Fernando era um homem alto, corpo magro, moreno e Christopher tinha certeza que os olhos eram iguais os dr Dulce.
- Christopher Uckermaan, não nos conhecemos. - Estendeu a mão para cumprimenta-lo.
- Ah claro. Achei que nos conhecíamos. - A postura do homem relaxou, apertou a mão de Christopher. - Gostou das fotos?
- Adorei, você realmente capturou o melhor das mulheres, apesar de haver outras partes que eu também admiro. - Deu um sorriso sacana. - Estou brincando, as fotos são muito boas. Mas eu já conhecia o seu trabalho.
- É mesmo? É a segunda vez que trago um dos meus trabalhos para cá, você veio da outra vez?
- Não, nunca vim. Na verdade, conheço as fotos que o senhor tirou de Blanca Savinón, eram as suas lentes não eram?
Fernando empalideceu novamente e dessa vez o medo e a melancolia estavam em seu olhar. A quantos anos não ouvia falar de Blanca. É claro que um grande amor não se esquece, mas as circunstâncias os separaram para sempre, e ao final Fernando achou certo. Talvez fosse para nunca acontecer. A sina dos dois era encarar a vida sozinhos, ela com sua faculdade infeliz e ele com sua máquina fotográfica.
- Quem é você? - Perguntou novamente. - Ela veio?
- O que? Você não sabe?
Isso era surpreendente, Fernando não sabia da morte de Blanca a vinte anos? Estava casa vez mais intrigado, como duas pessoas que aparentavam se gostar tanto perde o contato dessa forma?
- Podemos conversar em outro lugar? Tem muita coisa que o senhor não está sabendo.
Fernando pensou um pouco, não era uma boa ideia conversar com alguém queo lembra-se o passado. Esse era um dos motivos que odiar vir ao Rio de Janeiro, sempre corria o risco de encontrar alguém. De dar de cara com o passado novamente. Christopher não remetia a ninguém de seu passado, estava longe de lembrar Blanca, por isso imaginava não ser filho dela, mas mesmo assim preferia deixar o passado no passado.
- Acho melhor não, tenho muita coisa para fazer na galeria. A exposição está em seus últimos dias, não posso abandonar tudo assim. - Tentou se justificar.
- A Blanca morreu! - Disparou. A cor no rosto de Fernando sumiu novamente. - Morreu a quase vinte anos, podemos conversar agora?
Era a única maneira do homem querer ouvi-lo, precisava contar tudo o que houve e também saber de uma vez porque Fernando foi embora. E pareceu surgir efeito o homem olhou para os lados e chamou uma mulher, alta e morena usando um belo vestido vermelho.
- Preciso sair um pouquinho Susi, segure as pontas para mim. - Avisou a mulher.
- Tudo bem querido.
Christopher avisou Alfonso que iriam há um café próximo, Poncho decidiu esperar dando uma volta pelas redondezas. Fernando estava em pânico, não sabia disso, tinha cortado muitos elos do passado não tinha ideia do que havia acontecido com Blanca. Saber sobre sua morte foi um grande baque.
- Você está falando sério? Ela está morta? Por Deus, como ninguém me contou! - Exclamou aflito.
- Isso eu também queria saber. Ao que parece, você não sabe de muita coisa. Quando foi embora?
Estava atordoado, Blanca tinha morrido há muito tempo e não sabia, não pode se despedir do grande amor de sua vida. Estava a muitos anos longe do Brasil, não sabia de muita coisa. Quis esquecer a maioria do que aconteceu, porém Blanca jamais seria apagada de sua memória.
- Há uns vinte e cinco anos, fui estudar na Europa. Eu e Blanca... Nós terminamos. - Êxitou em contar toda a história. - Mas quem é você? Como sabe sobre mim?
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A proposta.
FanfictionChristopher Uckermann era o braço direito e considerado o neto postiço de Henrique Saviñón, o que despertava uma terrível raiva em Dulce Maria a única neta e herdeira da Saviñón Ltda. que não tem o menor dom para os negócios, e está sempre se metend...