• Nine •

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Não gosto muito desse capítulo, acho ele meio chato...

O carro de Louis é consideravelmente pequeno para o meu tamanho. Minhas pernas ficam encolhidas bem próximas ao porta luvas, deixa-me desconfortável em me sentar no banco do passageiro, mas também seria bem pior sentar no banco de trás.

Hoje iríamos ao boliche. Eu e Gabriel estávamos implorando a Louis fazia alguns dias, a criança queria sair um pouco conosco e eu apenas sentia falta de me divertir um pouco com meu marido. Estamos tão focados no trabalho ultimamente, que esquecemos um pouco de nós.

— Vamos mesmo ao boliche? — Louis estaciona no estacionamento do boliche depois de questionar por uma ultima vez, como se estivesse sendo obrigado a sair de casa.

— Vamos! — antes que eu pronuncie alguma palavra, Gabriel se enfia no meio dos bancos e exclama. Vejo quando os olhos de Louis se fecham em força e suspende as sobrancelhas quando dirige os olhos para mim. — Vocês poderiam me ensinar um pouco do que vocês sabem.

— Não aposte muito nisso, Gabriel. Nós somos péssimos nisso. — procuro um pouco de alegà ia no tom de voz, todavia, apenas encontro algo vago e vazio.

Abro a porta não querendo dizer o que percebi na frente do garoto e ouço duas portas batendo enquanto fecho a minha. Gabriel corre pelo estacionamento até a entrada do boliche e nos deixa para trás, parando de correr apenas quando para na porta de vidro de boliche.

— Lou... — desacelero nossos passos e Louis me olha, mas posso ver que ele está muito longe dali. — O que acha da ideia de conversarmos com outra pessoa? — sei que não é a hora perfeita para tocar no assunto, mas deixo que as palavras saiam naturalmente.

— O quer dizer? — cruza os braços quando a brisa da noite passa por nós, adentrando nossos casacos e tocando nossas dermes aquecidas. — Quer me levar um psicólogo, Harry? — se dá conta do que estou falando e me olha com raiva antes de apertar os passos para adentrar o estabelecimento, deixando-me sozinho.

— Somente desejo te ajudar de alguma forma, baby... — sussurro quando ele não está mais ali para ouvir e a porta de vidro abre para eu passar, contudo, Louis passa com o rosto pálido e os olhos desesperados de volta para mim.

Dou um passo para trás e deixo-o sair, o mais baixo começa a me assustar quando seus olhos analisam todo o estacionamento vazio e depois se voltam para mim, vejo quando ele prende a respiração e seu corpo começa a tremer.

— Cadê Gabriel, Louis? — pergunto quando me dou conta de que a criança não está junto dele.

— Eu não sei. — encolhe os ombros miúdos e olha assustado, como se tivesse medo da minha reação.

Tento não ficar desesperado e a risada que já se tornou conhecida por nós reverbera pelo estacionamento vazio, formando um baixo eco por todo o lugar. Louis caminha em minha frente em direção ao som, andamos um pouco pelo local e somente paramos quando nos deparamos com a parte de trás do boliche, local onde ficam as lixeiras e no escuro enxergo Gabriel sentado encostado na parede enquanto conversa com animação com um homem.

— Gabriel Styles, venha aqui! — exclamo e ele leva um susto, continuando parado no lugar. — Anda!

— Hey, rapaz, cuidado como fala com ele. — o homem com quem Gabriel conversava se pronuncia enquanto se levanta, tendo a mão pega pela de Gabriel. Louis encolhe o corpo para próximo do meu quando o homem para em nossa frente, sob a luz dos postes do estacionamento.

— Me desculpe, senhor, mas ele é meu filho e não pode simplesmente sumir assim. — estendo a mão para a criança e ela segura, soltando com receio a mão do homem. — Também não gosto de vê-lo conversando com estranhos.

Our Little Angel ▪ L.S. [Mpreg] [EM CORREÇÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora