Anos depois.
A casa não era mais a mesma, os móveis eram novos e o estilo totalmente diferente. Mas era um lar. Dava para sentir pelo cheiro, pelo aconchego e os inúmeros porta-retratos. Tinha muito amor por ali. E é claro, algumas pessoas nunca eram esquecidas. Henrique ainda tinha o seu lugar com carinho em meio as fotografias.
Bem perto da pequena mesa da entrada, podia se ouvir o barulho que se fazia na sala. Pezinhos agitados andavam de um lado para o outro, falando coisas inteligíveis. Perto do sofá havia uma árvore de natal, com mais de um metro de altura, várias bolinhas e enfeites e todos os moradores estavam em volta dela.
- Mamãe eu quelo por ati essa bolinha! - A garotinha baixinha, dos cabelos castanhos, olhos escuros e dentinhos perfeitos, foi logo pondo a mão nas bolinhas.
- Cuidado amor, se derrubar quebra e machuca. - Dulce a ajudou colocar a bolinha.
A garotinha se parecia muito com ela. Mas também lembrava Christopher, principalmente no jeito, e no sorriso.
- Eu sabo mamãe. Deixa eu poi outa lá em cima? - Apontou para o topo da árvore. Era tão pequenininha que a árvore parecia gigante ao lado dela.
- Lá em cima é perigoso Liz, e precisa subir na escada. Coloca aqui em baixo bebê. - Deu um efeite com papai noel para ela.
A garotinha não deu ouvidos, foi logo se seguranda na escada, e como toda criança não conseguia ver o perigo eminente. Dulce logo a segurou, até ela tinha medo de subir na escada.
- Christopher! - Chamou o marido, que tentava desenrolar o pisca-pisca.
- Foi você que inventou essa história de árvore! - Defendeu-se. - Amor coloca aqui perto do papai, você ainda não colocou nenhuma.
A garotinha obedeceu na hora. Deu um pulo da escada com a ajuda de Dulce, e foi para o lado do pai que lhe atacou com muitos beijinhos.
- Eu gosto do natal. - Contestou.
Ela adora ver os dois juntinhos, o amor de Christopher pela filha era algo que a emocionava. Aliás, o amor que ele sentia pelas duas era lindo.
- Você gosta de me dar trabalho, faz meia hora que estou tentando desenrolar isso aqui. - Voltou sua atenção para as luzinhas.
Dulce e Liz continuaram montando a árvore do jeito delas, a menina a todo o momento queria subir na escada, mudar as bolinhas de lugar e fazendo a bagunça.
Aos poucos a árvore foi ganhando vida, ficando mais colorida, com várias bolinhas, papais noeis, plumas e outros enfeites. Faltava o pisca-pisca e a estrela no topo.
- Deixa eu por a isteila mãe?
- Estrela. - Corrigiu. - Você fala do jeito mais difícil. É muito alto só se seu pai subir com você.
- Papai! - Pediu com o olhar.
Não tinha jeito! Christopher não sabia dizer não para aqueles olhinhos. Sorriu, parou o que estava fazendo e fou ajudá-la. Precisou subir devagar a escada, e ajudou a colocar a estrela para que não caísse.
- Pronto. Mereço um abraço ne? - A garotinha segurava forte o pescoço de Christopher, dando-lhe um forte abraço enquanto eles desciam.
- Isso é injusto, eu também quero abraço. - Cruzou os braços e fez um biquinho, fingindo estar chateada.
Christopher se aproximou com Liz no colo e os dois puxaram Dulce para um abraço.
- Que mamãe ciumenta. - Deu um beijo no topo da cabeça de Dulce.
Finalmente conseguiram desenrolar o pisca-pisca, e Dulce o colocou em volta da árvore com a ajuda de Christopher. Estava pronta e linda! Ele apagou as luzes da sala e ligou as luzes do pinheiro na tomada, em pouco tempo a sala foi tomada por luzes coloridas que acendiam e apagavam.
A garotinha abriu a boca surpresa e dava para ver em seus olhos a felicidade de ver algo tão simples. Era isso que Dulce queria, a magia do natal bem próximo a eles, no olhar daquela criança, na lembranças que a árvore trazia para ela, e no amor que transbordava por aquela casa.
- Ficou nindo! - Exclamou a garotinha sorrindo para o pinheiro.
- Ficou bonito mesmo. Acho que fizemos um bom trabalho.
Sentaram no tapete da sala próximo a árvore e ficaram ali um bom tempo, adimirando o trabalho e curtindo o momento família, mas uma das coisas que o natal proporciona.
Liz sentou-se no colo do pai, com as perninhas gordinhas no colo da mãe, e entre um carinho no cabelo e outro no pé acabou adormecendo.
- Não tem nada melhor do que ficar assim sabia. - Christopher sussurrou.
- Assim como?
- Como as mulheres da minha vida, no silêncio apenas curtindo a presença de cada uma. Você me deu o melhor presente, algo que nem mesmo o papai noel poderia ter me dado. A melhor família do mundo. - Beijou novamente o os cabelos da esposa.
- Você também. Eu amo vocês dois para sempre, vocês são as coisas mais preciosas que a vida já me deu. - Encostou a cabeça no ombro dele.
- Eu amo você.
- Eu taném amo vocês. - Respondeu a garotinha, se ajeitando no colo do pai.
***
Estou aos prantos 😭.
Gente acabou mesmo, o que fica aqui é a gratidão, por ter conseguido chegar ao fim dessa história, ter conhecido todas vocês e ter concluído algo que me faz tão bem. Muito obrigada a todas que leram, que reservaram um tempinho do seu dia para poder acompanhar, que não me abandonaram apesar deu demorar para postar. A vida adulta não é fácil, as responsabilidades sempre entra na frente do lazer, mas eu juro que me esforcei ao máximo para estar sempre por aqui. Obrigada a todas do fundo do meu coração. Peço que entrem no meu perfil e leiam minha nova história "Destinados" garanto que vou dar meu melhor para ser boa também.Feliz Natal para todo mundoooo, foi ótimo passar todos esses meses ao lado de vocês. Muito amor, comida 😄, e Jesus no coração. Beijooos lindassss, e mais uma vez muuuuito obrigada ❤❤❤❤
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A proposta.
FanfictionChristopher Uckermann era o braço direito e considerado o neto postiço de Henrique Saviñón, o que despertava uma terrível raiva em Dulce Maria a única neta e herdeira da Saviñón Ltda. que não tem o menor dom para os negócios, e está sempre se metend...