Capítulo 8

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Minha tarde não foi das melhores ,aliás passou muito longe disso. Não fiz muita coisa além de ficar trancada no meu quarto escrevendo no meu diário  e vendo TV.

Por mais que eu lutasse contra minha própria mente, era meio que inevitável não pensar sobre tudo que aconteceu.

Desligo a TV e jogo o controle em cima da poltrona.

Suspiro.

Pego meu celular e tento ligar para James, não consigo, tento para Kate e também não consigo.

Entro nas minhas redes-sociais pelo meu notebook e elas estão ..Bloqueadas? Como assim bloqueadas?

O que meu pai fez?!

Abro a porta do quarto e saio pela mansão à procura de Alex, após caminhar por praticamente toda ela, esbarro em um homem parado perto de uma porta.

- Você viu o Alex?

Ele me olha atentamente.

- Ele está no escritório e não quer ser incomodado.

- O escritório por acaso é esse? _ Aponto meu dedo indicador para a porta.

- Exatamente.

- Ótimo.

Abro a porta e digo sem fazer reverências:

- Eu quero saber que merda você fez com o meu celular e com as minhas redes-sociais pai.

- Desculpe-me doutor Alex, eu não consegui impedi-la.

- Tudo bem. _ Alex puxa seu óculos branco para o nariz e solta um suspiro cansado.

- Fala, eu quero saber o que você fez.

- Eu bloquiei tudo, simples. _ Ele apoia seus cotovelos sob a mesa cor de vinho, e junta as mãos encarando-me tranquilamente.

- Porque? Porque você fez isso, eu queria falar com o James e com a minha melhor amiga, mas eu não consegui.

- E é para você não conseguir mesmo, agora por favor, saía.

- Pai por favor, eu quero muito falar com eles, eu..

Sou interrompida.

- Se você não parar com esse papo patético, e não sair do meu escritório agora, eu vou pedir para os seguranças te tirarem daqui a força.

Arregalo os olhos sem acreditar que meu pai seria capaz de fazer isso. Mas do que eu posso duvidar vindo dele não é mesmo? Se ele foi capaz de fazer o que fez pra minha mãe, pedir para os seguranças me tirarem a força de seu escritório é só um detalhe insignificativo.

  Sinto meus olhos pesarem pelas malditas lágrimas outra vez.

Mas dessa vez eu consigo controlá-las, e engulo meu próprio choro.

Então eu deixo o escritório sem dizer mais nem uma palavra.

                         ***
No final da tarde, eu decido sair para fora da mansão e vou conhecer o jardim que fica nos fundos dela.

O jardim é extremamente bonito, há diversas flores, rosas, tulipas, orquídeas e plantas nas quais eu não sei o nome.

Sento-me em um dos bancos que há por ali, e exploro o lugar com meus olhos.

- O que uma moça bonita faz porai sentada essa hora?

Ouço uma voz masculina atrás de mim e viro-me para ver quem é.

Trata-se de um senhor de meia idade, seus cabelos são levemente grisalhos e em seu rosto há algumas sardas meio aparentes.

- Ah, oi. _ Eu digo.

Uma nova forma de amarOnde histórias criam vida. Descubra agora