• Fourteen •

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VOLTEI NO DIA ERRADO PORQUE NAO POSTEI A SEMANA INTEIRA EEEEEEEEHHHHHH

O vento toca meu rosto sem pena alguma e eu encolho meu corpo, tentando de alguma forma me esquentar do vendo de inicio de dezembro. Logo o inverno estaria em seu auge e seria quase impossível ficar sentado na beira da praia, mesmo estado bem agasalhado.

Encolho minhas pernas junto ao meu peito e assisto com um sorriso orgulhoso em meu rosto Louis e Gabriel correrem pela areia junto de Charlie, que já havia se jogado no mar duas vezes, sendo repreendido por Louis na segunda vez quando quase levou a criança junto. Louis corre com uma bolinha em suas mãos e joga para Gabriel antes de ser derrubado por Charlie, que procura a todo custo por sua bolinha, Gabriel corre para o lado dos quiosques na praia, chamando a atenção do filhote, de agora sete meses, podendo liberar meu marido.

Louis se levanta em um pulo e se limpa da areia antes de vir e se sentar ao meu lado, sobre o lençol que havíamos estendido na areia. Abaixando as mangas do meu casaco que veste em seguida.

— Estou com fome e um pouco cansado, espero que Gabe se vire com Charlie agora. Não aguento mais correr. — se joga sobre meu corpo, escondendo o rosto gelado em meu pescoço quentinho. Fico arrepiado com o simples contato. — Trouxemos algo para comer? — antes que eu responda, o grito de Gabriel nos assusta. Empurro um pouco Louis para fora da minha visão e encontro Gabriel deitado na areia enquanto é farejado pelo cachorro.

— Eu 'tô bem! — faz um sinal positivo acompanhado de uma risada alta.

— Esse cachorro vai matar essa criança. — murmuro ainda observando os dois brincando até ouvir barulhos de potes e pacotes sendo abertos. — O que está fazendo? — examino as mãos pequenas e ocupadas de Louis, somente para depois me deparar com os olhos azuis arregalados. — Tudo certo ai? — indico os pacotes e potes que ele havia tirado da mochila de Gabe.

— Já comeu Doritos com mamão? — junta os dois alimentos em suas mãos e leva a boca, como se fosse a alimento mais gostoso da face da Terra. Nego. — Eu também não, mas é muito bom. — coço meu nariz para disfarçar minha cara de nojo e engulo a bile que sobe em minha garganta. — Quer? — aproxima do meu nariz o biscoito junto da fruta.

— Não! Jesus, não faz isso! — exclamo. Afasto com delicadeza sua mão do meu nariz e faço uma careta por instinto, tirando risada do meu marido. — Depois eu que estou ficando gordo. — balanço minha cabeça para afastar o cheiro do meu nariz.

— Está dizendo que estou gordo, Harry? — o pote que guarda os pequenos pedaços de mamão cortado é tampado com força e eu começo a negar com rapidez ao ouvir o tom de voz irritado.

A verdade é que, sim, ele havia engordado um pouco nesses últimos dois meses, mas com certeza ele não precisava saber disso, pois ele continua sendo lindo e perfeito para mim.

— Não! Amor, não foi isso que eu disse. Eu disse que-

— Quieto! Acabou a graça do passeio, quero ir para casa. — joga tudo dentro da mochila e se levanta, marchando para fora da areia.

Continuo sentado na areia tentando assimilar tudo que acabou de acontecer. Após entender tudo que aconteceu, me levantado e junto todas as coisa antes de assobiar, chamando Charlie e fazendo um sinal para Gabriel se juntar.

— Vamos embora? — joga a franja que cai em seus olhos para o lado e forma um bico. Ontem nós tínhamos levado a criança para cortar os cabelos, que já começavam a ficar grandes demais para ele, agora o máximo que os fios loiros chegam são sobre seus olhos.

— Infelizmente, sim. Louis acordou com o pé esquerdo hoje. — ajeito a toca amarela nos cabelos do meu filho e entrego a coleira de Charlie em suas mãos, para que ele prenda o cachorro.

— E o que isso pode influenciar na vida dele? — espera eu terminar de dobrar o lençol e me segue para o carro. — Por que acordar com o pé esquerdo pode ditar como vai se desenvolver o dia dele?

— O que? Não, Gabe, isso é apenas o modo de dizer que ele não está em um dia bom hoje, compreende? — pego das mãos de Gabriel a coleira do cachorro e o entrego o lençol.

— Obvio que compreendo! Era mais fácil dizer que ele não está feliz hoje, eu entenderia melhor. — dispara e caminha rápido, me deixando para trás.

É o que? Que merda eu fiz?

Bato a porta do motorista e ouço o fungar que eu já não ouvia faz um bom tempo.

— Me desculpa, H. Eu não queria ter falado com você daquele jeito, me perdoa? — fito Louis por uns instantes até entender do que ele está falando.

— Está tudo bem, Lou. — viro-me no banco e olho para trás, encontrando os olhos assustados de Gabriel enquanto nos assiste. — Todos nós temos um dia ruim. — enxugo suas lágrimas com carinho redobrado e beijo sua testa antes de selar nossos lábios. — Está tudo bem, certo? Não precisa chorar.

— Charlie, seu porco! — a exclamação de Gabe me afasta de Louis para que eu possa abrir a janela do carro com rapidez. Em instantes o veiculo está infestado com o cheiro desagradável de ração estragada e animal podre. — Se eu continuar aqui atrás irei morrer com o gás toxico. — o menino diz divertido e pula para o banco da frente, sentando no colo de Louis. — O que dão para esse cachorro? Urubu?

Rimos quando o cachorro late como se estivesse se defendendo e o ar do carro fica mais leve, nos dois sentidos.

Olho para Louis por alguns segundos enquanto dirijo e nem parece mais o Louis que estava chorando desesperado quando adentrei o carro. Respiro aliviado. 

Segunda eu volto, vlw? Flw.
 
Bjss 💚💙

Our Little Angel ▪ L.S. [Mpreg] [EM CORREÇÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora