• Eighteen •

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Gostaram da capa nova? (Ah! Lembrei que vocês não falam comigo)

Balanço meu quadril no ritmo da musica que reverbera pela casa com ajuda dos alto-falantes, que são espalhados por toda ela. Derramo mais alguns pedaços de chocolate picado na panela e olho por cima do ombro de Gabe, que está de pé sobre uma cadeira enquanto mexe o chocolate até derreter. Murmuro a musica distraído com os confetes em minhas mãos e roubo alguns antes de por sobre o balcão, sendo repreendido por Gabriel que me pega no flagra.

- Só um. - faço bico e como. O menino suspende a sobrancelha para mim e faz uma careta fofa. - Eu te dou um se não contar para o Harry.

- Tudo bem. - estende a mão pequena em forma de concha, esperando que eu derrame um pouco de confete. Entrego o saquinho em suas mãos e o pego pelos braços, descendo-o da cadeira antes de apagar o fogo quando a água, onde o chocolate é derretido, começa a ferver.

Tiro o chocolate derretido do fogo e levo até a pia, onde deixo para esfriar até que dê para derramar sobre o bolo.

- Desde quando vocês não comemoram seus aniversários? - ouço Gabe questionar um pouco embolado por ainda estar comendo os confetes. Viro-me apenas para pegar o bolo sobre o balcão e encontro a criança lutando para se sentar em uma das banquetas que rodeiam o balcão, coisa que suas pernas curtas não lhe permitem. - Pode me ajudar? - desiste com o rosto vermelho de irritação. Pego o bolo que está sobre o mármore e deixo sobre a pia antes de me aproximar da criança e o ajudar a subir na banqueta.

- Não comemoro faz uns dois anos. - aperto as bochechas vermelhas e tiro o pacote de confetes da mão pequena, constatando que o mesmo está quase pela metade. - Para quem não como doce, você comeu até demais, senhorzinho.

- Por que não? Aniversario é uma das mais belas comemorações que já vi. - suspendo a sobrancelha enquanto ouço meu filho falar e nego com a cabeça, rindo fraco. Retorno a pia e tento pegar a forma de bolo, percebendo que já esfria o bastante para desenformar. - Estou falando serio, senhor Tomlinson. Veja só: Você está comemorando mais um ano de vida. Quantas pessoas gostariam de comemorar isso e não podem? Você pode e não comemora. - maneio a cabeça quando termino de ouvir seu ponto de vista e constato que ele não está totalmente errado, mas como explicar para uma criança que naqueles dias eu não necessitava comemorar e apenas hoje vejo motivos para isso?

- Então hoje vamos comemorar como não comemorei nesses últimos anos, tudo bem? - pego uma colher com o recheio de leite ninho que iria usar no bolo e levo a boca, saboreando um pouco do creme que estava me dando água na boca desde o momento em que Harry havia feito.

- Levaremos esse bolo para a casa da Ja- Vovó Jay? - enrugo o nariz rindo da sua pequena interrupção para se corrigir.

- Não, seremos somente nós cinco. Eu, Harry, você, nosso pequeno baby e o Charlie. - lavo a colher que havia levado a boca e começo a rechear o bolo com o creme branco. - Será seu primeiro natal conosco, está feliz? - ponho a segunda camada do bolo e volto com ele para cima do balcão.

- Estou, ver vocês felizes me contagia e ficar no orfanato não era as mil maravilhas, me entende? - puxa o saquinho de confetes para perto dele e eu puxo de volta, pondo ao lado do bolo. - Única pessoa que fazia meu fim de ano ficar mais alegre era o Miguel... - a alegria em seus olhos evapora e seus lábios formam um bico triste. - Ele sumiu...

- Hey, que tal seu pai ir ver se acha seu amigo, Angel? - rodeio o balcão e o abraço, tendo seu corpo encolhido no meu. - Ele poderia passar meu aniversario conosco e depois ir para a casa dos meus pais junto de nós! - comemoro para animar o menino e balanço o corpo junto do meu.

- Vocês fariam isso? - gira o banquinho, ficando de frente para mim. Seus olhos castanhos brilham em euforia e seu sorriso ilumina todo o meu dia. Concordo sem pensar duas vezes. - Eu amo você! - se agarra em minha cintura em um abraço caloroso e deita sua cabeça em minha barriga. - Você tem sorte, tampinha, tem pais perfeitos. - ouço ele sussurra e tiro minhas mãos de sua cintura para poder levantar seu rosto miúdo. - O que aconteceu? - analisa meu rosto ao o encontrar serio.

- Não gostei do que ouvi, Gabriel. Você é nosso filho também, se esse bebezinho tem sorte, você também tem. - me abaixo para meu rosto ficar na direção do seu e um sorriso fraco se forma nele.

- Desculpa, não falei por mal. - deposita um beijo em minha testa e volta a abraçar meu corpo.

Pego meu celular sobre o balcão e tento inutilmente falar com Harry, até o barulho da porta da garagem ser ouvido quando a voz da Katy Perry começa a soar pela casa, sendo acompanhada pela voz do meu marido.

- Bon- a, Bon appétit, Baby. - Harry canta quando entra na cozinha. - Looks like you've been starving; You've got those hungry eyes; You could use some sugar; 'Cause your levels ain't right... - mexe a cintura de um lado para o outro, em um pequeno rebolado. Suas covinhas fundas aparecem em suas bochechas e solto Gabriel por um momento, apenas para por meu dedo em um dos buraquinhos fundos, meu marido vira o rosto antes que eu encoste em sua covinha direita e morde a ponta do meu dedo. - Hey, Gabe! Trouxe um presente para você, ele está lá na sala. - deixa um selinho em meus lábios e foca na criança, que está encolhido atrás de mim. - Vá lá ver, creio que vá gostar.

- Presente para ele agora, Harry? Nós só iremos abrir amanhã na casa dos meus pais. - meu marido revira os olhos, um sorriso pairando em seus lábios enquanto me puxa para perto e me aninha em seu peito.

- Espere ele te mostrar o presente, bolinha. - cheira meus cabelos. Suas mãos mornas levantam minha camisa e repousam sobre minha barriga quente, onde nossa preciosidade está segura. - Como está se sentindo? - minha barriga agora de quatro meses já aparece mais, deixando que eu comece a curtir. Harry passa o polegar perto do meu umbigo e deixa um caminho de beijos por onde sua mão passa, até chegar à minha cintura.

- Estou bem, não senti enjoos hoje e me sinto um pouco mais disposto. - seguro nos cabelos cacheados e meus dedos se perdem ali enquanto o observo sussurrar algumas coisas para o bebê. - Precisamos ver uma casa mai-

- Miguel! - o grito de Gabriel me faz calar minhas palavras. Olho para Harry sem entender o que aconteceu na sala e meu marido balança suas sobrancelhas.

- Ele achou o presente. - se levanta e me puxa para a sala, onde o homem está em pé com um olhar um pouco perdido passando por toda nossa sala, não sabendo ao certo onde se encostar. Meu menino parece não se importar, já que está grudado no corpo do homem, segurando firme nas roupas sujas. - Gabe, deixa ele tomar um banho e então você poderá abraçar mais ele, sim?

- Eu avisei que deveria tomar banho antes dele me abraçar, apenas não deu muita eficácia, já que me abraçou sem me ouvir. - Miguel sorri para mim vendo a mão de Harry repousar sobre minha barriga e eu retribuo, sabendo que isso somente está acontecendo pelo que ele me disse. - Que tal me mostrar o banheiro e depois você me contar como é morar nessa casa grande?

- Gabriel, vá mostrar a ele. - digo e a criança se afasta. Miguel parece ser a recarga que a bateria de Gabe precisava, já que o brilho retornou e ele saiu puxando o homem para o segundo andar, onde nossos banheiros se localizavam. - Ele está mais feliz agora.

- Sentia falta dessa corda toda dele. - sento no sofá, esticando minhas pernas no mesmo.

- Ver ele assim já foi um presente para mim.

- E vocês três são um presente para mim. - sussurro contra a cabeça de Harry, que se sentou no chão próximo de mim.

Bjss 💙💚

Our Little Angel ▪ L.S. [Mpreg] [EM CORREÇÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora