• Five •

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Hey!

Amanhã não tenho aula, então talvez tenha mais de uma atualização.

A noite cai e junto dela as minhas lágrimas que molham meu rosto e camisa, enquanto ouço os gritos irritadiços do meu marido.

— Como você pode fazer isso?! — Louis anda de um lado a outro na sala. Seu rosto vermelho demonstra perfeitamente sua raiva.

— Você sabia que não iríamos deixar ele naquele lugar! — grito já estressado dos escândalos do outro homem.

Desde o momento em que deixei Gabriel no quarto de hóspedes e desci, Louis está gritando que deveríamos devolvê-lo e que o lugar dele não é conosco. Eu sei que a criança está ouvindo e é isso que não está me fazendo bem.

— Não, Harry! Eu não sabia, porque achei que você agiria como um adulto e não como uma criança mimada quando quer um brinquedo! — me arremessa uma almofada pesada e vem em minha direção com rapidez.

— Criança mimada? Louis, você está se ouvindo? — seguro seus pulsos com uma força considerável, em uma tentativa de segurá-lo.

— Você vai cuidar dele, não conte comigo para nada. Em relação a ele, finja que eu não existo, está me ouvido? Ele não é nosso filho! — a força que eu empunha sobre os pulsos de Louis se vai quando ouço suas palavras.

— Nós precisamos cuidar dele juntos, Louis, ele é nosso recomeço, lembra? — sussurro suplicante e assisto quando ele se afasta, caminhando para o hall.

— Ele está mais para nosso final, Harry. — essa é sua última frase antes de sumir porta a fora.

Vê-lo desse estado, desse modo, faz com que o resquício de esperança morresse dentro de mim. Nós nunca mais seríamos os mesmos. Nós éramos como uma porcelana cara e valiosa, que foi jogada ao chão e se partiu em pequenos e incontáveis pedaços, não podendo ser reconstruída. Todos esses acontecimentos foram nos quebrando e agora havia acabado toda e qualquer esperança.

Sento-me no chão próximo ao sofá e ponho toda minha dor para fora em forma de soluções e lágrimas quentes. Eu estou frustrado com tudo ao meu redor.

— Torta de morango com chantilly sempre consegue melhorar meu humor quando estou depressivo. — mãozinhas pequenas e quentes enxugam minhas lágrimas e levantam meu rosto para que eu possa encontrar os olhos castanhos cheios de amor de Gabriel. — Ele ainda te ama, não chore por isso. — deposita um beijo em minha testa. — Vem, vamos comer torta. — pega minha mão com cuidado e me puxa, fazendo grande esforço e não conseguindo me tirar do chão, então deixando uma gargalhada gostosa sair.

— Desculpa, Gabe, mas não estou com fome. — levanto-me e ele me olha com um olhar de falsa ofensa.

— E quem disse que torta de morango só se come quando estamos com fome? — cruza os braços e sorri sapeca, suspendendo uma sobrancelha antes de seguir pelo curto corredor que nos leva a cozinha.

Observo quando o menino caminha até a geladeira e de lá retira uma caixa transparente contendo uma torta coberta de chantilly.

— Pegue um bom pedaço para nós dois. — me entrega a caixa transparente e puxa uma cadeira para perto dos armários.

Corto um pedaço bem generoso para mim e um menor para Gabe. Pego o prato quando a criança me entrega e ponho os dois pedaços, sendo surpreendido quando Gabriel pega o maior pedaço e ignora meu olhar repreendedor.

O menino volta a deixar o prato sobre o balcão e, com dificuldade, escala a banqueta ao meu lado para se sentar.

— Não vai comer o seu, pai? — para de se lambuzar com o chantilly e aponta com o garfo para minha torta intocada.

Our Little Angel ▪ L.S. [Mpreg] [EM CORREÇÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora