- Trouxe sopa, — colocou a bandeja sobre a cama. — Como está se sentindo?
- Um pouquinho melhor. —Dulce passou a maior parte do dia dormindo e tentando domar a febre. Foi consultada por Christian e teria que tomar uma série de remédios e muito líquido, Ritinha a acordava de hora em hora para tomar água e suco de laranja.
- Fiquei preocupado, a empresa não é a mesma sem você. — Sentou- se na beirada da cama, próximo a ela.
- Você é muito mentiroso, aposto que deu graças a Deus por não precisar me ver. — Disse em tom de brincadeira, mas queria realmente saber se ao menos sentiu sua falta.
- Não teve um segundo desse dia que não pensei em você. - Admitiu.
Seus olhares se encontraram, podia ver que não era uma mentira, e muito menos um xaveco barato. Tinha mais no olhar de Christopher, algo que confortava Dulce. Permaneceram se fitando em silencio, seus olhos diziam muito mais do que qualquer palavra. Estavam viajando um no outro, percebendo verdades nunca ditas.
Estavam mudando, juntos. Estavam mudando suas percepções, seus julgamentos, e abrindo o coração um para o outro. Acontecia aos poucos, de maneira involuntária. Mas já estavam perdidos em um bolha chamada Dulce e Christopher. Já não era mais pela empresa, para agradar Henrique, ou para tirar proveito. Tinha mais. Muito mais. Estavam começando a envolver o coração, e podiam ler perfeitamente isso nos olhos um do outro.
- Priminhaaaa! — Maite abriu a porta do quarto - ops, atrapalho?
Dulce se ajeitou na cama, um pouco envergonhada e se pois a dar atenção para a prima. Não deveria mostrar demais para Christopher, não poderia ser transparente para ele, ou então revelaria tudo o que sentia. E o que Dulce mais teme é não ser correspondida.
- Vim ver se você está bem, mas tá ótima não é? — Arqueou as sobrancelhas com cara de segundas intenções. — Vou deixar os pombinhos as sós, depois eu venho prima.
- Que pombinhos Maite, somos amigos, apenas. — Podia sentir suas bochechas pegarem fogo.
- Por enquanto não é? — Gargalhou saindo do quarto.
Ficaram sozinhos novamente. Como Dulce sentia vergonha da sem vergonhisse da prima, Christopher também parecia estar sem graça, mas se aproximou ficando ao lado dela na cama. Apenas um dia longe dele, e já estava sentindo falta de sua aproximação. Estava mesmo gostando dele.
- Mais nada de febre? — Aproximou as costas da mão na testa de Dulce, — parece que não. Sabia que minha visita iria te fazer bem.
- Você se acha não é Christopher? — revirou os olhos. — Nem senti sua falta.
- Ata — riu — Conta outra Dul. E ai vai tomar a sopa ou vou precisar dar na sua boca?
- Não gosto de sopa. — Fez careta. — Estou sem fome.
- Foi você que pediu.
Christopher puxou a bandeja mais perto, pegou uma colherada e levou até a boca de Dulce. Não era possível que estava fazendo isso mesmo com ela.
- Olha o aviãozinhoooo. — mexeu a colher no ar fazendo barulho com a boca tentando imitar um avião, e indo em direção a boca de Dulce.
Ela tentou ficar séria, mas foi quase impossível. Acabou abrindo a boca e recebendo a colherada, caindo na gargalhada sendo seguida por Christopher. Era um bobo, mas sem duvidas, era maravilhoso receber sua atenção e seus cuidados. Deu mais espaço para ele sentar ao seu lado na cama. Christopher aproximou-se mais de Dulce e passou um de seus braços por os ombros dela.
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A proposta.
FanfictionChristopher Uckermann era o braço direito e considerado o neto postiço de Henrique Saviñón, o que despertava uma terrível raiva em Dulce Maria a única neta e herdeira da Saviñón Ltda. que não tem o menor dom para os negócios, e está sempre se metend...