A noite...

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Três anos atrás...

Brenda P.O.V

Sei que essa notícia irá mudar a minha vida completamente. Sei que poderá acontecer coisas que me fará sofrer. Mas, eu não tenho escolha, aconteceu... E agora, paciência!

Estava sentada no sofá enorme da casa de meu namorado, Mateus. Que logo chegará de seu trabalho.

Minutos após, ouvi o barulho da porta e corri até ela para receber Mateus com um abraço apertado e confortante.

- O que aconteceu? O que está fazendo aqui Brenda? - Mateus pergunta sem entender.

- Mateus precisamos conversar! - Falo em desespero.

O próprio me puxa para o quarto, e pergunta umas 10 vezes o que tinha acontecido e eu permanecia calada. O próprio já estava fervendo de raiva e preocupação!

- Brenda... Abre essa maldita boca, e me diz que merda está acontecendo... - Diz bravo.

- Eu estou grávida Mateus. - Grito.

Ele fica sem reação, apenas me olha bravo ou talvez decepcionado.

- O que vamos fazer? - Pergunto indo abraça-lo.

- Você ainda pergunta Brenda? Com certeza você vai tirar esse filho. - Diz me retirando de seus braços.

- An? Está ficando louco? Esse bebê não tem culpa de nada... - Falo deixando lágrimas caírem.

- Não, não tem culpa. Você tem culpa, porque não tomou remédio, você vai tirar esse bebê. - Ele Grita.

- Não vou, e quero ver quem vai fazer eu tirar. - Ultrapasso ele, e tento sair daquela casa.

Mateus me puxa pelo braço me fazendo sentir muita dor.

- Ou vai tirar por bem, ou tirar por mal Brenda. - Diz me segurando.

- Está me machucando Mateus... - Digo apavorada.

Ele percebe que estava roxo meu braço, e então me solta. Desci as escadas correndo, discando o número de minha mãe, para a própria vir me buscar!

Estava em meio à lágrimas, sentada na calçada, até minha conselheira chegar e me receber com aquele abraço que só ela tem! Ela me dá sua blusa de frio, pois a brisa que batia estava meia gelada. Entramos no carro, e eu apenas observava aquela janela. Como tudo iria ser a partir daquele momento? Eu ia tirar meu bebê? Claro que não! Ele não tem culpa. Apesar de eu ter apenas 14 anos...

- Mãe? - Chamo.

- Oie querida. - Diz me olhando, e voltando a visão para a estrada escura.

- Mateus e eu brigamos... - Abaixo a cabeça.

- Brigas acontece meu amor, vocês são adolescente e estão aprendendo a se relacionar. - Ela diz tentando me confortar.

- Mãe... - Tento achar palavras...

- Oi... - Responde confusa.

Garota IndelicadaOnde histórias criam vida. Descubra agora