Quase quatro horas de viagem depois estacionou em frente a grande casa branca. O modelo era de uma casa antiga, com um jardim enorme em frente. Muitas árvores e flores enfeitavam o jardim. Bruna lembrou-se da infância que passou ali, quando era feliz e corria por aquele jardim ao lado da irmã.Recordou-se do avô que viveu ali por longos anos. Era ele quem vinha visitar nos fins de semana com os pais e a irmã. Depois que ela e Luana foram para a faculdade, os pais optaram por vir morar na casa de campo.
O dia estava amanhecendo e ela nem dormira. Respirou fundo e desceu do carro. Caminhou em direção a porta e a mesma se abriu. Ao ver Nana, sua antiga babá, correu abraçando-a forte. A senhora assustou-se ao ver Bruna ali, tão frágil e chorando em seus braços.
Os pais tiveram a mesma reação de Nana. Depois de contar-lhes o ocorrido, Telmo teve de controlar-se para não ir até a cidade e bater em Neymar. Protegera tanto sua menina para que não sofresse e agora ele havia a machucado tanto. Doía tanto nele como em Neide ver Bruna sofrendo.
Bruna: Por favor, se alguém ligar e perguntar sobre mim não digam que estou aqui! – implorou, olhando de um para o outro.
Apesar de achar errado esconder de Luana sobre o paradeiro de Bruna, Neide concordou. Tinha certeza de que Luana ficaria muito preocupada com a irmã. Sempre cuidava dela para que não acontecesse nada. Se conhecesse bem a filha, ela moveria terras e céus em busca de Bruna.
Neide: Agora você vai subir e descansar. Depois resolvemos o que fazer, certo? – sorriu e Bruna assentiu.
Recebeu um abraço carinhoso do pai e um beijo na testa. Neide e Nana foram com ela no quarto, onde Bruna dormiu até quase o fim da tarde.