--------------------- ♦♦♦ ----------------------
Já se passara mais de uma semana. Nem Rafaella nem Felippe comentaram o ocorrido daquela noite. Mesmo dividindo o quarto e a cama. Dormiam o mais afastados possível. Ele não havia tentado toca-la novamente.Estava mais calma, com a possibilidade de Felippe deixá-la em paz. Porém ela sabia que uma hora ou outra ele iria reivindicar seus direitos de marido.
Rafaella estava dentro da estufa, haviam muitas flores. Ela estava encantada.
- Senhora, ainda está aqui ?
- D. Dulce estava um tanto apreensiva
- O que foi Dona Dulce ?
- Senhora o senhor esta chamando-a para almoçar, e ele não esta de bom humor hoje.
- ela disse ansiosa.
- E por acaso ele sabe o que é o BOM HUMOR.
- disse debochada
- Senhora por favor entre.
- Dona Dulce diga a ele, que eu não irei almoçar hoje, não estou com fome.
- Sim senhora.
- a mulher saiu mais agitada do que quando chegou ( kkk tadinha )
--------------------- ♦♦♦ ----------------------
- Senhor ela disse que não vira almoçar hoje, está sem fome.
- disse receosa.
- Como assim ? Quem ela pensa que é ?
- disse furioso
- Senhor ela não está com fome, por favor.
- disse piedosa
- Onde ela está?
- Por favor senhor não comece uma briga ela é muito jovem, não está acostumada..
- Que se dane!
- Ele disse de maus modos.
- Se ela ainda não sabe como uma esposa deve agir, eu vou ensiná-la... Coloque a comida dela, ela vai comer.
Ele saiu feito uma rajada de vento, deixando para trás temor e uma angustiada Dulce.
--------------------- ♦♦♦ ----------------------
-Levante-se para ir almoçar comigo, Rafaella.
- Ordenou, quase aos gritos, quando se aproximou.
Rafaella olhou para cima e viu Felippe olhando-a ameaçadoramente.
- Dulce não lhe deu meu recado ?
- disse calmamente cheirando um flor
– Eu não estou com fome.
- Rafaella você é uma mulher casada, e tem que agir como tal.
- disse quase gritando.
- É e se eu não quiser agir como tal ?
- perguntou desafiando-o.
(#elatádoida?)
- Eu vou obrigá-la.
- ele falou puxando-a pelo braço.
- E vou esquecer que você é uma mulher, e todo o respeito que tenho por você.
- Ai!!-O braço dela doeu pelo puxão brusco.
- Você não é mais uma criança! Agora é uma mulher casada, pare de agir como se tivesse quinze anos!
- Você não pode me obrigar a nada!
- ela disse tentando se soltar.
- Sou seu marido!
- Você sabe que eu nunca quis este casamento, não me considero sua mulher!
Felippe a olhou com os olhos soltando chispas escuras e sinistras. Rafaella achou, por um segundo, que ele ia bater nela.
- Pois é melhor começar a se considerar...porque você é MINHA mulher.- Ele sussurrou, com o rosto bem perto do dela.
- Vamos!
- Ele grunhiu, apertando a mão fina dela até machucar e arrastando-a até dentro da Mansão, com a pequena Rafa aos tropeços.
A morena tentou sair mais Felippe a puxou pela cintura fazendo-a sentar com força.
- Fique aí e coma, antes que eu perca a paciência.
- Me deixe em paz, VARGAS ! ODEIO você!
- Coma de uma vez, ou prefere que eu vá até aí lhe dar a comida?
- Ele ameaçou, levantando-se da cadeira que estava sentado.
Ela pegou o garfo, olhando-o com fúria pelo canto dos olhos.
- Ótimo.
- Ele resmungou, voltando a sentar-se.
Quando terminaram de comer, num clima pesado como chumbo, Rafaella levantou-se.- ESPERO QUE ESTEJA SATISFEITO!
- Gritou.
- Não grite.
- Ele disse.
Ela apertou as mãos, com ódio.
- Isso é para você ver que não pode me desobedecer.
- Felippe murmurou, implacável.
-
E saiu, com um olhar diabólico. Rafa sentiu os olhos molhados.Na manhã seguinte, Rafa acordou e quando olhou para o lado viu a cama vazia...como sempre. Em todos aqueles dias dormindo no mesmo quarto, ela sequer tinha visto Felippe dormir, pois ele deitava quando ela já estava adormecida e levantava antes dela todos os dias.
Bocejando, ela sentou-se na cama. Prendeu os longos cabelos com um laço, para
tirá-los do rosto, e se levantou para abrir as janelas e fazer a claridade entrar naquele quarto escuro.- Bom dia senhora- disse Dulce
- Bom dia Dulce.
- Gostaria de tomar seu café aqui? O Senhor Vargas saiu cedo e pediu que eu lhe trouxesse o café, a bandeja já está pronta.
- Que bom que ele saiu, tomara que não volte tão cedo.
- Senhora tem que ser mais paciente com o senhor Vargas.
- falou bondosa
- Eu não consigo Dulce, eu não tenho paciencia com ele, eu nunca quis esse casamento, não o amo. - disse triste.
Dona Dulce apenas balançou a cabeça negativamente.- A senhora dormiu bem?
Rafaella lembrou-se da briga– Consegui descansar bem. Pode me servir o café.
Enquanto comia ela perguntou.
- Trabalha aqui há muito tempo Dona Dulce?
- Sim senhora, desde que o senhor era pequeno. Cuidei dele. Pois os pais morreram.
- Mas eles não tem irmãos? Ou família ?
- O senhor é o único da família Vargas vivo.
- disse rapidamente
- Com licença madame preciso descer agora. Qualquer coisa chame um dos empregados.
Rafaella assentiu. Mas ficou pensativa. Por que será que Dulce não quis falar nada ? Aí tem, ela pensou.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Um Casamento forçado
RomanceViver de aparências, pode não ser muito fácil quanto parece, ainda mais quando se está presa a um casamento que não desejou, e onde não há escolha, a não ser continuar FINGINDO! "E quantas vezes você já respirou fundo e engoliu o choro ?"