Treta

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Brenda P.O.V

Qual o problema dele? Me respondam por favor! Ele sempre foi... Carinhoso ou talvez, compreensivo. O que aconteceu com ele?

Vitor me encarava confuso, talvez seja porque não dei uma palavra após ele me contar essa confusão.

Levantei-me da cama do hospital. A raiva percorreu meu corpo e contaminou meu cérebro.

- O que está fazendo? - Perguntou confuso. - Você precisa ficar dei... - Tentou dizer.

- Estou cansada de ficar deitada. - Interrompi brava.

Ainda com Sophia no colo, andei andei e andei. Encontrei todos na sala de espera conversando e sorrindo. Após me olharem, franziram a testa confusos.

- Brenda, o que está... - Começou Celly.

- Quem você pensa que é pra colocar a culpa na minha filha? - Gritei fitando Gustavo.

Ele me olhou confuso e logo encarou Vitor dando a entender que não era para Vitor ter me contado.

- Olha para mim! - Ordenei.

Anny estava confusa mas não exitou em me parar, pelo contrário, a própria se aproximou de mim, e pegou com todo cuidado a Sophia de meu colo.

- Brenda, vamos conversar... - Disse Gustavo, calmo.

- Estamos conversando! - Respondi alterada. - Diz na minha cara que a culpa é da minha filha. - Gritei.

Gustavo abaixou a cabeça.

- Não é homem o suficiente Gustavo? - Falei sarcástica. - Você é falso! - Gritei.

Ele permaneceu quieto, me olhava triste ou sei lá. Minha raiva era tanta que não me importava de estar gritando num hospital.

- Você nunca mas olhe para minha cara! - Gritei impaciente. - E não chegue perto da minha filha.

Vitor pegou Sophia do colo de Anny. Bryan, Lucas e Celly me olhavam curiosos. Vitor e eu voltamos para o quarto.

Estava tremendo de raiva!

Nunca imaginei que Gustavo faria isso... GUSTAVO, logo ele!

(...)

Já havia escurecido. Todos haviam ido para casa, até mesmo Vitor e Sophia. Não seria bom eles dormirem aqui, até porque não seria confortável para minha filha recém-nascida.

- Brenda? - Perguntou a doutora entrando no quarto.

- Eu. - Respondi com voz falha pois já estava cansada.

- Boas notícias, amanhã você terá alta. - Disse sorrindo.

Que ótimo!

- Ah, nem acredito que sobrevivi a isso. - Suspirei aliviada.

Melhor nem dizer em voz alta, sou tão azarada que é possível acontecer algo na madrugada.

- Pois acredite, você é forte. Sophia teve a quem puxar! - Disse ela já saindo do quarto.

- Doutora? - Chamei e ela me olhou. - Ligue para Vitor e avise por favor?

Ela assentiu alegre e saiu do quarto. Em questão de segundos adormeci...

(...)

Garota IndelicadaOnde histórias criam vida. Descubra agora