Capítulo 16

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NO DIA SEGUINTE

  Eu havia ficado na sala de aula durante o intervalo, porém, quando ouvi alguns gritos vindos do pátio da escola, eu decidi ir até lá ver o que estava acontecendo.

Atravessei aquela multidão de alunos,e vi Thomas sendo agredido por 3 garotos altos e fortes.

Ele estava sangrando, sua testa estava cortada, e ele cuspia sangue. Olhei abismada para aquela cena e fiquei totalmente indignada por todas aquelas pessoas estarem olhando e ninguém fazer nada para impedir.

  Sai daquele local para pedir ajuda, a primeira pessoa na qual esbarrei foi Christopher, ele estava conversando com alguns meninos e chamei atenção deles quando disse:

- Christopher você precisa me ajudar!

Seus olhos verdes me olharam rapidamente, e pude identificar uma certa preocupação.

- O que aconteceu?

- O Thomas, estão batendo nele e ninguém faz nada para ajudá-lo, você precisa ir lá, por favor.

Por um momento, eu pensei que Christopher não ligaria para isso, diria que não se importa com Thomas e não moveria um músculo para ajudá-lo.

Mas ele não fez isso:

- Venha comigo.

Acompanhei ele, até a diretoria da escola, Christopher não bateu na porta, e entrou de supetão naquele lugar:

- Vocês precisam fazer alguma coisa, tem um aluno sendo agredido no pátio da escola.

Eu estava aflita, corri automaticamente atrás dos possíveis seguranças daquela escola e eles apartaram a briga.

Thomas estava muito ferido, e parecia estar inconsciente. Corri até ele, e agachei próximo a seu peito:

- Thomas, fala comigo.

Ele sussurou algo que eu não pude entender, então, senti as mãos de alguém nos meus ombros, me puxando para que eu saísse dali, então eu levantei e vi uma maca sendo apoiada no chão, e alguns homens de branco pegarem o corpo de Thomas e colocarem ali.

  Uma mulher que eu julgo ser a diretora da escola chamou atenção dos alunos que ainda estavam por ali. Decidi ir até a enfermaria ver como Thomas está.

Encontro ele sendo medicado por duas mulheres de meia idade, seu olho esquerdo está inchado e sua coloração é um roxo escuro.

Pergunto aquelas mulheres como ele está, uma delas me responde dizendo que seu estado não é grave, que ele apenas está com alguns ferimentos, mas nada profundo.

Sento-me em uma das cadeiras, e pacientemente eu espero ele acordar, depois disso, aquelas mulheres que provavelmente são as enfermeiras da escola, perguntam à ele como ele está se sentindo, Thomas responde que está apenas dolorido, mas está bem.

Aproximo-me da cama, e fito seu rosto cheio de curativos, ele curva os lábios em um pequeno sorriso e diz:

- Não é nada legal você ficar me olhando com essa cara de pena.

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