Capítulo 9

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Acordo na manhã seguinte, com Ágatha me chamando.

- Ah, o que é? _ Pergunto sem ter o trabalho de abrir meus olhos.

- Acorde menina, a dona Roberta quer que todos estejam lá embaixo para a chegada do filho dela, inclusive você.

Remexo-me na cama, e cubro minha cabeça com o travesseiro.

- Manda ela se fuder.

- Lívia, ande logo. _ Sinto suas mãos tocarem meu corpo e me sacudir.

Que empregada chata.

- Qual é? Não tá afim de me deixar em paz, não? _ Levanto a cabeça e olho para ela.

- Enquanto você não levantar, não.

Afago minha cabeça no travesseiro e digo que já irei levantar.

Tomo um banho, coloco um vestido azul escuro soltinho, e uma sapatilha, Ágatha insistiu para que eu me vestisse assim, e apesar de eu achar extremamente ridículo eu aceitei.

- Tire essa coisa do braço, o que está escondendo ai? _ Ela me questiona curiosa.

Cubro aquela área com a minha mão e me afasto um pouco.

- Não é nada.

Ágatha me olha confusa.

- Por acaso você se cortou?

- Já falei que não é nada.

Ela se aproxima de mim rapidamente, e puxa o pano que estava cobrindo meus cortes, e então, ela descobre.

- Que parte do não é nada você não entendeu?

- Você chama isso de nada? Lívia, isso é muito sério. A quanto tempo você se corta?

- Achei que a Roberta estivesse com pressa..

  Ela crispa os olhos.

- Vou dar um jeito de esconder isso pra você, mas iremos conversar sobre isso depois.

Ágatha me ajuda a esconder aqueles cortes fazendo uma maquiagem naquela área.

Ela usa base e mais alguns produtos.

Enseguida, nós descemos para o andar de baixo, e eu encontro Roberta, Alex e praticamente mais 10 pessoas que julgo ser os empregados/seguranças/motoristas, parados um do lado do outro.

- Finalmente! _ Fala Roberta.

- Desculpe-me o atraso doutora Roberta._ Diz Ágatha.

Doutora? Credo.

- Christopher Storck está entrando senhorita Roberta. _ Um homem de terno e gravata surge do hall de entrada.

Roberta bate palmas feliz, e vibra pela notícia.

Alex sorri. E todos voltam seus olhares para o hall de entrada, a espera deste garoto.

O que ele tem demais ,afinal? Pra que tanta besteira pra receber alguém que é da família e que todos ali já conhecem.

Quanta idiotice!

Um menino de estatura média, cabelos pretos penteados para trás, formando um elegante e charmoso topete, com seus olhos esverdeados, surge do hall de entrada, puxando uma mala preta.

Seus olhos encontram os de Roberta, e ele sorri.

E que sorriso.

Roberta por sua vez, corre até ele, e o abraça, ele larga sua mala e envolve seus braços tatuados no corpo da mãe.

Uma nova forma de amarOnde histórias criam vida. Descubra agora