• Nineteen •

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Consegui voltar e agora com capítulo novo!!!! Nem sei se ainda tem leitor, mas okay.

— O que tem aí, Charlie? — meu marido acaricia os pelos cor de ouro do cachorro e levanta mais sua blusa, permitindo que o filhote cheire sua barriga. — Tem mais um amiguinho? — questiona novamente e o cachorro parece responder, já que resmunga como se conversasse com a barriguinha de quatro meses e põe sua pata já bem grande e pesada sobre a barriga. — É Char, será mais um para nos ajudar a gastar toda essa sua energia acumulada.

O novo ano havia começado há duas semanas e já é considerado o melhor ano da minha vida. Nós fomos semana passada no primeiro ultrassom para vermos nosso pequeno presentinho e recebemos a notícia que ele está saudável, o que é um grande alívio, e cresce forte, mas mesmo dessa forma o médico recomendou mais algumas vitaminas, pois já conhece bem o nosso histórico de perdas, nos acompanhando desde a primeira gravidez.

Gabriel está cada dia mais radiante com todas as mudanças em nossas vidas, cada dia que se passa ele está mais eufórico com tudo. Ao amanhecer até o anoitecer sua alegria ilumina e contagia toda a casa, no Ano Novo minha mãe nos disse antes de partir para casa que ela nunca havia presenciado tanta alegria em uma criança. Nosso menino irradia uma luz que ilumina a todos nós.

— Onde está Gabriel? — saio dos devaneios que havia me colocado após ver a pequena barriguinha do me marido. Passo meu olhos pela sala estranhando o silencio perturbador. Gabriel é uma criança calma, mas em momento algum seria normal ele estar quieto por muito tempo, ele sempre está cantarolando alguma musica que aprendeu nos momentos em que esteve com Louis ou ele apenas está correndo atrás de Charlie pela casa, não ouvindo nenhuma das nossas reclamações sobre ele ir brincar no quintal com o filhote. — Ele está quieto demais. — levanto da poltrona que estou sentado e deixo o notebook antes em meu colo sobre a mesma. Olho o corredor que dá para o hall da casa e porta está fechada, como eu havia deixado após chegar do mercado, essa manhã.

— Não está no quarto? — indaga afastado o filhote de perto da sua barriga, volta a cobrir a sua pele com a camisa branca de tecido macio e fresco, fresco até demais para o inicio de janeiro.

— Não, ele estava com Charlie e não vi ele subir. — respondo não esperando que ele fale mais algo e encontro no corredor que leva a cozinha. Passo direto não me importando com a escuridão que está a cozinha, mesmo que ainda seja de manhã, e abro a porta de trás.

Alguns brinquedos de cachorro estão espalhados pelo quintal junto com um tênis de Gabriel, qual Charlie havia pegado escondido na hora do café da manhã, mas nenhum sinal do meu filho. Fecho a porta de vidro em minhas costas e fecho meus olhos pelo vento frio que toca minha derme, por eu estar apenas com um casaco fino, permitindo minhas tatuagens ficarem a mostra. Caminho pelo quintal vazio até o caminho de pedras que levam à estufa de Louis.

Empurro a porta de vidro pesada, mas um resmungo baixo me faz voltar, passo meus olhos por todo o caminho, até uma parte ao lado da casa, encontrando Gabriel sentado em um dos banquinhos de madeira que são espalhados por todo o quintal.

— Gabe, por que está aqui fora sozinho? — volto a andar pelas pedras até o banquinho, me sentando ao lado da criança. — Aconteceu algo que nós não estamos sabendo? — passo um dos meus braços pelos ombros miúdos, permitindo que a criança deite em meu corpo. Somente assim sou capaz de ver seu rosto um tanto avermelhado.

— Não aconteceu nada demais. — funga baixo, como se não quisesse que eu ouvisse nada. — Apenas gosto de ficar aqui. — por algum motivo posso sentir que não quis se referir ao quintal, e sim, nossa casa como um todo. — Me sinto bem com vocês.

— Então posso ficar aq-

— Eu não quero ir embora. — sua exclamação aterrorizada me cala. Suas mãos pequenas agarram minha camisa com força descomunal e seu corpo miúdo treme em soluços. — Não quero deixar vocês, por favor. — levanta seu rosto, seus olhos castanhos estão em tom quase mel enquanto suas bochechas são molhadas por lágrimas gordas. — Quero ver o bebê crescer junto de vocês, por favor. — abro minha boca vezes seguidas em uma tentativa de entender o que meu filho fala entre os soluços sufocados e doloridos.

Our Little Angel ▪ L.S. [Mpreg] [EM CORREÇÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora