XXIX

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Rádiuzz

Kiff e eu seguimos pelos inúmeros corredores, que mais pareciam um labirinto, no meio do caminho encontramos harpias, vários Guerreiros Olimpianos, alguns Daemons e Lobos Cinzentos.

De acordo com o mapa, a imensa porta feita de madeira, com detalhes de gelo e aço. Localizada a vinte e cinco metros de nós, revelava o Salão dos Sacrifícios.

A grande porta além de estar fechada, era guardada por dois imensos cães, seus pelos eram brancos, os olhos eram escuros como perolas negras. A boca, rodeada por imensos dentes afiados fazia qualquer um pensar duas vezes antes de se aproximar daquelas portas. Em suas costas, brotavam espinhos de gelo, os cães eram maiores do que eu, verdadeiros monstros.

— Esqueci-me de dizer, que os deuses também fizeram experiências com animais, unindo eles á elementos. — Kiff apontou para os imensos cães com espinhos de gelo nas costas. — Aquelas criaturas é um bom exemplo!

— Deixa comigo, eu resolvo! — avisei para Kiff, empunhando a espada de prata.

— Não! — Kiff falou tão alto, que chamou a atenção dos cães. Talvez eles devessem ser treinados apenas para proteger a entrada, pois não reagiram. — Agora é minha vez, eu mato eles.

— Tem certeza que você não quer ajuda?

— Absoluta!

Assenti. Logo os olhos de Kiff mudaram de castanho para amarelos e sua íris dilatou-se, deixando toda sua órbita ocular amarela, (A clarividência.). Seguiu em direção a enorme porta, guardada pelos cães de gelo.

Fiquei atrás duma estátua de Quione, que representava o fim do corredor. Conforme Kiff se aproximara, os cães deram início ao rosnados.

Espiando de longe, notei que os dois monstros aproximavam-se sorrateiramente, com pequenos e silenciosos passos.

Então, numa distancia razoável, os cães gigantes, metade animal metade gelo saltaram para o ataque. Naquele mesmo instante, Kiff agachou, encolhendo-se e retraindo os músculos com muita força.

De repente algo aconteceu. Isso seria inacreditável em outra realidade. Centenas de lâminas brotaram de seu corpo e lançaram-se para todos os cantos. Uma faca extremamente afiada passou de raspão em minha orelha, abrindo um pequeno corte, doeu, mas logo cicatrizou.

Uma espada de aço perfurou a boca, atingindo o cérebro de um dos cães, enquanto o outro teve seu corpo perfurado por cinco adagas e umas trinta flechas.

Levantei e saí correndo de onde estava. Fincadas por onde quer que se olhe haviam armas pontudas e afiadas.

Perece que não era apenas eu quem conseguia acabar com os inimigos num piscar de olhos, meu amigo, filho de Hefesto, também era habilidoso.

— Kiff! — gritei surpreso. — Como fez isso?! De onde retirou tantas armas assim?

— Esqueceu que eu fundi uma dimensão mágica que funciona como um arsenal/forja de armas infinito.

Ele apontou para uma grade de aço, atrás havia escadas, que levavam para algum lugar, ainda mais subterrâneo.

— Lá... Depois daquelas grades, estão as Salas de Tortura e também os animais e monstros, cobaias de experimentos dos deuses.

Um arrepio tomou conta de meu corpo.

— Acha que tem olíceros por lá?

— Provavelmente sim... — assegurou. — Mas eles não duram mais do que sete dias aqui.

A Sombra dos Deuses - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora