Capítulo 8

2.8K 219 34
                                    

Na manhã seguinte Dulce demorou o dobro do tempo para se arrumar, teve uma noite péssima. Quase não dormir, e tudo culpa da noite anterior. O que deu em sua cabeça para beijar Christopher? Só poderia estar maluca! Primeiro sua relação com ele era estritamente profissional, por uma droga do destino ele era seu chefe e o queridinho do empreendimento, e depois ele era apenas uma amigo de seu avô como outro neto que não faz parte da família. Somente isso. 

Nunca poderia ter beijado ele, e muito menos perder uma noite pensando sobre isso. E para piorar ela tinha namorado, jamais deveria ter feito algo assim. Traiu Tony e ferrou sua cabeça. Reviveu este momento umas dez vezes durante a noite. E a pior parte de todas vinha agora: ela tinha gostado. 

Quando em sua vida pensou que gostaria de beijar Christopher Uckermann, um crápula mandão e chato que infernizava sua vida? 

Desceu para o café com a maior cara de sono e uma dose extra de maquiagem, seu avô e Maite já estavam a mesa conversando e rindo.

— Bom dia querida. — Vovô lhe sorriu. — Dormiu bem?

— Não. Será que não posso ficar em casa vô? 

— Não Dul, precisamos ter responsabilidade, não deveria ter saído ontem então.  

— Mas foi o senhor que pediu para eu sair. — Rebateu inconformada. — Não dormi direito. 

— Isso foi por causa do Christopher? — Maite perguntou olhando curiosa para a prima, tinha que descobrir mais sobre esse envolvimento de Dulce e Christopher. 

— Vocês encontraram Christopher ontem? — Henrique quis saber. 

— Sim, e rolou o maior... 

— Briga! — Dulce a interrompeu e fez sinal para a prima ficar quieta. — Foi por isso, tive pesadelo a noite inteira com esse idiota. — Encheu sua xícara e café e rezou para o sono e as lembranças da noite anterior fossem embora. 

Quarenta minutos depois ela estava na empresa e atrasada como sempre. Assim que entrou em sua nova sala, seu coração gelou teria que ver Christopher de novo. Não estava muito preparada para isso. Logo que entrou Christopher a fuzilou com os olhos, merda, porque eles precisavam trabalhar juntos?

— Está atrasada!— A repreendeu. 

— Você não sabe dizer bom dia? — Jogou a bolsa em um canto. 

Christopher não conseguia encontrar uma boa explicação para o acontecido na noite anterior, mas sabia que não poderia repetir, ou todo o esforço que faria para Dulce gostar da empresa iria por água a baixo. Precisava manter o foco e seu foco era Dulce e Empresa e não Dulce e Christopher. 

— O que você precisa fazer hoje já está em cima da sua mesa. 

Ela não disse nada apenas olhou para os montes de papel em sua mesa e pediu paciência, não tinha ideia do que deveria fazer com aquele monte de número e palavras que ela nem conhecia. O que não daria para estar em casa dormindo?

— É para começar a trabalhar. — Christopher ordenou quando percebeu Dulce distraída.

— Até meu avô que já está velhinho é mais bem humorado que você. Se ta assim por causa do beijo de ontem fique sabendo que foi horrível, tive pesadelos a noite inteira com essa sua boca. — Reclamou.

— Você ainda pensou no beijo, eu até esqueci desse momento, mas precisei lavar muito a minha boca você estava com gosto de morango.

E ele gostaria de sentir aquele gostinho em sua boca novamente, mas não podia, de maneira alguma. Dulce não merecia experimentar as coisas que Christopher poderia oferecer.

A proposta.Onde histórias criam vida. Descubra agora