A morena estava imersa nas espumas da banheira do quarto, de olhos fechados, os cabelos molhados lhe tampando os seios, quando alguém abriu a porta de uma só vez.
- Posso saber o que está fazendo?- Felippe perguntou arrogantemente.
- Eu que teria que perguntar isso, não?- Ela ergueu uma sobrancelha, enquanto descia mais nas espumas para que ele não visse nada de seu corpo.- Não se faça de engraçada.- Ele aproximou-se duramente, mas não olhava para o corpo de Rafa.
Era como se ele não estivesse vendo que ela estava nua na banheira. Já ela estava corada.- Não sei do que está falando dessa vez, Felippe.- Ela respondeu com um suspiro.- E minha irmã já foi?
- Acabou de ir.- Ele se aproximou mais e colocou as duas mãos nas beiradas da banheira, uma de cada lado, como que encurralando Rafa.
- Porquê saiu daquele jeito e não ficou conosco?
- Não estava disposta.
- Mentirosa. Você estava perfeitamente bem. Mas não consigo entender porquê deu as costas e se trancou aqui todo esse tempo. Inclusive não entendo sua atitude! Outro dia ficou nervosa porque viu sua irmã claramente dando em cima de mim...e hoje agiu como se não se importasse, como se eu fosse um produto barato que você não quisesse mais e que quisesse dar para outra pessoa.Rafa se recostou na banheira, sem graça.
- Não sei o que dizer.
- Diabos, Rafaella!- Felippe praguejou com um grito, batendo com uma mão fechada dentro d’gua.
As gotas respingaram em Rafa, fazendo-a gritar de susto.- Dessa forma nosso casamento vai se tornar uma piada!
- Já é uma piada, sempre foi.- Ela respondeu, com os olhos levemente marejados.
Felippe afastou-se por um breve momento, observando-a. Pareceu não saber se explodia de novo, ou se saía do banheiro. Enquanto isso Rafa ficou amuada dentro da água, encarando-o com os olhos brilhantes.- Demônios...- Ele voltou a se aproximar abruptamente, puxou-a para cima (pelo braço) e colou o corpo encharcado da morena no dele.
Rafa se arrepiou toda.Tanto de frio, quanto pelo fato de sentir a roupa e o corpo quente do marido apertando o seu.
- O que está fazendo?- Murmurou fracamente.
Ele beijou o pescoço dela, aspirando o perfume, e logo afastou o corpinho dela para que pudesse observá-la. Os cabelos de Rafa ainda estavam na frente dos seios, grudados pela água. Felippe ergueu a mão e afastou as madeixas, deixando os empinados seios dela à mostra.
Rafa corou, tentando se cobrir.- Não...- Ele segurou as mãos dela atrás do corpo.
- Felippe .- Ela sentiu o queixo tremer de frio, os mamilos ficando arrepiados e vermelhos na frente do marido.Ele lambeu os lábios, acariciando um dos seios dela e apertando-o.
Logo Rafa o viu abaixar a cabeça, e sentiu os lábios e a língua dele em seu seio. Não conseguiu se conter e gemeu, com a cabeça indo para trás.- Você gosta...- Felippe murmurou com os olhos brilhantes e um sorriso malévolo.
- N-Não...- disse entre gemidos
- Então porquê está gemendo?- Ele apertou-a ainda mais. Virou-a de costas, colocou uma mão por baixo de uma das coxas de Rafa e a fez colocar uma perna em cima do batente da banheira. Levou dois dedos à sua feminilidade e a acariciou.
Rafa se arqueou toda, fechando os olhos.- E porquê está toda quente e molhada?- Ele disse no ouvido dela, arrepiando-a.
- Felippe, não...- Ela tentou fechar as pernas, mas se sentia fraca.Ele colocou a outra mão nas nádegas bem-feitas da esposa, e logo penetrou-a com um dedo vagarosamente, atrás. Ela gemeu numa mistura de dor e prazer.
- Agora quero ouvir você repetir que nosso casamento é uma piada.- Ele disse com voz dura, enfiando mais o dedo dentro dela e punindo-a.
Rafa mordeu os lábios.- Você ainda é tão fechada e pequena!- Felippe colou os lábios na nuca de Rafa, tentando afundar mais o dedo naquele recanto tão secreto da morena.
Quando ela deu um grito, com os olhos fechados, Felippe retirou as duas mãos que estavam provocando Rafa e virou-a de frente.- Te quero nesse momento.- Murmurou ele com a voz rígida.
- Felippe...- Ela ainda tinha dificuldades para respirar.- Não. Isso tem que parar.
- Nós somos marido e mulher!
- Não me importa, esse casamento sempre foi uma grande farsa para mim. Um engano. Uma prisão.- Ela se esforçou a dizer.
- NÃO REPITA isso! - Ele berrou, com a voz grossa e furiosa, sacudindo-a.
- É a verdade!- Ela gritou de volta.- Vargas...nós poderíamos conversar...e quem sabe você pudesse me deixar partir para...
- NUNCA! - Ele urrou, à centímetros dela. - Jamais volte a me propor isso. JAMAIS! Só irá se desgastar! - Ele empurrou-a e saiu do banheiro impulsivamente, deixando a porta aberta.Rafa começou a chorar, e foi fechar a porta. Não sabia pelo que chorava exatamente...se era pelas brigas excessivas, o casamento infeliz, sua vida, ou se era pelo fato de não saber o que sentia por Felippe.
Rafaella e Felippe estavam casados á mais ou menos uns 3 meses, longos 3 meses....
Havia se passado uma semana, e Rafa não havia encontrado um dia se quer Felippe, não o viu, não ouviu falar nada e aquilo estava mexendo com Rafa.
:: Por Deus, será que estou gostando mesmo dele ? Ahh não pode ser ::Rafa estava sentada no jardim com Jack, até que D. Dulce lhe trouxe o telefone:
- Senhora, telefone, é sua mãe.
- Obrigado D. Dulce.Rafa pegou o telefone muito alegre.
- Olá mamãe!
- Olá minha filha tudo bem?
- Indo mamãe, e a senhora?
- Estou bem meu amor, bem como você sabe dia 26 é aniversário do seu pai.
- Sim mamãe eu sei.
- Então estou querendo fazer uma festa surpresa pra ele e queria pedir sua ajuda para organizar...
Rafa ficou um tempo em silêncio, sabia que o pai não a amava...- Filha?
- Claro mamãe, claro que te ajudo.
- Ai filha obrigado, não vai ser nada grande não, só para os mais chegados mesmo, mas quero que seja algo lindo.
- E quando começamos?
- Ah filha assim que você puder vir aqui, nós começamos
- Ta bom, então amanhã cedo vou aí.
- Ok filha vou ficar te esperando. Um beijo até amanhã!
- Até mamãe, tchau.Rafa desligou o telefone e ficou muito pensativa, ainda no jardim. Rafa seguiu para o quarto e dormiu.
Acordou cedo, e sozinha, era incrível Felippe tinha praticamente sumido.Levantou-se fez sua higiene, se trocou e foi para a casa de sua mãe.
Ao chegar lá, Miriam estava muito empolgada, rapidamente começaram a selecionar os convidados, o Buffet, comida, DJ, Decoração, Barman...
Rafa passou o dia lá com a mãe, mas não encontrou nem o pai nem Patrícia.
Quando se deu conta já passava das 20h00, ela se despediu da mãe e foi para a casa.Felippe já estava na mansão, no momento em que Rafa abriu a porta da entrada, Felippe descia as escadas, ela o viu e o comprimentou.
- Boa noite Felippe.
- Onde você estava? – ele disse ríspido.
Rafa cruzou os braço, olhou bem para o marido e disse:- Você sabe muito bem onde eu estava, pedi para Dulce lhe dar o recado, não se faça de idiota. – ela disse sem medo ( Rafa dando uma de machona) e começou a subir a escada e passou por ele.
Felippe rapidamente segurou o braço dela, fazendo voltar, e quase cair.
Colocou-a bem de frente para ele, com os rostos bem próximos- Já mandei você se controlar Rafaella, se não quiser que nada de mal lhe aconteça se controle, ou será pior pra você. – ele dizia enquanto olhava fixamente para os lábios da morena.
Rafa puxou seu braço, e se soltou dele e voltou a subir a escada, como se não tivesse medo, mas estava bastante assustada. Felippe continuou no mesmo lugar observando-a. Quando chegou no topo da escada Rafaella virou-se para ele, e disse:
- Só para evitar mais uma "ceninha" sua, amanhã também passarei o dia com minha mãe, organizando o aniversário do meu pai, ok?
Foi para o quarto tomou um banho, estava tão cansada que nem viu Felippe subir, pegou no sono rapidamente.

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Um Casamento forçado
RomanceViver de aparências, pode não ser muito fácil quanto parece, ainda mais quando se está presa a um casamento que não desejou, e onde não há escolha, a não ser continuar FINGINDO! "E quantas vezes você já respirou fundo e engoliu o choro ?"