XXXIV

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Victória

Rádiuzz havia desmaiado e caído ao chão, por algum motivo. Os ferimentos sangravam e Phobos, antes de morrer, o mordeu, então uma marca negra se fez em seu antebraço. Algo parecido com um círculo de cinco centímetros de diâmetro, em seu interior havia muitos espinhos apontando para um círculo menor.

Após aquilo Rádiuzz ficou frio, ele não estava se curando. Eydan vedou a cidade e Seymon ajudou com a iluminação. Então um dos olíceros salvos por Rádiuzz e Kiff se aproximou. Era uma menina, cabelo castanho, olhos magenta e pele clara.

Eu estava agachada ao lado de Rádiuzz, tentando acordá-lo.

— Posso ajudar? — questionou a garota, ela era muito meiga.

— Claro!

— Meu nome é Hílary. — a olícero se abaixou ao meu lado examinando Rádiuzz, ela apenas tocou na mão dele e pareceu sentir todos os seus problemas de uma única vez. — Seu amigo está muito ferido.

Hílary aproximou as mãos sobre o corpo de Rádiuzz e fechou os olhos sentindo algo.

— Ele está envenenado e os órgãos foram prejudicados. — afirmou ela. — Vamos leva-lo para um lugar menos exposto.

— Que tal o castelo? — optei. — É melhor.

Agarrei Rádiuzz e o levei em meu colo para o castelo, Hílary me acompanhou.

— Filha de qual olimpiano? — perguntei. — Descendente de qual feiticeiro?

— Não sei quem é meu pai olimpiano, mas me lembro de ser filha da feiticeira Kassandra.

— Curandeira! — respondi surpresa. — Por favor, salve Rádiuzz.

— Será um prazer. — Hílary sorriu. — Ele salvou minha vida, salvarei a dele.

Então, carregando Rádiuzz em meu colo, avistei Kiff ao lado de uma mulher de aparentemente vinte e oito anos, com lisos cabelos pretos e vestido azulado, era Caterina, a irmã de Kiff e oráculo, caminhavam em direção ao castelo. Corremos até eles, Rádiuzz era um magrelo, mas ainda assim pesava.

— Nos ajudem, por favor! — supliquei. — Ele está envenenado.

Corremos até o castelo, passando pelos corredores, Caterina nos guiou até uma sala, lá havia uma cama. Delicadamente deitei Rádiuzz.

— Por favor. — Hílary exigiu. — Peço que se afastem um pouco.

Ficamos próximos á porta, enquanto Hílary se beirou à cama no canto do quarto.

De costas, eu só pude vê-la fazer alguns leves movimentos giratórios com as mãos. E recitar repetidas vezes duas palavras, que deveriam ser um feitiço.

Kalótus Torantu... Kalótus Torantu... Kalótus Torantu... — Hílary movimentou as mãos acima da cabeça mais algumas vezes. — Kalótus Torantu... Kalótus Torantu... Kalótus Torantu!

Logo suas mãos incineraram-se de uma chama cor magenta que ardia intensamente. A luz rosada do fogo nas mãos de Hílary tomaram conta da sala e as tochas que Kiff e Caterina seguravam apagaram-se.

Hílary distribuiu a chama por todo o corpo de Rádiuzz, os ferimentos curaram-se e ele pareceu um pouco mais vivo, porém continuou inerte na cama. Hílary continuou a tratá-lo, então estendi as mãos, meu livro surgiu, eu o abri e procurei alguma história a respeito da feiticeira Kassandra. Folheei o livro, até que encontrei.

A Sombra dos Deuses - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora