Capítulo 2 - Sala 21, 2º Andar --- DEGUSTAÇÃO ⭐

43.5K 1.6K 396
                                    


Chegando ao colégio, o ambiente parecia ser muito bom. A primeira coisa que fiz, foi ir até as listas e procurar qual era minha sala.

Pronto, achei: sala 21, 2º andar.

Subi as escadas todo alegre, colocando na cabeça que vou falar com todo mundo e fazer novas amizades logo. Minha sala era bem ao final do corredor. Cheguei à porta e vi a plaquinha: 1º ano B, Sala 21. Agora era entrar e que começassem os jogos, ops, o ensino médio!

Assim que entrei na sala todo meu otimismo de perder a timidez pareceu evaporar. Sentei na quarta cadeira do meio – não é possível que nesse lugar rodeado de gente eu não faça alguma amizade – fiquei ali lutando contra minha timidez e olhando para o pessoal. Uma menina com os cabelos vermelhos foi a que mais me chamou atenção. Acho que ela me percebeu olhando demais para ela e veio falar comigo:

– E ae, você é novo nessa turma, não é?

– Sou sim, vim de outro colégio, você também é novata?

– Não, não, é que pensei ter te visto na turma da tarde do ano passado. Bom meu nome é Fernanda, seja bem-vindo...

– Daniel. – eu completei a frase dela.

Gostei dela, Fernanda parece ser uma menina de atitude, eu acho que a garota também deve tomar iniciativa e vim falar com o garoto, principalmente no meu caso de timidez, ajuda muito.

Enquanto eu e Fernanda estávamos conversando sobre primeiro dia de aula e do quanto ela gostava do colégio, um menino chegou por trás dela e tapou seus olhos. Não sei porquê, mas ele me chamou atenção. Ele era bronzeado, cabelos castanho-claros, tinha um alargador preto bem pequeno na orelha, os braços um pouco malhadinhos e um lindo sorriso no rosto, um típico muleke brasileiro.

Fernanda ficou agitada e começou a falar sobre estar sentindo um perfume forte masculino. E era verdade, até eu, que estava sentado na outra cadeira, estava sentindo o cheiro. Realmente gostei do aroma, gosto muito de perfumes masculinos. Não curto muito os femininos doces, me deixam um pouco enjoado. Por curiosidade, até preferi quando uma menina que eu ficava usou uma vez o perfume do pai quando fomos nos encontrar.

– Que perfume é esse, Bernardo? Assim eu já vou te agarrar aqui na frente de todo mundo! Quando a Júlia te ver com esse perfume, já viu ne? Vai começar a sessão patricinha atirada. Ah, Bernardo, esse aqui é o Daniel, ele é novato, vamos fazer a iniciação dele aqui no colégio. – ela falou em meio a risadas.

– Opa, tudo bem cara, espero que essa maluca não tenha te assustado, juro que o povo aqui do colégio é mais normal que ela. Nanda vou lá falar com o povo e daqui a pouco volto, vê se não assusta o novato, viu?!

E quando eu menos percebi, ele tinha ido falar com outras pessoas da nossa sala.

– Quem é essa Júlia que você falou aí, Fernanda?

– É uma patricinha aqui da sala, ela não gosta muito de mim porque tem ciúme do Bernardo. Eles até já ficaram ano passado, mas eu não sei por qual motivo, o Bernardo não quis continuar com ela, e começou a evitá-la. Na verdade, eu sei o motivo, ela é muito chata e ele provavelmente não deve ter aguentado.

– Hum... E atualmente você e o Bernardo tão namorando, é?

– Que nada! Ele é como um irmão pra mim. Você vai gostar dele.

E a Fernanda nem imaginava o quanto eu ia gostar dele, na realidade nem eu mesmo imaginava o que estava para acontecer.    

    

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Amar, o que é? - (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora