Estávamos no quarto dele. Ele foi até uma bancada larga, que se estendia por uma das paredes do seu quarto, num canto dela tinha um computador e do outro tinha a TV com o vídeo game, e no meio eu conseguir ver os livros dele do colégio. Sua cama ficava paralela a essa bancada. Ele ligou o vídeo game em um jogo de luta, sentou em sua cama e encostou-se a parede.
– Senta aqui. – ele falou enquanto mostrava com sua mão um lugar do seu lado.
– Eu acho que nunca joguei esse jogo, é melhor você ir com calma comigo. – eu contei a ele. Mas, na realidade, era uma total mentira de minha parte. Aquele era um dos meus jogos preferidos, sempre que eu ia à casa dos meus primos ficávamos jogando por horas.
– Tudo bem Dani, tudo que for sua primeira vez eu vou bem devagar, ok?! – enquanto dizia isso ele fez uma cara de safado. O Bernardo já estava começando com suas piadinhas sem graça.
Pensei em minha cabeça numa resposta: "- pois já eu vou com muita força (eu estava falando do jogo)", mas preferi não falar isso.
– Deixe de falar coisas com duplo sentindo seu lerdo! – eu reclamei com ele.
– Como assim duplo sentindo? Não estou entendendo o que você está falando. – e ele fez uma cara sínica de desentendido.
– Pois bem, não entenda mesmo, porque isso nunca vai rolar! – eu respondi meio estressado, como sempre eu ficando irritadinho por besteira.
Depois que eu falei isso, percebi que ele realmente ficou preocupado:
– Ahhh, e porque nunca vai rolar, ué, por quê? – ele falou com uma voz triste e preocupada.
– Ah sei lá, eu nunca pensei nisso, além do mais eu não gosto de sentir dor! – eu estava mentindo de novo, porque eu já tinha pensando um pouco sobre esse assunto entre a gente, "penetração", mas fiquei tão apavorado que desisti de continuar pensando nisso.
– Mas Daniel, você não vai sentir dor, eu vou ser carinhoso, eu juro. E poxa, não to dizendo que a gente vai fazer isso agora, mas um dia a gente vai querer fazer amor... – eu já estava começando a ficar constrangido com esse assunto, meu rosto já estava vermelho, mas o Bernardo realmente tinha ficado preocupado e começou a me questionar sério sobre isso.
– Poxa, você nunca pensou sobre isso entre a gente? Nem sentiu vontade? Porque eu mesmo penso na gente junto 24h, já até sonhei com nós dois fazendo amor...
– Aff Bernardo, vamos mudar de assunto, por favor, vamos jogar logo vai! – meu rosto já estava pegando fogo. Não é que eu estivesse chateado com esse assunto, mas eu estava na casa dele, na casa da mãe dele, e falar sobre essas coisas lá me deixava com vergonha.
Ele ficou por um minuto calado, como se estivesse pensando, até que ele olhou bem nos meus olhos e falou:
– Pronto, se ligue, se você preferir, em nossa primeira vez eu que serei o passivo, ok? Eu já percebi que você gostou de minha bunda, né? Mas você vai ter de ir com calma porque eu sou virgem, certo? – ele falou isso enquanto olhava nos meus olhos, e mesmo eu morrendo de vergonha de ouvir aquilo, não pude deixar de gostar do que ele falou. Acabei me lembrando do dia no banheiro do colégio, quando apertei a bunda durinha dele, essa lembrança me fez ficar "alegre" lá em baixo.
– Certo. – eu respondi meio baixinho, estava excitado com essa ideia, mas envergonhado ao mesmo tempo.
– Posso te dar um beijo, Daniel? – ele perguntou baixinho, me encarando com um olhar sedutor. Então o Bernardo começou a se aproximar de mim, bem devagarzinho, querendo encostar seus lábios aos meus.
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Amar, o que é? - (Romance Gay)
RomanceDEGUSTAÇÃO NO WATTPAD / LIVRO FÍSICO À VENDA DESCOBRINDO O QUE É AMAR - LIVRO COM MAIS DE 1,9 MILHÕES DE LEITURAS , AGORA PUBLICADO NA VERSÃO FÍSICA PELA EDITOA GIOSTRI: O livro "Amar, o que é?" é uma obra de romance com temática LGBTQAI+ que retrat...