O Som Do Coração

Capítulo 38 | Tragedy

5 dias passados.

Estávamos juntos em um local destinado as nossas refeições.

Era manhã e estávamos em um de nossos lanches. Aquele era o antecessor do nosso almoço.

Flórida estava nublada, algo me dizia que aquele dia seria o dia.

— Você recebeu o envelope ? — Lily falou de boca cheia com um pedaço de pão de queijo entre os dentes direcionando a pergunta para Kyle que estava a nossa frente, nós estávamos sentados em uma mesa como todos os outros também estavam em vários cantos daquele pequeno refeitório.

— Hum, recebi — ele disse limpando o canto da boca com um guardanapo.

Não quis me imtrometer na conversa dos dois, apenas continuei a sugar um delicioso suco de laranja que continha no meu copo. E observando o olhar do Will de longe para mim, parecia súplica de desculpas no seu olhar.

Mais não ter contato era o suficiente.

— Ouvi falar que hoje será um grande ensaio com todos, e que nos próximos dias serão somente diversão. O Brad acha que todos estão bem preparados e isso é muito bom. — Lily falou olhando para nós.

— Que ótimo, preciso realmente me divertir porque dei o máximo de mim esses dias nos ensaios. — Falei entre suspiros.

— E acabou perdendo o seu grande medo não é mesmo ? — Kyle falava sorrindo para mim. — É uma boa garota.

Sorri de volta.

— Sinal de tranquilidade senhorita.— Kyle brincou.

Batuquei levemente em meu peitoral fechando os olhos e dando uma profunda inspiração. Kyle fez igualmente.

Aquilo havia se tornado como um sinal para nós, cada vez que eu me sentia em apuros alcançar a tranquilidade era ouvir o som do meu coração inspirando muito ar pra manter a calma.

— Vocês são fofos mais estou com ciúmes. — Lily falou fazendo biquinho.

Toquei em suas mãos a fazendo manter o olhar sobre mim, e então quando eu havia alcançado o meu objetivo, a olhei fixamente sorrindo e assentindo com a cabeça que sim. Aquele era o nosso sinal, aquilo era um está tudo bem.

                                 ...

Estava entediada porque o Kyle mal havia me dado atenção naquela tarde, ele tinha passado o tempo todo com um envelope e um carderninho em suas mãos, e o pior de tudo é que ele não queria me contar sobre o que aquilo se tratava.

 

Horas depois.

— Eu consegui sim mãe, acredite, consigo tocar tranquilamente. — Falava com a minha queria família pela vídeo chamada,eu estava no quarto com a Lily estava a anoitecer e nós duas havíamos tirado um tempinho pra falar com o pessoal. — Oi Vic — prossegui mandando um oi para a minha cachinhos dourados.

— Querida estamos felizes por você é morrendo de saudades. — O papai falava do outro lado da timeline. — Eu também estou irmã — desta vez era Alya.

— Logo estarei aí com vocês, e façam compra de roupas sofisticadas. A audição de fim de ano será espetacular. — falei animada. — Mas preciso desligar, amanhã entro em contato com vocês.

— Beijos querida, nós te amamos.

— Eu também amo vocês.

Estava ali encerrada a ligação, Lily estava a falar no telefone com sua mãe, e nesse meio tempo eu decidi ir lá fora para respirar um pouco do ar frio.

Maldita a vez em que decido sair e fecho a porta do nosso quarto saindo daquele lugar.

Eu estava entrando em meu pequeno pesadelo e mal me dava conta disso.

Will me avistou da janela embaçada de seu quarto, ela tinha visão pra lá fora. Eu segui meus passos até uma grande pedra na qual eu avistava. Queria sentar lá e observar o anoitecer. Eu havia levado comigo um fone para viajar no tempo, e mal sabia que eu havia levado comido também um sonho, e talvez para sempre.

Pingos de chuva começaram a cair sobre minha pele gelada, em instantes no céu não se avistava estrelas e nenhuma nuvem qualquer, somente uma grande escuridão.

O lugar era cheio de altos e baixos e eu estava com medo de escorregar nas pedras na chuva e acabar caindo.
A chuva havia engrossado e mão dava de enxergar o salão de lá.

Então a única e a pior das idéias que eu tive foi quando avistei um resto de carro velho atrás da casa em que eu havia passado a melhor noite da minha vida. Eu queria esperar a chuva passar lá e assim depois voltaria.

Entro no carro morrendo de frio e com os lábios rachados, aperto meus braços no meu próprio corpo. Ouço raios e trovões como se estivesse havendo guerra nos céus.

E é aí que eu entrei em meu pesadelo. Ou melhor, antes fosse um pesadelo, já que acordar me faria sair dessa. Mais não, desta vez meus olhos estavam abertos e eu via o carro descer barranco a baixo com toda aquela forte chuva.

Era o meu fim ?