Capítulo 13

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Já se passara mais de uma semana. Nem Rafaella nem Felippe comentaram o ocorrido daquela noite. Mesmo dividindo o quarto e a cama. Dormiam o mais afastados possível. Ele não havia tentado toca-la novamente.

Estava mais calma, com a possibilidade de Felippe deixá-la em paz. Porém ela sabia que uma hora ou outra ele iria reivindicar seus direitos de marido.

Rafaella estava dentro da estufa, haviam muitas flores. Ela estava encantada.

- Senhora, ainda está aqui ?

- D. Dulce estava um tanto apreensiva

- O que foi Dona Dulce ?

- Senhora o senhor esta chamando-a para almoçar, e ele não esta de bom humor hoje.

- ela disse ansiosa.

- E por acaso ele sabe o que é o BOM HUMOR.

- disse debochada

- Senhora por favor entre.

- Dona Dulce diga a ele, que eu não irei almoçar hoje, não estou com fome.

- Sim senhora.

- a mulher saiu mais agitada do que quando chegou ( kkk tadinha )

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- Senhor ela disse que não vira almoçar hoje, está sem fome.

- disse receosa.

- Como assim ? Quem ela pensa que é ?

- disse furioso

- Senhor ela não está com fome, por favor.

- disse piedosa

- Onde ela está?

- Por favor senhor não comece uma briga ela é muito jovem, não está acostumada..

- Que se dane!

- Ele disse de maus modos.

- Se ela ainda não sabe como uma esposa deve agir, eu vou ensiná-la... Coloque a comida dela, ela vai comer.

Ele saiu feito uma rajada de vento, deixando para trás temor e uma angustiada Dulce.

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-Levante-se para ir almoçar comigo, Rafaella.

- Ordenou, quase aos gritos, quando se aproximou.

Rafaella olhou para cima e viu Felippe olhando-a ameaçadoramente.

- Dulce não lhe deu meu recado ?

- disse calmamente cheirando um flor

– Eu não estou com fome.

- Rafaella você é uma mulher casada, e tem que agir como tal.

- disse quase gritando.

- É e se eu não quiser agir como tal ?

- perguntou desafiando-o.

(#elatádoida?)

- Eu vou obrigá-la.

- ele falou puxando-a pelo braço.

- E vou esquecer que você é uma mulher, e todo o respeito que tenho por você.

- Ai!!-O braço dela doeu pelo puxão brusco. 

- Você não é mais uma criança! Agora é uma mulher casada, pare de agir como se tivesse quinze anos!

- Você não pode me obrigar a nada!

- ela disse tentando se soltar.

- Sou seu marido!

- Você sabe que eu nunca quis este casamento, não me considero sua mulher!

Felippe a olhou com os olhos soltando chispas escuras e sinistras. Rafaella achou, por um segundo, que ele ia bater nela.

- Pois é melhor começar a se considerar...porque você é MINHA mulher.- Ele sussurrou, com o rosto bem perto do dela.

- Vamos!

- Ele grunhiu, apertando a mão fina dela até machucar e arrastando-a até dentro da Mansão, com a pequena Rafa aos tropeços.

A morena tentou sair mais Felippe a puxou pela cintura fazendo-a sentar com força.

- Fique aí e coma, antes que eu perca a paciência.

- Me deixe em paz, VARGAS ! ODEIO você!

- Coma de uma vez, ou prefere que eu vá até aí lhe dar a comida?

- Ele ameaçou, levantando-se da cadeira que estava sentado.

Ela pegou o garfo, olhando-o com fúria pelo canto dos olhos.

- Ótimo.

- Ele resmungou, voltando a sentar-se.
Quando terminaram de comer, num clima pesado como chumbo, Rafaella levantou-se.

- ESPERO QUE ESTEJA SATISFEITO!

- Gritou.

- Não grite.

- Ele disse.

Ela apertou as mãos, com ódio.

- Isso é para você ver que não pode me desobedecer.

- Felippe murmurou, implacável.


E saiu, com um olhar diabólico. Rafa sentiu os olhos molhados. 

Na manhã seguinte, Rafa acordou e quando olhou para o lado viu a cama vazia...como sempre. Em todos aqueles dias dormindo no mesmo quarto, ela sequer tinha visto Felippe dormir, pois ele deitava quando ela já estava adormecida e levantava antes dela todos os dias.

Bocejando, ela sentou-se na cama. Prendeu os longos cabelos com um laço, para 
tirá-los do rosto, e se levantou para abrir as janelas e fazer a claridade entrar naquele quarto escuro.

- Bom dia senhora- disse Dulce

- Bom dia Dulce.

- Gostaria de tomar seu café aqui? O Senhor Vargas saiu cedo e pediu que eu lhe trouxesse o café, a bandeja já está pronta.

- Que bom que ele saiu, tomara que não volte tão cedo.

- Senhora tem que ser mais paciente com o senhor Vargas.

- falou bondosa

- Eu não consigo Dulce, eu não tenho paciencia com ele, eu nunca quis esse casamento, não o amo. - disse triste.
Dona Dulce apenas balançou a cabeça negativamente.

- A senhora dormiu bem?
Rafaella lembrou-se da briga

– Consegui descansar bem. Pode me servir o café.

Enquanto comia ela perguntou.

- Trabalha aqui há muito tempo Dona Dulce?

- Sim senhora, desde que o senhor era pequeno. Cuidei dele. Pois os pais morreram.

- Mas eles não tem irmãos? Ou família ?

- O senhor é o único da família Vargas vivo.

- disse rapidamente

- Com licença madame preciso descer agora. Qualquer coisa chame um dos empregados.

Rafaella assentiu. Mas ficou pensativa. Por que será que Dulce não quis falar nada ? Aí tem, ela pensou.

Um Casamento forçado Onde histórias criam vida. Descubra agora