Colégio interno?

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Brenda P.O.V

Acordei com a droga do despertador tagarelando ao meu lado. Me levantei com nenhuma vontade de ir, mas como sou obrigada né. Depois da discussão com meu pai, não vi mas ele "Como sempre" mas é aquilo, eu não preciso dele, já estou anos me virando sozinha. Não é agora que vou me lamentar, o que ele disse ontem eu já sabia que qualquer dia ele soltaria.

Fui para o banho, tentando relaxar. Depois de 20 min sai, e fui escolher uma roupa. Peguei uma calça jeans escura, e uma blusa soltinha, amarrei meu cabelo num rabo de cavalo e calçei uma sandália brilhante.
Desçi as escadas e encontrei com a Íris, a única nessa casa que se importava.

- Bom dia meu amor, está melhor? - Íris pergunta e me da um beijo na testa.

- Sim Íris, não irei tomar café hoje tá? Estou sem fome! - Digo desanimada.

Íris me deu um olhar fatal, ela sabe que quase nunca dispenso comida e quando dispenso é porque não estou bem. Saí de casa indo até a garagem pegar o carro e... Cadê o carro? Não acredito que meu pai foi com ele, ele nunca usa esse carro, Que ódio!

Vou a pé mesmo.

(...)

Cheguei na escola super cansada e logo enxerguei Anny e Guh sentados, fui até eles.

- Oie. - Digo me aproximando.

- Amiga, você perdeu! A festa foi muito legal, tinha muita pessoa. - Anny fala toda animada.

- Anny... - Gustavo faz um sinal pra ela de "Cala a boca, aconteceu alguma coisa".

- Aí amiga desculpa, o que aconteceu? - Diz preocupada.

- Nada vaca, pode continuar falando como foi. - Solto um riso falso.

Depois de uns minutos conversando com eles, o sinal tocou e então cada um foi para sua sala. Tudo normal, eu continuava sozinha na sala de aula, as professoras não iam com a minha cara por causa da Joyce. Ah, e eu não encontrei com Joyce, ela deve está planejando meu sequestro!
Alguém bateu na porta e depois entrou na sala...

- Brenda, pegue suas coisas, seu pai está te esperando. - Diretora ordena me encarando.

Ao ouvir isso, bateu um frio enorme em minha barriga. O que ele está fazendo aqui? Por que ele veio? Ele não se importa!
Me levantei e seguir a própria até a sala da direção. Ao entrar, avisto ele sério e sentado na cadeira.

- Então Brenda, seu pai veio resolver a questão sobre a briga com a Joyce. - A diretora diz se sentando na cadeira.

Apenas fiquei olhando para a cara dela, sem dizer nada.

- Então Sr. Luís, você deve tomar devidas providências ao caso dela quase espancar uma aluna. - Fala com aquela voz falsa, tentando ser educada.

- Pode ter certeza que ela vai aprender á não se meter em mais confusões senhora diretora. - Meu pai responde sério.

- Ok, então, vou ali pegar uns papéis para o senhor assinar. Só um minuto. - Diz e sai da sala.

- Olha aí Brenda, o que você fez. Era para mim está trabalhando... - Diz bravo mas eu interrompo.

- Trabalhando trabalhando... Não cansa de trabalhar não? Eu não pedi pra nascer, por que não me jogou em uma caçamba de lixo quando nasci? provavelmente a mamãe não deixou né? Porque ela sim se importava, ela sim me dava amor e carinho, hoje vejo que você só era carinhoso porque era obrigado, caso contrário você ficaria sem ela. E ainda me culpa pela morte dela! - Digo me estressando.

- Brenda, não vem com esse papo de pai e filha, de amor e carinho. Sua mãe não está presente por culpa sua, por um erro seu. E se você errar mais uma vez, eu te mando para um colégio interno! Está ouvindo? Eu cansei de todas as gracinhas pra chamar atenção. - Fala bravo.

Eu apenas permaneci quieta, olhando a cara de pau que ele tinha. Peguei minha bolsa e escutei ele gritar, mas ignorei. Abri a porta, e visualizei a diretora entrando, ignorei ela também. A essas horas eu já estava quase soltando fumaça de tanta raiva.
Corri para o banheiro, escutei alguém me chamar, mas não olhei para trás!

Eu estava acabada... ali naquele banheiro, estava me sentindo fraca... Comecei a pensar em tudo o que estava acontecendo, e tudo que poderia ser evitado com minha mãe viva. Senti meus olhos se encherem de lágrimas, mas me segurei... Não posso me abalar! Meu rosto estava vermelho, por conta de segurar o choro, e meu cabelo estava todo "Bagunçado" por causa do penteado se soltando. Até que ouvi alguém batendo na porta.

- Tem gente. - Avisei seca.

- Eu sei, por isso mesmo. Sai daí, já faz muito tempo que está aí. - Ouço uma voz grossa e rouca.

- Esse é o banheiro feminino sabia? - Digo ao perceber que era um menino.

- E você acha que eu estou ligando? - Escuto ele bufar.

Abri a porta devagar e olhei para ele. Era o menino que me segurou para não bater na vaca da Joyce.

- Meu Deus, acho que tem um monstro na minha frente. - Faz cara de chocado, mas continua sério.

- Veio pra criticar também? - Revirei os olhos, e abaixei a cabeça.

- Calma moça. Vem, vamos sentar em algum lugar. - Me puxa.

Dados da autora:

Oque será que vai acontecer? Até eu fiquei com dó da Brenda 💔
Mas é isso, se gostarem deixem suas estrelas ❤⭐ E dêem suas opiniões. Bjinho da Pekena!

Garota IndelicadaOnde histórias criam vida. Descubra agora