Capítulo 57

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Dulce saiu correndo para o primeiro banheiro que encontrou. Estava tão abalada e nervosa, que seu estomago logo reclamou, colocando para fora tudo o que havia comido no dia. Ela sentia-se fraca e sozinha. Christopher entrou no banheiro apressado, e quando viu sua namorada no chão chorando e tremendo, seu coração ficou pequeninho. Como doía ver alguém que se ama sofrendo. 

Abaixou-se até Dulce e a puxou para seu braços, lhe deu um abraço forte, consolador, calmante. Não disse nada apenas passou um tempo segurando-a nos braços, Dulce tremia muito e os soluços que dava eram fortes. Mas com o passar do tempo e os carinhos de Christopher foi se aquietando, apesar de ainda se sentir fraca por ter posto tudo para fora, conseguiu levantar. 

- Você precisa se acalmar Dul, isso vai te fazer mal. 

- Mais mal do que já estou, Christopher, ele mentiu para mim a vida toda. Ele estragou a vida da minha mãe, o que pode fazer mais mal que isso?

Se Dulce descobrisse que ele constinuava a fazer isso. Christopher já tinha a total convicção que sua historia com Dulce não acabaria bem, como iria impedir continuar mentindo para ela, a enganado, depois de ter visto a maneira como ficou ao descobrir os podres de seu avô.  Henrique continuava a manipular a vida da neta, e Christopher estava envolvido nisso. Dulce não o perdoaria, e ele não sabia o que fazer para começar a se redimir. 

Não poderia contar agora, a garota já estava mal demais. Ele só queria dar algum conforto a Dulce e lhe contando toda a verdade, ela o mandaria embora e os dois seriam obrigados a esmagar todo o amor que sentiam. Mentiras eram traiçoeiras, e tinham pernas curtas, mais cedo ou mais tardes as mentiras ainda escondidas viriam a tona. 

Christopher a levou para sua casa, ajudou Dulce a tomar um banho, fez um chá e lhe deu um calmante. Em pouco tempo ela estava dormindo e com o semblante um pouco mais calmo. Seus olhos ainda estavam inchados de tanto chorar. Depois de longas horas de sono e quando a noite já havia caído, Dulce acabou acordando. Sua cabeça estava latejando e seu estomago revirado, as emoções foram tão grandes que ela realmente achou que entraria em colapso.

- Melhor? - Christopher estava sentado na unica poltrona do quarto, velando o sono de Dulce. 

- Ainda me sinto triste e sem forças, parece que estou em um pesadelo. - Confessou. 

- Vai passar, eu prometo que vai passar. - Aproximou-se da cama, lhe dando um abraço seguido de beijos. - Você tem visitas. 

Maite e Anahí invadiram o quarto, dando abraços apertados em Dulce e trazendo muitas palavras de conforto. O carinho das amigas, ajudou Dulce a se recompor um pouco, e até a sorrir algumas vezes. Nem tudo estava perdido, ela ainda tinha pessoas em quem confiar, ainda tinha amigos de verdade e um namorado que fazia tudo por ela. E agora tinha um pai, depois de tantos anos acreditando não ter laços paternos, finalmente, encontrou o homem que queria te-lá visto nascer e estar ao lado dela. 

Era disso que Dulce Maria precisava se lembrar, dos amigos e do pai que estava disposto a conhece-lá. A alegria das meninas a fez enxergar coisas novas, e até melhorou seu animo. Não seria nada facil perdoar seu avô um dia, mas precisava se lembrar da parte positiva da historia, Fernando era um bom homem, e Blanca era imensamente apaixonada por ele. Dulce tinha encontrado o homem que sua mãe mais amou, e a pessoa que ela iria aprender a amar também, o pai que ela tanto sonhou. 

- Você sempre pode contar com a gente Dul, o que o vovô fez foi mesmo terrível. Nunca imaginei que ele pudesse ser um homem das cavernas, mas tem muita coisa boa em tudo isso. Eu quero conhecer seu pai! - Disse Maite, animada. 

- Eu também quero. Foi muito triste isso da sua mãe, não consigo nem imaginar o quando ela deve ter sofrido. Mas nós estamos do seu lado Dul, e a historia que aconteceu com ela, não vai se repetir. Você tem a nós e nunca mais vamos deixar ninguém te machucar como o vovô fez. 

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