J de Jooheon

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Minhyuk

Dois dias haviam se passado e eu não tinha recebido nenhuma mensagem de J, eu não sabia se isso era bom ou não, para falar a verdade eu estava ansioso, queria saber quem ele era e porque ele havia parado com as mensagens. Será que ele havia desistido de mim?

— Aish!

—O que foi?— Mingyu me perguntou ao me ouvir de onde eu estava no caixa.

— Pode parecer meio esquisito, mas se alguém estivesse te mandando mensagens, mas você não conhece o número ... mas queria saber quem é a pessoa, o que faria?

—Liga para o número oras. Para que enrolar? Talvez ouvindo a voz você reconheça. Achei que fosse mais esperto chefe —A resposta veio de Jihoon que passou pela gente para entrar na cozinha. Tentei ignorar sua ultima frase e suspirei olhando para a vitrine de doces. 

— Ei, posso dar uma saída? Eu preciso resolver uma parada, volto em uma hora no máximo — Jooheon perguntou aparecendo na minha frente, as mãos indo pra o avental que estava preso na cintura e eu o encarei por uns instantes antes de acenar com a cabeça, e ele sorriu exibindo a covinha de sua bochecha. Soltou o avental e me entregou, ajeitou os óculos que usava naquele dia e agradeceu antes de sair do café. 

—  Para onde ele vai? — Mingyu perguntou e eu dei de ombros, normalmente eu sou curioso e pergunto as pessoas, mas hoje eu não estava no clima.

—  Menor ideia. Ei, estão te chamando ali, vá atender — Falei e Mingyu prontamente foi até a mesa com um sorriso no rosto querendo ser simpático com o cliente. 

O dia estava calmo. O céu estava bonito do lado de fora. Tudo parecia normal. 

Mas só parecia

O sino na porta anunciou a entrada de alguém e meus olhos foram para a porta esperando que fosse algum cliente, eu estava prestes a fazer a recepção anunciando o nome do café quando percebi que ele não era um cliente e sim um entregador que carregava um enorme buquê de flores. 

— Lee Minhyuk? — O entregador perguntou parado na minha frente e eu confirmei — Assina aqui — Ele pediu erguendo uma prancheta que eu rapidamente assinei — As flores são de alguém que se importa muito com você. Tenha um bom dia — Ele falou dando um sorriso amável e eu peguei as flores, ainda surpreso com a entrega. O entregador foi embora e logo Mingyu estava do meu lado. 

— Quem mandou? Hyungwon?

— Por que ele mandaria? — Eu perguntei confuso já que não haviam razões para ser ele, ele não gosta de mim e tenho certeza que não faz o estilo dele dar flores por ai. Apesar de ter quase certeza de que era o J, seria um bom presente já que ele desapareceu esses dias.  

  — No outro dia eu o ouvi discutindo algo com Jooheon, mas isso não importa... — Ele falou abaixando a cabeça e cutucando as flores, as empurrando para o lado e então sorriu — Achei! — Ele tirou um cartão rosa de entre as flores e me estendeu. — Vou pegar um vaso, vai ser uma bela decoração essas flores, seja lá quem for, tem bom gosto, essa pessoa deve ter gastado um bom tempo pesquisando o significado das flores para não ser tão clichê e comprar flores vermelhas... — Mingyu falou e saiu de vista com as flores. Olhei para as minhas mãos e examinei o cartão antes de finalmente o abrir. 

"Não consigo para de pensar em você e em seu sorriso, o tempo que passo longe de você parece uma tortura, mas vale a pena se assim fizer você pensar em mim pelo menos um pouquinho. J"

Um enorme sorriso se formou em meus lábios ao ver as palavras. Ele estava conseguindo ganhar meu coração, seja lá quem fosse. 

Mingyu voltou carregando as delicadas flores já num pequeno jarro e as ajeitou encima do balcão próximo a máquina registradora.

— Mingyu, qual o significado das flores? — Perguntei curioso. Eu sabia que um dos amigos dele tinha uma loja de flores, então provavelmente ele sabia algo pela forma como ele falou antes.

 Eu sabia que um dos amigos dele tinha uma loja de flores, então provavelmente ele sabia algo pela forma como ele falou antes

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— Ah, bem... A gardênia é amor secreto. Se for a mesma pessoa que você mencionou antes sobre o telefone, então... — Ele deu de ombros indicando com o dedo uma das flores brancas. — Cravo branco é amor puro e inocente. Essas pequenas azuis são miosótis que representam um amor sincero, fidelidade e memórias. Essas maiores são flores anêmonas, persistência e perseverança, acho que essa representaria a pessoa que te enviou, como se quisesse te dizer que vai persistir para ter o seu amor. Já essas coloridas são chamadas de gerbera que são alegria, energia e amor nobre, que eu acho que ela está representando você já que estão no meio, então você estaria rodeado do amor dessa pessoa.

Sorri mais uma vez e encarei de novo o bilhete. Eu vou descobrir quem é essa pessoa!

—Jihoon dê uma olhada no caixa! — Chamei na porta da cozinha e fui até a sala dos funcionários. Normalmente eu largo as minhas coisas no pequeno escritório que tem no café, onde eu faço as contas dos ganhos do dia e guardo a papelada do inventários, mas hoje eu havia deixado a minha mochila aqui com os outros, e como eu havia deixado meu celular na mochila eu tinha que pegá-lo. 

Procurei meu celular nos bolsos e quando o achei procurei pelo numero das mensagens. 

Achei! 

Ligar? Claro! 

Coloquei o aparelho no ouvido sentindo meu coração batendo mais rápido de ansiedade. Será que ele vai atender, ou não?

Comecei a andar de um lado para o outro e quando tocou o primeiro toque dei um pulo. Comecei a ouvir o som de algo vibrando por ali e resolvi procurar o que era. Um dos garotos devia ter largado o celular aqui e estariam ligando para eles, e o certo a se fazer era entregar o aparelho, vai que é urgente. Fui até a estante onde eles largavam suas coisas e ainda ouvindo os toques no meu telefone descobri que se tratava do telefone dentro da mochila do Jooheon. Por que ele sairia sem o celular? Abri a mochila depois de apoiar meu celular entre o ombro e o ouvido e encontrei um aparelho diferente do que eu o via usando. Para que ter dois telefones? É só comprar um de dois chips...

Por curiosidade olhei para a tela e me surpreendi. Arregalei os olhos e deixei a mochila cair no chão. Afastei o celular do ouvido e desliguei a chamada. No mesmo segundo o telefone de Jooheon apagou a tela e o led de notificação ficou piscando, anunciando uma chamada perdida. 

— Não pode ser... — Falei e larguei meu celular na estante, encarando aquele aparelho de celular. Desbloqueei o mesmo, ele não tinha qualquer senha de segurança, e logo tive acesso. Não haviam ligações a não ser a minha, nos contatos só o meu número, nas mensagens todas aquelas que J havia me mandado. — Jooheon é o J...



C O N T I N U A...

C O N T I N U A

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