava ali, mas ela não queria vê-lo. Rapidamente as lágrimas surgiram em seus olhos.Sem pensar muito ela deu meia volta. Não voltaria enquanto ele estivesse ali. Como ele descobrira? Será que a mãe havia contado? Rodou por horas e quando se deu conta, estava na estrada que ia em direção ao litoral. Sorriu ao lembrar-se de uma casa.
Seu novo destino seria a casa em Cancun. Fazia mais de 12 anos que não aparecia por lá. Se fosse rápida chegaria no outro dia próximo do meio dia. Agora precisava de um hotel e tentar dormir. O celular fora desligado logo após receber a primeira ligação da mãe, a qual ela ignorou. Depois apenas mandou a mensagem "Ficarei bem, não se preocupe". No quarto do hotel ligou-o e tinha inúmeras ligações e mensagens da mãe, pai, Neymar, Luana e João. Não leria nenhuma delas, estava irritada com todos. O celular voltou a tocar em suas mãos, era Neymar. Sentiu tanta raiva que o aparelho espatifou ao bater contra a parede. Agora ninguém a perturbaria mais.
Antes de amanhecer, Bruna já estava na estrada rumo ao litoral. Por volta do meio dia estacionou em frente a casa. Desceu do carro e tocou a campainha. Elizabeth, ou Liz, como era carinhosamente chamada assustou-se ao ver a morena parada em frente ao portão. Aproximou-se esfregando os olhos, acreditava estar vendo uma miragem. Não podia ser aquela menina que após a morte do avô recusou-se a voltar naquela casa.