XIII

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Kiff

Saímos daquele vilarejo bem ao nascer do sol, andamos pela floresta. No meio da tarde encontramos Lobos Cinzentos, depois nos esbarramos com uma tropa de Guerreiros Olimpianos, nada que nós não déssemos conta.

Seguimos em direção ao Leste, precisávamos encontrar um conhecido de Jhon que talvez pudesse nos ajudar a tomar Delfos, Seu nome era Eydan Dark, nome legal, e ao mesmo tempo estranho.

Quanto a Rádiuzz, estava se saindo muito bem, em seus três primeiros dias no Lycar. Ele nos disse que pretendente passar a mensagem, de que o fim da ditadura dos deuses estava chegando, por todas as cidades e vilarejos que passássemos. Até chegar às fronteiras do lado Lycar, o que deveria ser antes da lua cheia, pois encontraríamos Eydan naquela noite, na passagem de Vesúvio.

No fim do dia acampamos na floresta, o lugar mais seguro para ficarmos.

Ao amanhecer seguimos em frente, paramos noutro vilarejo, este estava sendo saqueado por uma quadrilha de ladrões. Juntos, nós salvamos as famílias daquele vilarejo, aprisionamos os vigaristas e os deixamos a critério dos moradores daquele local.

Rádiuzz transmitiu sua mensagem de paz como Ômega, e seguimos em frente, andamos por campos gramados, até o fim do dia. No inicio da noite uma imensa tempestade se aproximava, corremos até uma cidade que se encontrava logo a nossa frente.

— Vistam os Capuzes — disse Seymon.

Passei os dedos em meu antebraço e uma fenda dimensional se abriu, de lá retirei seis capuzes escuros, nós os vestimos e seguimos. A cidade era cercada por uma cerca fajuta, pulamos e adentramos no momento exato em que a chuva começou a cair.

Entramos num bar que por sinal era alegre, havia música, muitos homens e mulheres se divertindo, bebendo e comendo a beça, por sorte viemos parar num bar em que os mais pobres da cidade frequentam.

Um homem gordo e barbudo, vestindo uma túnica que antes deveria ser branca, estava em cima de uma mesa bebendo alguma coisa numa caneca gigante, enquanto os outros gritavam: Bebe... Bebe... Bebe!

Seymon, Victória, Rádiuzz e Nihara, sentaram-se em uma mesa distante daquela algazarra, como eu e Jhon éramos os únicos solteiros do grupo, sentamos em frente ao balcão do garçom.

O garçom era um cara gordo, moreno e careca.

— Olá, sejam bem vindos ao Bandavoc.

— Banda o que? — Perguntei.

O homem gordo respirou fundo, como se já houvesse dito aquilo um milhão de vezes.

— Bar Noturno da Vovó Cátia... Posso ajuda-los?

A voz dele era mesquinha e entediante.

— Eu quero o melhor vinho que você tiver. — disse Jhon.

— Nosso melhor vinho, da safra consagrada a Dioniso.

— Arg... — Jhon Reclamou. — Eca, Dioniso não... Então me dê um copo de cerveja bem fermentada.

— Está certo! — respondeu o homem entediado. — E esse seu amigo aí?

— Ah... Eu vou querer... O que você tem que não seja fermentado por aqui? — perguntei.

— Nós temos leite. — ele respondeu, sua voz era tão entediante que estava me dando sono.

— E vocês tem mel?

— Temos sim.

— Então eu vou querer um copo de leite com mel. — respondi.

— Só um segundo.

A Sombra dos Deuses - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora