Capitulo 20

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Acordei e senti um par de braços me abraçando, sorri, Simon não deve ter conseguido acordar e ficou até amanhecer, mas até que não tinha problema, minha madrinha não estava aqui.
Me virei pra ele e beijei sua testa, ele nem se mexeu, dei um selinho nele, e ele começou a fazer uma careta e logo sorriu:
- Hm que forma boa de acordar- falou com os olhos Ainda fechados, ri.
- Bom dia dorminhoco- ele abriu os olhos.
- Bom dia lua da minha vida- sorri com o jeito que me chamou.
- Parece que alguém estava cansado demais para acordar e ir embora- falei.
- Você me cansou ontem- eu ri e dei um tapa de leve nele.
- Você é um pervertido- falei fingindo estar brava mas logo ri.
- Você gosta- rolei os olhos e ele me puxou me abraçando, acabei por ficar em cima dele:
- Ambar já está na hora de acor... O QUE SIGNIFICA ISSO?- virei assustada e vi minha madrinha em pé na porta com uma cara de raiva:
- Madrinha, eu, você não estava viajando?- perguntei sem graça saindo de cima dele, estava só com a camisa dele, sem nada por baixo, ela me olhou furiosa:
- Eu saio por uns dias e você se torna uma vadia?!- esbravejou e fiquei vermelha de raiva.
- Me desculpe senhora, a culpa foi minha, eu não devia ter dormido aqui- falou Simon.
- Calado moleque, quero você fora da minha casa e não volte nunca mais, e você Ambar, lá embaixo em 3 minutos- falou e saiu batendo a porta.
- Eu tô ferrada-falei me levantando e tirando a blusa dele, procurei meu robe e coloquei.
- Isso foi culpa minha, me desculpa- falou Simon triste.
- Não meu amor, não foi culpa sua- falei segurando seu rosto e beijando suavemente seus lábios.
- Se eu tivesse ido mais cedo- coloquei meu dedo em sua boca.
- Não tem nada com você, minha madrinha uma hora vai ter que aceitar nosso namoro ok- eu falei.
- Se já era difícil antes imagina agora depois do que ela viu- falou cabisbaixo.
- Olha, não me importa se ela aceite ou não, eu te amo- falei e ele sorriu fraco.
- Eu amo mais- nos beijamos e ele foi se vestir, depois descemos as escadas:
- Mais tarde te ligo- falei dando um selinho nele.
- Boa sorte lua da minha vida- falou e beijou minha testa, logo ele se foi e eu sussurrei o olhando ir:
- Meu Sol- suspirei e fui até minha madrinha, cheguei lá ela está de pé pensativa, quando me viu me olhou severa:
- Quando isso deixou de ser um plano?- me perguntou e dei de ombros:
- Foi sem querer, Simon me faz bem- falei.
- Achei que era mais inteligente, mas vejo que é uma menina burra, burra de achar que isso vai pra frente, e Ainda se entregar como uma qualquer- falou e senti meus olhos lacrimejarem.
- Eu o amo, e ele também me ama, e isso vai nos fazer da certo- falei- E o fato de transar com alguém não me faz uma vadia.
- Amor? Você é tão boba a ponto de acreditar em amor? Amor é uma fraqueza Ambar, quanto mais longe ficar dele melhor- falou.
- E você já amou alguma vez? - falei irônica.
- Já!- ela gritou e a olhei surpresa- E foi tão ruim que estou tentando te ajudar a não passar pelo mesmo- falou e fiquei calada- Se você terminar com ele, eu esqueço tudo isso e seguimos nosso planejamento para a universidade- falou e suspirei.
- Tudo bem, eu vou terminar com ele, mas prometa não fazer nada com ele- falei, claro que não terminaria, mas fingiria que sim.
- Se você fizer o que mando corretamente não verei motivos para fazer algo com ele- falou.
- Vou me vestir para ir fazer o que devo fazer- falei e ela sorriu.
- Bela escolha- concordei e subi para meu quarto, suspirei e fui me arrumar, depois de pronta desci.
- Ambar- falou a madrinha.
- Sim?
- Venha até aqui, tenho algo para você- a olhei duvidosa mas fui.
- Estou muito feliz em saber que estas se esforçando para a faculdade e que vai seguir com nosso plano- falou e sorri, não um sorriso sincero, mas eu sabia muito bem fingir.
- Também estou, sei que só quer o meu melhor- falei.
- Então achei que gostaria disso- falou abrindo uma caixinha onde tinha uma linda pulseira.
- É linda- falei suspirando.
- Era da minha avó, e como não tenho filhas, resolvi dá-la a você- a olhei surpresa.
- Muito obrigada madrinha, ela é linda- falei e a abracei ela sorriu e me entregou, a guardei no bolso pois era valiosa demais para usá-la agora.
Quando cheguei no Roller vi Simon e fui até ele:
- Como foi? Você está bem? Ela fez algo com você?- perguntou e eu ri.
- Tá tudo bem mas precisamos ir em um lugar mais reservado- falei e ele concordou confuso, fomos até os armários:
- Prometi a madrinha que terminaria com você, mas é claro que não vou fazer isso, só que de agora em diante temos que ser mais discretos- ele me olhou contrariado.
- Tem certeza que ela não vai descobrir? Não quero trazer problemas para você- falou.
- Prefere terminar?- perguntei fingindo estar irritada.
- Não, claro que não- falou e riu- Só tenho medo que ela te faça algo- falou e fez carinho em meu rosto, suspirei.
Mais tarde estava com as meninas até que entraram uns policiais, Pedro os atendeu e eles olharam na nossa direção enquanto conversavam, logo se aproximaram:
- Ambar Smith?- perguntou um.
- Sou eu- falei me levantando.
- Você está presa- falou e o olhei sem entender.
- O que? Como assim?- perguntei enquanto ele se aproximou de mim.
- Por furto- falou tirando a pulseira do bolso do meu casaco.
- O que? Não, isso foi um presente, era da avó da minha madrinha e...
- Isso mesmo- falou e tentou me algemar.
- Eu não vou presa!- gritei e todos se aproximaram.
- Ei, ei, o que está acontecendo- falou Simon chegando.
- Se a senhorita não quiser ser presa também por desacato é melhor ficar quietinha- falou e me puxou me algemando novamente.
- O que é isso?- Simon perguntou.
- Simon, liga pra minha madrinha, por favor, foi um mal entendido- falei enquanto eles me levavam e Simon quis ir atrás.
- Soltem ela- falou tentando se aproximar.
- Quer ir preso também?- perguntou o policial e Simon bufou tentando se acalmar.
- Vou falar com a senhora Sheron- falou Simon.
- Sheron Benson?- perguntou um dos policiais.
- Sim, minha madrinha- respondi.
- Sheron Benson foi quem fez a denúncia- o olhei chocada e sem entender, como ela pode?

Catch Me If You CanOnde histórias criam vida. Descubra agora