Capítulo 7

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— Posso saber porque não Dulce? — Maite também parecia estar perdendo a paciência.

Não sabia o que dizer, precisava inventar uma boa desculpa, ao que conhecia de sua prima até mesmo se dissesse que ele tinha herpes, Maite ainda iria querer conhece-lo. Olhou para o balcão, nem percebia a confusão que estavam causando por causa dele. E o que Maite viu nesse homem distraído bebendo um copo de cerveja quase de uma vez? Ele estava de costas e ela não achava ele lá essas coisas. Isso só mostrava o quando sua prima é maluca, nem havia visto o rosto dele direito e já queria fechar. 

— Porque... — Tentou começar uma frase, mas não sabia o que dizer. 

Foi então que se lembrou da historia de contou para todos no corredor da empresa, até mesmo Marceli estava acreditando que Christopher estava indeciso. Se contasse isso a Maite ela desistira rapidinho. 

— Porque ele gosta da mesma coisa que nós, você me entende não é? Inclusive acho que ele e o Poncho estão tendo algo... — Contou. 

Maite voltou a se sentar, abismada com informação. Ela quase nunca errava quando escolhia um homem, mas o ao que parece errou feio e os dois. Anahí também se sentou e começou a rir, a historia de Dulce não tinha nada a ver. 

— É mentira May, eles não são gays. O Poncho não é, quer dizer eu acho que não. Não é né? — Olhou para Dulce.

— Eles tem uma relação bem intensa. — Dulce manteve sua afirmação rindo por dentro da cara das meninas. 

— Nossa que revelação, vamos procurar outro então. — Maite se recuperava rápido e já estava olhando para os lados novamente. 

— Ele não pode ser gay, não pode. — Anahí dizia mais para sí do que para as garotas. — Vou lá falar com ele. 

Sem mais explicações levantou da mesa e caminhou para juntos dos rapazes. Algo como isso não poderia ser verdade, ela não iria se enganar tanto assim com um homem. E só então percebeu que deixou bem visível seu interesse muito além da amizade sobre Alfonso. Dulce seguiu a amiga com os olhos sem entender nada, inventou a mentira para ninguém ir lá e Anahí estava fazendo completamente o oposto. 

— Eu também vou. — Maite pulou da cadeira seguindo Annie. 

Que droga! Agora iam todas ao encontro da única pessoa que Dulce não queria encontrar aquela noite. Sem outra alternativa levantou e avisou o garçom que iriam até o balcão. Não deveria ter aceitado sair neste dia, já estava exausta e encontrar Christopher esgotava as forças que lhe sobravam. 

Assim que as meninas chegaram ao balcão Maite encostou ao lado de Christopher apoiando a cabeça entre as mãos e lhe dando o sorriso mais angelical que poderia. Anahí apareceu do outro lado dando um sorriso irônico para Alfonso. 

— Oi. — sorriu para Annie. 

No fundo Alfonso se sentia como Anahí também nutria uma paixão secreta por sua amiga, mas como Annie sempre o tratou como irmão, nunca teve coragem de dar um passo adiante. Se conheciam a muitos anos e se respeitavam nunca deixando passar da barreira da amizade. 

— Você está tendo um caso com o Christopher? — Mandou na lata. 

Os dois arregalaram os olhos e olharam para Anahí assustados, de onde ela tirou tamanha mentira? Eram como irmãos, dividiam a mesma casa, contavam um com o outro para tudo, mas somente isso. 

— Está bêbada? — Alfonso levou uma das mãos a testa de Anahí como se conferisse se não estava com febre. 

— Foi a Dulce que disse. — Maite entrou na conversa. — Mas nada contra, eu inclusive super apoio, acho que devemos considerar justa toda a forma de amor. E se há amor não importa o gênero e nem a raça. To com vocês. 

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